A morte de Pinochet
Com a morte de Pinochet os seus defensores chegam fervorosamente à frente. Dizem que deixou um país melhor que aquele que encontrou, que decidiu sair pelo seu próprio pé, o elogio fúnebre nunca mais acaba.
Só não sei se estão a defender Pinochet ou a proteger Milton Friedman. Parece que a luta contra o socialismo democrático, essa perigosa forma de democracia, justifica a tortura, a morte, o controlo de todas as liberdades...
Uma democracia na América do Sul com pendor socialista e boas condições para os cidadãos seria de facto muito temível e perigosa para a "nossa" ordem mundial! Só podem mesmo estar a defender Friedman!
Só não sei se estão a defender Pinochet ou a proteger Milton Friedman. Parece que a luta contra o socialismo democrático, essa perigosa forma de democracia, justifica a tortura, a morte, o controlo de todas as liberdades...
Uma democracia na América do Sul com pendor socialista e boas condições para os cidadãos seria de facto muito temível e perigosa para a "nossa" ordem mundial! Só podem mesmo estar a defender Friedman!
6 Comments:
Viva Nelson
Faltou claramente a justiça.
Essa perdeu-se em inúmeros casos, aos longos dos anos.
Recorde-se ao menos as vidas perdidas daqueles que lutaram pela liberdade e pela democracia.
Cumprimentos
Miguel,
E morreu no Dia Mundial dos Direitos Humanos, nada mais irónico!
A comparação feita com Friedman é perfeitamente lamentável caro Nelson.
Pinochet foi um ditador que matou, torturou e prendeu, como tantos outros, lembro-me assim de repente de Mao, de Fidel Castro, de Estaline, só para citar os de esquerda. E deve ser visto na mesma perspectiva inaceitavel.
Mas também não era nenhum mar de rosas o regime de Salvador Allende. Muito pelo contrário. Justiça seja feita à História. Mais: não reconheço qualquer democraticidade ao socialismo que opta pelas nacionalizações. Nenhum.
A escolha de Friedman não foi feita por acaso.
Friedman e o seu grupo apoiaram de perto Pinochet, muitos deles como conselheiros contratados. Praticamente foi Friedman que desenhou as sucessivas políticas económicas de Pinochet. Para um liberal nunca se preocupou com a falta de liberdades no Chile.
As fontes são inúmeras. Por exemplo a Wikipedia sobre Friedman diz nunca antes uma teoria económica tinha sido implementada de forma tão rigorosa (antes de Friedman no Chile).
É exactamente o que escrevi aqui. Que aqueles que linkei defendem Pinochet porque na verdade querem defender Friedman.
Quantos a ditadores de Esquerda, quem quiser que os apoie, eu não. Allende foi democraticamente eleito e aplicou o programa eleitoral sufragado por todos os chilenos.
Caro Nelson,
Também Pinochet foi a votos, mas ao contrário de Allende, respeitou a vontade popular e saiu apos o referendo.
Mais, Friedman de facto implementou as suas ideias no Chile. Mas Friedman não foi um anti-democrata. Muito pelo contrário. Foi das pessoas que mais apelou à liberdade de pensar e agir do ser humano. Liberadade e Liberalismo estão instrinsecamente ligados. E mais, foi precisamente a riqueza, o desenvolvimento, a criação de uma classe média e a redução drastica da pobreza no Chile que em última análise permitiu que se tornasse hoje numa (senao a mais)prospera economica da america latina. E permitiu obviamente que se pudesse caminhar para a democracia.
Allende nacionalizou, criou instabilidade e deixou o caos completo tipico do socilismo puro. Nao largou o poder. Pinochet matou e torturou e deixou um país mais desenvolvido. Mesmo que a repugna que os seus actos - que não foram condenados pela justiça - parece que a comparação com Allende é-lhe favoravel no campo económico.
Allende não se retirou do poder porque estava eleito democraticamente.
E logo vi que Pinochet foi o motor para a Democracia! E foiu a votos e tudo como dizes (quando já não se conseguia segurar no poder).
"a comparação com Allende é-lhe favoravel no campo económico". O que de resto deixou eufóricos os familiares, os que sobreviveram, às torturas!
Enviar um comentário
<< Home