Apeadeiros by Nigth
Vinha o pessoal em alto delírio durante toda a viagem. A cada estação, a cada apeadeiro a exaltação sobe de nível, música sibilante. Quando os passageiros já estão em fulgor máximo eis que se dá o clímax da viagem, a chegada a Salreu. Quem não sabe o que é a emoção de parar no apeadeiro de Salreu? Observar a verde relva artificial, perceber se este é o dia raro em que as portas se abrem, tentar perceber como é possível uma cadeira de rodas passar por ali, deslindar se alguém faz aquelas centenas de metros e degraus para atravessar a linha.
Será que há mesmo quem ligue ao letreiro “É expressamente proibido atravessar a linha”, ou na sua tradução para português corrente “F#d*-t*, sabemos bem que tens que atravessar a linha mas não nos responsabilizamos”.
Portanto na chegada a Salreu dá-se a catarse. Os passageiros soltam a sua raiva acumulada. Quantas festas os parafusos e porcas provisórias aguentarão!?
E assim prossegue a viagem, um pulinho até Aveiro. Com a cólera expulsa violentamente a excitação decresce até chegarão destino. E prosseguimos a nossa demanda no dia seguinte de forma bem mais tranquila. Serviço público.
Em breve os novos conceitos associados: o Entroncamento by dawn e o Acetil by morning.
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