A ventura
Dou por mim a escrever sobre príncipes*.
Príncipes do descartável, mas não deixam de ser príncipes.
Nobre criatura de cavalo alado,
Cabrão em busca de donzela em apuros.
Heróico salvamento,
Porventura cartel com o dragão.
Torpe engano dos sentidos.
Ao quadrúpede extorqui as asas,
Das suas vísceras urdi minhas iguarias.
Degolado o inane príncipe,
Do seu vermelho me saciei.
A sublimação da ausência
Da dourada auréola,
Magnificente coroa.
Une-se ao regozijo da demanda
Do aperto que nos vem acariciar,
O beijo.
* Artigo Príncipes do descartável, a ler somente na próxima 6ª feira no Diário de Aveiro
2 Comments:
é verdade... todos os principes sao uns cabroes!!!
a escrever assim é limpinho...
vais ser a próxima odete santos!
Enviar um comentário
<< Home