O que a Alemanha nos diz sobre a nossa democracia?
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Na Alemanha os dois partidos que se vinham alternando do poder não conseguiram maioria absoluta nem coligações que lhe conferissem essa maioria. Assim, estes dois partidos do centrão viram-se forçados a formar um governo de coligação: CDU e SPD. A este facto não é alheio o aparecimento do Die Linke como uma força política de 8%.
Agora, o SPD escolheu o seu candidato a Primeiro-Ministro nas eleições de 2009, nada mais nada menos do que Steinmeier... o actual Ministro dos Negócios Estrangeiros! Portanto, nas eleições os partidos tradicionalmente maioritários apresentam as alternativas políticas necessárias: Angela Merkel (CDU) e o seu governo e Stienmeier e o mesmo governo!
Em Portugal, com a esquerda a somar 20% nas sondagens, existe o mesmo temor por parte do PS e do PSD de não conseguirem maioria aboluta, nem mesmo em coligação com o CDS-PP. Assim já se preparar o terreno e a opinião pública para um eventual governo do centrão coligado. Nada mais natural, afinal de conta, Sócrates é o melhor Primeiro-Ministro que o PSD alguma vez poderia ter...
Agora, o SPD escolheu o seu candidato a Primeiro-Ministro nas eleições de 2009, nada mais nada menos do que Steinmeier... o actual Ministro dos Negócios Estrangeiros! Portanto, nas eleições os partidos tradicionalmente maioritários apresentam as alternativas políticas necessárias: Angela Merkel (CDU) e o seu governo e Stienmeier e o mesmo governo!
Em Portugal, com a esquerda a somar 20% nas sondagens, existe o mesmo temor por parte do PS e do PSD de não conseguirem maioria aboluta, nem mesmo em coligação com o CDS-PP. Assim já se preparar o terreno e a opinião pública para um eventual governo do centrão coligado. Nada mais natural, afinal de conta, Sócrates é o melhor Primeiro-Ministro que o PSD alguma vez poderia ter...
Passamos assim da alternância de dois partidos para a constatação de facto de que pouco os distingue. Veremos os efeitos dessa alteração nas esperanças de mudança tradicionalmente depositadas em cada um destes partidos no futuro.
Etiquetas: centrão
5 Comments:
e o nelson diz mal?
ó nelson não chame a atenção para o centrão, deixe-os estar!
é que com mais centrão chegamos ao poder mais facilmente entende?
O problema é nós do bloco temos sempre dificuldade é em ser poder, mas é só porque não temos projecto de poder, e apenas por isso.
Eu não digo mal, aliás esclarecendo o que digo nas entrelinhas do último parágrafo concordo em absoluto consigo:
Um eventual governo de coligação PS-PSD poderá ser o catalisador de uma enorme mudança do espectro político português.
Existe uma maioria social de esquerda em Portugal, entenda-se na defesa dos serviços públicos e do estado social. O PS surge sempre como a esperança: desta vez é que é, mas nunca é. Ao formar governo com o PSD mostra para o que está e para o que estará...
Teremos dificuldade em ser poder mas julgo que não é por esse motivo. Vejo o Bloco com um projecto de poder, mas não a todo o custo...
http://www.gov-civil-aveiro.pt/home.php
Ora explique lá...
Confesso que estava a ler este parágrafo e não estava a achindrar:
"Um eventual governo de coligação PS-PSD poderá ser o catalisador de uma enorme mudança do espectro político português."
Mas pois, é verdade! Com um P^2S^2D (PPSSD) "tira-se daí o sentido", ninguém fica à espera que o PS seja "socialista". E o PS passa a ganhar coerência...
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