segunda-feira, dezembro 11, 2006

Quem são as profissionais do sexo?

Ser do Bloco é estar como hoje no debate da AveiroFM, a falar das propostas que o BE apresentou ao Orçamento Camarário, definindo como prioridade o aumento da qualidade de vida e, nessa óptica, as políticas sociais, de saúde e de educação. O documento e a minha intervenção referem medidas de acção social diversas e para vários sectores da sociedade.

O último ponto que abordei em termos de acção social corresponde a esta parte do nosso documento: "Os profissionais do sexo encontram-se banidos do orçamento. A autarquia tem a obrigação de apresentar medidas para atenuar as dificuldades inerentes à sua condição. A caracterização da comunidade é essencial, assim como a criação de sistemas de apoio social, clínico e psicológico." (o documento pode ser consultado na integra aqui)

Esqueçam as medidas para os deficiente, as criancinhas, os velhinhos, os imigrantes, os sem-abrigo, os carenciados em geral e até para os toxicodependentes, esqueçam tudo isso! Parem tudo! O tipo do Bloco falou em "profissionais do sexo"!

Assim, o representante do CDS-PP fez questão de perguntar insistentemente quem eram as profissionais do sexo, já que não as conhecia. O ponto das profissionais do sexo estranhamente assumiu figura central nas minhas propostas, revestiu-se de algo revolucionário, quando afinal apenas se trata de inclusão social.

A inclusão social será só para @s menin@s bonit@s da sociedade, ou verdadeiramente para todos e todas? Posso defender a acção social para uns grupos carenciados e/ou com problemas específicos e dificuldades acrescidas dada a sua condição e sonegar outros? Para mim ninguém fica de fora, assumo estas medidas como todas as outras.

Contudo na discussão foram @s menin@s bonit@s da sociedade que o CDS-PP tentou deixar de fora, já que lhes interessava colar ao Bloco esta proposta e sonegar as restante.

5 Comments:

Blogger Maria do Rosário Sousa Fardilha said...

Como é que o BE se propõe intervir - qual é o programa - junto desse segmento da população? Dada a legislação actual, e na ausência de associações como a Ninho a actuar no distrito, como se propõem fazer o levantamento dos casos existentes? A acção social já deve cobrir os casos de prostituição decorrentes de condições de pobreza (mesmo que não o faça de forma dirigida). Para a prostituição associada a toxicodependência têm um programa específico? Existe um plano de intervenção em locais particulares, nas ruas (para apoio clínico, social e psicológico?)

Eu li o vosso programa. Não é esclarecedor. Desculpa a crítica, mas entre as tabelas numéricas da CMA e o rol de intenções - sem planos de acção concretos, dos partidos de oposição, os eleitores sentem-se mesmo perdidos.

terça-feira, dezembro 12, 2006 4:27:00 da tarde  
Blogger Maria do Rosário Sousa Fardilha said...

Quanto à redução do vosso programa à questão da prostituição, não me surpreende. É a "politiquice" oportunista e provinciana a vir ao de cima.

terça-feira, dezembro 12, 2006 4:30:00 da tarde  
Blogger Nelson Peralta said...

Face à complexidade das perguntas sobre a temática responderei em breve, se possível ainda hoje, no corpo do blog e não nos comentários.

terça-feira, dezembro 12, 2006 5:50:00 da tarde  
Blogger tiquitas said...

A minha intervenção não está directamente ligada ao teu post... mas disso tb havemos de conversar...
Estou a gostar!!!
... Parece que estás a sogrer alguma evolução no uso da linguagem não sexista!!!

sexta-feira, dezembro 29, 2006 1:32:00 da tarde  
Blogger Nelson Peralta said...

Nada de linguagem não sexista! Apenas nesta questão em concreto era necessária a distinção, já que o fenómeno na prostituição é quase sempre encarado como uma actividade feminina.

sexta-feira, dezembro 29, 2006 2:41:00 da tarde  

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