quinta-feira, agosto 31, 2006

Direito ao corpo

Deverá o Estado ter mais direito sobre o corpo do cidadão do que o cidadão sobre o seu próprio corpo?

Quanto a mim, claramente que não. Compete ao indivíduo decidir, em conciência, o que fazer do seu corpo. Esta opinião é extensível quer à prostituição, quer à eutanásia.

Se esta minha perspectiva é de esquerda ou direita é uma questão que não me cabe a mim decidir, não sou o dono da esquerda. Se considero a minha óptica de esquerda, na esquerda há muitas pessoas para quem a exploração económica do corpo é inadmissível.

Curioso que, a avaliar pela discussão, quando se fala de strip, todos começam por falar de exploração sexual da mulher! Contudo o strip é algo tanto feminino como masculino.

Continuando a falar do corpo, mas noutros termos, o strip será uma exploração em maior grau que os videoclips da MTV, em que 90% é só nádegas de mulheres afro-americanas a abanar? E que dizer das séries como Morangos com Açucar, que mais parece de sacarina dada a ausência de obesidade e dentes podres. Nas séries televisivas até os personagens "feios" são actores "lindos" caracterizados para a fealdade [atendendo ao actual conceito beleza, que é algo em constante mutação: vide o anúncio do Marco Paulo para a Ice Tea].

Aqui entra outra discussão. Em termos de relação com o nosso próprio corpo, que terá mais efeitos negativos na sociedade: os rabinhos da MTV, os bonitos morangos ou o strip?

2 Comments:

Anonymous Anónimo said...

O estudo das proporções do corpo humano de Da Vinci é um desenho magnífico. Conheço Veneza mas não tive oportunidade de visitar a Galeria da Academia. Visitei sim a Galeria dos Ofícios em Florença, cidade que respira Renascimento.

Cumprimentos

sábado, setembro 09, 2006 10:52:00 da tarde  
Blogger Nelson Peralta said...

Da Vinci era um ser extraordinário. Agora a sociedade caminha exactamente para o oposto, para o autismo da especialização!

segunda-feira, setembro 11, 2006 10:03:00 da tarde  

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