Dissertações avulsas e convulsas sobre a diferença
Na diferença e na diversidade deveriamos encontrar a complementaridade e aprofundamento do conhecimento. Mas há aquele preceito que a minha civilização/cultura/sociedade/ideia (riscar o que não interessa) é superior às demais.
Por certo a civilização espanhola que conquistou as Américas deveria ser superior aos Atzecas e Maias, caso contrário não teriam tanta facilidade na conquista, certo? Acontece que os espanhóis eram mais evoluídos militarmente, os povos residentes já pouco uso faziam de batalhas. Com a dizimação dos Atzecas e Maias o conhecimento na Terra regrediu. É muito curioso ver documentários sobre estas civilizações perdidas. Podemos observar construções perfeitas e ao lado outras que apesar de semelhantes possuem os tijolos todos desalinhados e em queda... adivinhem qual foi a obra dos espanhóis. Queimamos conhecimento na matemática, medicina, astronomia, agricultura, construção civil... para ficarmos com o quê? Com o avanço militar que Espanha possuia... uh, que avanço civilizacional...
Flash. Esta semana 11 putos assassinaram um transsexual no Porto; no Iraque mais de uma centena de mesquitas xiitas sofreram ataques à bomba, os xiitas retorquiram e lá foram umas mesquitas sunitas.
Que mecanismos sociais exacerbam um ódio irracional e incontido!? Em que medida o transsexual assassinado constrangia a vida de 11 putos internados numa intituição religiosa!? Porque é que os muçulmanos que defendem que a liderança espiritual do Islão pertence ao sucessor genético de Mohamed andam às cabeçadas com os que acreditam que a fé deve ser comandada pelos sucessores genéticos do companheiro de Mohamed!?
A segunda questão apesar de parecer mais complexa é bem mais simples de responder. É do interesse dos muçulmanos radicais a existência de uma guerra civil no Iraque e para tal nada melhor do que manipular ódios religiosos.
Na primeira questão o que me desanima e irrita é a discussão latente à volta do assassinato perpretado pelos putos. Apenas se discute se se deve ou não baixar a idade de impunidade de menores. A sociedade perde mais uma oportunidade para reflectir de onde vem e para onde vai. É o nosso mundo imediato (tenho que escrever algo sobre isto, um dia destes).
Em matemática muitos dos problemas são demonstrados pela redução ao absurdo. Na sociedade agudizam-se diferenças por mais absurdas que sejam, como por exemplo esta inferioridade intelectual do Beckham, todos ficam deliciados com a perspectiva de serem mais inteligentes do que uma estrela do imediato. Esquecendo as múltiplas inteligências e saberes definidas por Edgar Morin, todos caimos no absurdo ao tentar ridicularizar a falta de intelectualidade de alguém... ou ao que se vêm assintindo, de civilizações inteiras.
Temos ainda um caso paradigmático, oposto ao primeiro. O caso da diferença, mesmo que socialmente considerada como "superior" - como se isso existisse - que é banida pelos seus pares. O antigo capitão do Barcelona, Guardiola, era um dito intelectual, declamador de poesia e participantes nas tertúlias dos bem pensantes da cidade. Contudo foi banido pelos seus pares exactamente por isso, pelo facto do indivíduo Guardiola não corresponder à imagem que os seus companheiros tem de si próprios; não deixando margem para que outros não correspondam a esse ideal individual.
Por certo a civilização espanhola que conquistou as Américas deveria ser superior aos Atzecas e Maias, caso contrário não teriam tanta facilidade na conquista, certo? Acontece que os espanhóis eram mais evoluídos militarmente, os povos residentes já pouco uso faziam de batalhas. Com a dizimação dos Atzecas e Maias o conhecimento na Terra regrediu. É muito curioso ver documentários sobre estas civilizações perdidas. Podemos observar construções perfeitas e ao lado outras que apesar de semelhantes possuem os tijolos todos desalinhados e em queda... adivinhem qual foi a obra dos espanhóis. Queimamos conhecimento na matemática, medicina, astronomia, agricultura, construção civil... para ficarmos com o quê? Com o avanço militar que Espanha possuia... uh, que avanço civilizacional...
Flash. Esta semana 11 putos assassinaram um transsexual no Porto; no Iraque mais de uma centena de mesquitas xiitas sofreram ataques à bomba, os xiitas retorquiram e lá foram umas mesquitas sunitas.
Que mecanismos sociais exacerbam um ódio irracional e incontido!? Em que medida o transsexual assassinado constrangia a vida de 11 putos internados numa intituição religiosa!? Porque é que os muçulmanos que defendem que a liderança espiritual do Islão pertence ao sucessor genético de Mohamed andam às cabeçadas com os que acreditam que a fé deve ser comandada pelos sucessores genéticos do companheiro de Mohamed!?
A segunda questão apesar de parecer mais complexa é bem mais simples de responder. É do interesse dos muçulmanos radicais a existência de uma guerra civil no Iraque e para tal nada melhor do que manipular ódios religiosos.
Na primeira questão o que me desanima e irrita é a discussão latente à volta do assassinato perpretado pelos putos. Apenas se discute se se deve ou não baixar a idade de impunidade de menores. A sociedade perde mais uma oportunidade para reflectir de onde vem e para onde vai. É o nosso mundo imediato (tenho que escrever algo sobre isto, um dia destes).
Em matemática muitos dos problemas são demonstrados pela redução ao absurdo. Na sociedade agudizam-se diferenças por mais absurdas que sejam, como por exemplo esta inferioridade intelectual do Beckham, todos ficam deliciados com a perspectiva de serem mais inteligentes do que uma estrela do imediato. Esquecendo as múltiplas inteligências e saberes definidas por Edgar Morin, todos caimos no absurdo ao tentar ridicularizar a falta de intelectualidade de alguém... ou ao que se vêm assintindo, de civilizações inteiras.
Temos ainda um caso paradigmático, oposto ao primeiro. O caso da diferença, mesmo que socialmente considerada como "superior" - como se isso existisse - que é banida pelos seus pares. O antigo capitão do Barcelona, Guardiola, era um dito intelectual, declamador de poesia e participantes nas tertúlias dos bem pensantes da cidade. Contudo foi banido pelos seus pares exactamente por isso, pelo facto do indivíduo Guardiola não corresponder à imagem que os seus companheiros tem de si próprios; não deixando margem para que outros não correspondam a esse ideal individual.
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