quarta-feira, setembro 10, 2008

O que a Alemanha nos diz sobre a nossa democracia?


Na Alemanha os dois partidos que se vinham alternando do poder não conseguiram maioria absoluta nem coligações que lhe conferissem essa maioria. Assim, estes dois partidos do centrão viram-se forçados a formar um governo de coligação: CDU e SPD. A este facto não é alheio o aparecimento do Die Linke como uma força política de 8%.

Agora, o SPD escolheu o seu candidato a Primeiro-Ministro nas eleições de 2009, nada mais nada menos do que Steinmeier... o actual Ministro dos Negócios Estrangeiros! Portanto, nas eleições os partidos tradicionalmente maioritários apresentam as alternativas políticas necessárias: Angela Merkel (CDU) e o seu governo e Stienmeier e o mesmo governo!


Em Portugal, com a esquerda a somar 20% nas sondagens, existe o mesmo temor por parte do PS e do PSD de não conseguirem maioria aboluta, nem mesmo em coligação com o CDS-PP. Assim já se preparar o terreno e a opinião pública para um eventual governo do centrão coligado. Nada mais natural, afinal de conta, Sócrates é o melhor Primeiro-Ministro que o PSD alguma vez poderia ter...
Passamos assim da alternância de dois partidos para a constatação de facto de que pouco os distingue. Veremos os efeitos dessa alteração nas esperanças de mudança tradicionalmente depositadas em cada um destes partidos no futuro.

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5 Comments:

Anonymous Anónimo said...

e o nelson diz mal?

ó nelson não chame a atenção para o centrão, deixe-os estar!

é que com mais centrão chegamos ao poder mais facilmente entende?

O problema é nós do bloco temos sempre dificuldade é em ser poder, mas é só porque não temos projecto de poder, e apenas por isso.

quarta-feira, setembro 10, 2008 7:10:00 da tarde  
Blogger Nelson Peralta said...

Eu não digo mal, aliás esclarecendo o que digo nas entrelinhas do último parágrafo concordo em absoluto consigo:

Um eventual governo de coligação PS-PSD poderá ser o catalisador de uma enorme mudança do espectro político português.

Existe uma maioria social de esquerda em Portugal, entenda-se na defesa dos serviços públicos e do estado social. O PS surge sempre como a esperança: desta vez é que é, mas nunca é. Ao formar governo com o PSD mostra para o que está e para o que estará...

Teremos dificuldade em ser poder mas julgo que não é por esse motivo. Vejo o Bloco com um projecto de poder, mas não a todo o custo...

quarta-feira, setembro 10, 2008 8:14:00 da tarde  
Anonymous Anónimo said...

http://www.gov-civil-aveiro.pt/home.php

quinta-feira, setembro 11, 2008 4:30:00 da tarde  
Blogger Nelson Peralta said...

Ora explique lá...

quinta-feira, setembro 11, 2008 5:05:00 da tarde  
Anonymous Anónimo said...

Confesso que estava a ler este parágrafo e não estava a achindrar:

"Um eventual governo de coligação PS-PSD poderá ser o catalisador de uma enorme mudança do espectro político português."

Mas pois, é verdade! Com um P^2S^2D (PPSSD) "tira-se daí o sentido", ninguém fica à espera que o PS seja "socialista". E o PS passa a ganhar coerência...

segunda-feira, setembro 15, 2008 4:46:00 da tarde  

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