Gay Parade, Madrid
No dia seguinte decorria a Gay Parade. Mas antes o jogo Portugal - Inglaterra. Vimos o jogo num pub irlandês que, como é óbvio, estava repleto de ingleses. Rodeados do ensurcedor barulho até ao repentino silêncio (excepto aos gritos histéricos de 4 pessoas) do penalti do Cristiano Ronaldo. A seleção foi protegida por um qualquer anjo, talvez o da imagem.
Saídos do pub e eis que a Gay Parade estava mesmo ali à porta. A turba futebolistica misturava-se com as gentes que já estavam na parada. Na rua diambulavam dois milhões de almas.
Esta senhora que me faz lembrar a República Francesa e a Marselhesa... mas com uma couve na cabeça.
Uns executivos que a avaliar pela preocupação com o télemovel não abandonam o trabalho nem nos tempos livres. Workaholics por certo. Mais gente, muita gente. O primeiro contraste, uns defensores da energia fóssil e uns guardiões da Mesopotâmia (e que boa falta lá fazem).
Este tipo da esquerda (em cima) era o delírio! Ia sempre assim pendurado apenas pelos braços, sem qualquer apoio nos pés. E não se pense que ia parado, não! Subia e descia constantemente apenas à custa da força dos braços, e colocava-se em mil e uma posições... para além de simular certos actos. Prolonguei a minha vista até o perder na multidão e nunca e vi sair daquela posição precária! Devia ter cola nas mãos, só podia!
É pá, eu estou ali! Tirem os olhos da outra foto!
Sim, em Madrid está sempre muito calor. Fica também aqui um novo conceito de salto alto.
A parada gay em Espanha tem uma semana de atraso relativamente à portuguesa. Contudo em matéria legislativa e mesmo de consciência, Espanha já abandonou a época feudal nesta matéria.
Irra. Naquela altura já andava farto de encontrar o mesmo iconograma e tudo o que era janela e carro, chego a Madrid e encontro-o novamente!
As divindades não quiseram faltar.
As varanda repletas por todo o lado e desta vez não viam o alcatrão, apenas pessoas!
Um novo anjo a terminar. No final da parada não nos atrevemos a voltar a Chueca, aquilo devia estar a abarrotar. Já nem me lembro para onde fomos!
Para ampliar as fotos clicar nas mesmas. As fotos estão numa versão de baixa qualidade para não tornar o processo interminável.
4 Comments:
tantas fotos e conseguiste repetir a mesma duas vezes?!
Viva Nelson:
Não gosto do "paneleirismo" nem de todos os "factores" a ele associados.
Para sociedade podre já basta assim.
Um abraço,
Novo artigo no EG a merecer o teu comentário.
Escrevo rapidamente num computador emprestado, não me alongando.
Cada qual tem o direito a escolher as opções da sua vida. Nem o Estado, nem qualquer instituição, nem o indivíduo deve impôr os seus valores a qualquer outro cidadão.
A parada gay é um momento de reinvidicação de direitos.
A expressão pública de afectos deverá ser livre. Contudo julgo que já aqui escrevi no blog sobre o enfado de viajar no comboio com adolescentes numa hora de deleite e beijos barulhentos. Curiosamente nesse caso até eram hetro.
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