O último ditador romântico
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Posto isto, e sem relativizar o presente, tenho que admitir que Fidel Castro é o último herói/ditador romântico. Antes de Fidel Castro existia Batista e a sua ditadura protegida pelos states. Se é certo que Batista derramava ainda mais sangue, não entro por esses caminho de comparar litro a litro, gota a gota.
Interessa retratar o que Fidel representou e representa. Fidel Castro rompeu com uma ditadura que para além da opressão tudo tirava ao país. Cuba era como que o quintal dos states onde se produzia o seu açucar e onde os seus mafiosos abriam casinos ilegais.
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Se outros ditadores e estadistas democratas aproveitaram a sua passagem pelo poder para enriquecer às custas da população, este não foi o caso de Fidel. Se outros apresentavam uma plasticidade consoante os seus próprios interesses, Fidel foi sempre em frente com as suas ideias, correctas e benéficas para o povo na sua óptica - discutivéis na de todos os demais.
Outros heróis românticos houveram. Eu destaco Salvador Allende, eleito democraticamente e assassinado totalitariamente pela intervenção dos states (quem mais?). Mas quanto a este poderei falar num outro dia em que me apeteça debater o dominó.
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O mesmo não se passa com o seu irmão, nº 2 do regime, que defende o modelo chinês; a versão mais adiantada do capitalismo e da escravatura moderna.
As fotos foram retiradas daqui, daqui e daqui.
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