Menezes, o paradoxo do barbeiro
Os barões desejavam a gestão tranquila de Marques Mendes até 2009, onde a derrota seria garantida. Acabando o prazo de validade do líder descartável, a corte ausente voltaria para tomar conta do partido para a vitória de 2013. Nenhum barão quis chegar à frente e assumir uma candidatura à vitória em 2009, preferiram ficar a ver o PSD de Marques Mendes da derrota garantida.
A essência da crise no PSD reside no facto de ser um partido sem programa de poder alternativo. O PS faz o que o PSD sempre sonhou mas nunca consegui. A alteração do status quo não interessa ao poder económico nem aos ideólogos que seriam a base do PSD.
Menezes é a fugaz hipótese de vitória em 2009. O PSD é um partido que sobrevive muito mal sem o poder. Apesar da esmagadora maioria da estrutura dirigente e representativa do PSD apoiar em massa Mendes (ex: em Aveiro todos os deputados municipais, vereadores, Presidentes de Junta e até o independente Élio Maia apoiavam Mendes), os militantes de base deram a vitória a Menezes.
O que esperar destes 2 anos de oposição PSD? A campanha interna é o retrato fiel de Menezes, um político sem ideia de país, mas sedento de poder. Menezes promete ser tudo o que é e ainda o seu contrário. Menezes vai tentar ultrapassar o PS pela esquerda e o PP pela direita. Menezes será o político do sistema com roupagem anti-sistema, será o político de direita com roupagem discursiva social. Menezes espera que o seu populismo faça na sociedade o que fez no partido, urticaria às elites e a simpatia das bases.
A decisão das listas autárquicas, europeias e legislativas vai passar por Menezes. Num futuro próximo muito Mendista vai ver a luz e declarar-se efusivo Menezista.
Etiquetas: PSD
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