A festa quer-se bonita
Uma iniciativa contra o aquecimento global onde o ambientalista mais citado é o Al Gore só pode ser anedótica. Uma emissão que se assemelha ao discurso das concorrentes a Miss, repetido à exaustão. A unanimidade bacoca, o mundo onde a mudança ambiental se restringe à troca de lâmpadas. À boa maneira judaico-cristã dá para colmatar a culpa, apaziguar a consciência e prosseguir calmamente o nosso estilo de vida insustentável na espera de que a técnica que há-de vir o torne sustentável. O capitalismo está em festa [ver link], a festa quer-se bonita.
Da alteração do paradigma produtivo de energia não se ouvirá falar no Live Earth. A finalidade da produção de energia é dar lucro e como tal é feita de forma monopolista através de processos gigantescos. Urge descentralizar a produção, cada cidadão é um potencial produtor de energia para si e a sua sobre-produção pode ser inserida na rede nacional.
A alteração do paradigma de consumo é outro ponto que não fará parte do cardápio do Live Earth. A redução não é opção. O caminho é tornar tecnicamente viável o nosso estilo de vida através do surgimento de novas formas de energia, como os biocombustíveis [que, diga-se baixinho, são energetica, ambiental e socialmente insustentáveis].
1 Comments:
O que faz e não faz sentido nesta forma despreocupada de viver, criar atritos e aquecer?
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