A autarquia e o sexo pago
MRF, finalmente a resposta à questão central: a minha visão sobre o que deve uma autarquia fazer em relação às profissionais do sexo? [tendo em conta actual legislação nacional]
De facto em Aveiro não existe a Associação Ninho nem outra semelhantes, mas a Câmara também poderia criar condições para a formação de uma organização destas no Município.
O vazio legal e o estigma social da profissão levam a que vivam a sua profissão em total isolamento, sendo vítimas fáceis de roubos, maus-tratos, agressões e até violações. O problema é que uma pessoa na sua situação muitas vezes não apresenta queixa nem recorre ao hospital por receio da sua condição. A sociedade tanto repete incessantemente que são pessoas indignas que acabam por condicionar a visão que têm de si próprias.
O ideal seria criar condições básicas de trabalho nomeadamente a nível de saúde, formação pessoal, defesa e segurança.
A prostituição associada à toxicodependência têm outros problemas associados, sendo imperativo um programa de troca de seringas e outros materiais de forma bastante efectiva. E a partir daí encaminhamento para as estruturas adequadas, que dependendo da situação poderiam ser de saúde ou de segurança social. E claro encaminhamento para tratamento. O problema é que não se faz a pequeníssima ideia do retrato da prostituição em Aveiro. Não se conhecem números.
Contudo o essencial seria criar os tais "sistemas de apoio social, clínico e psicológico para profissionais do sexo". Poderiam ser sob a forma de gabinete e equipa de rua, com técnicos especializados em apoio psicossocial e reencaminhamento para os devidos serviços. A entrega gratuitas de preservativos teria que ser forçosamente uma das acções.
Contudo por vezes nas coisas simples subsistem as melhores soluções. O essencial de um programa deste género é sem dúvida a conversa, a capacidade de falar e ouvir. A possibilidade de criar uma ponte de diálogo.
A intenção nunca poderá ser lutar para as tirar das "ruas". Essa competência não é da sociedade. O dever da sociedade é criar condições e eliminar dependências para que essa opção possar ser tomada pelo própria pessoa de forma completamente livre e não condicionada.
Ainda falta parte da resposta ao comentário que virá no texto seguinte: os orçamentos e os programas eleitorais. Essa questão prende-se muito com o lugar da técnica na política e na sociedade. Tudo isto para dizer que muitas das ideias técnicas deste texto que escrevi são de quem de direito, da Marta (técnica superior de serviço social).
De facto em Aveiro não existe a Associação Ninho nem outra semelhantes, mas a Câmara também poderia criar condições para a formação de uma organização destas no Município.
O vazio legal e o estigma social da profissão levam a que vivam a sua profissão em total isolamento, sendo vítimas fáceis de roubos, maus-tratos, agressões e até violações. O problema é que uma pessoa na sua situação muitas vezes não apresenta queixa nem recorre ao hospital por receio da sua condição. A sociedade tanto repete incessantemente que são pessoas indignas que acabam por condicionar a visão que têm de si próprias.
O ideal seria criar condições básicas de trabalho nomeadamente a nível de saúde, formação pessoal, defesa e segurança.
A prostituição associada à toxicodependência têm outros problemas associados, sendo imperativo um programa de troca de seringas e outros materiais de forma bastante efectiva. E a partir daí encaminhamento para as estruturas adequadas, que dependendo da situação poderiam ser de saúde ou de segurança social. E claro encaminhamento para tratamento. O problema é que não se faz a pequeníssima ideia do retrato da prostituição em Aveiro. Não se conhecem números.
Contudo o essencial seria criar os tais "sistemas de apoio social, clínico e psicológico para profissionais do sexo". Poderiam ser sob a forma de gabinete e equipa de rua, com técnicos especializados em apoio psicossocial e reencaminhamento para os devidos serviços. A entrega gratuitas de preservativos teria que ser forçosamente uma das acções.
Contudo por vezes nas coisas simples subsistem as melhores soluções. O essencial de um programa deste género é sem dúvida a conversa, a capacidade de falar e ouvir. A possibilidade de criar uma ponte de diálogo.
A intenção nunca poderá ser lutar para as tirar das "ruas". Essa competência não é da sociedade. O dever da sociedade é criar condições e eliminar dependências para que essa opção possar ser tomada pelo própria pessoa de forma completamente livre e não condicionada.
Ainda falta parte da resposta ao comentário que virá no texto seguinte: os orçamentos e os programas eleitorais. Essa questão prende-se muito com o lugar da técnica na política e na sociedade. Tudo isto para dizer que muitas das ideias técnicas deste texto que escrevi são de quem de direito, da Marta (técnica superior de serviço social).
2 Comments:
estou a ler-te com atenção. aguardo o proximo post.
abraço
Talvez amanhã o texto sobre o lugar da técnica.
Agora a emissão segue dentro de momentos com a programação habitual.
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