O Almoxarife do Desejo
Telhados dependurados
Recortes de terra vermelha
Geometricamente alinhados
No caos mnemónico
Regressado da jornada
Avanço vagarosamente
Pelo metal enclausurado
Ávido de mitigar a demanda
No tumulto libertado
Me torno cobiçoso infante
O sentido correcto percorro
Alcançando o local errado
Do bestial presságio
Se enceta novo rumo
Abraçando o fausto
Almoxarife do desejo
O branco marfim que sibila
E o escarlate que o acaricia
Entoam o velho barro solitário
Dos telhados que nos cercam
Se o que foi continuava a ser
O que foi deixou de ser
Partindo do Ser
O que será!?
Telhados que perduram
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