Há coisas fantásticas, não há?
Em 2002 a Câmara de Aveiro, na altura sob a Presidência de Alberto Souto, escriturou uma permuta de terrenos com um particular que deveria ser efectuada até algures [Maio?] em 2003 . Deste contrato fazia parte a indemnização de 15.000 por cada mês de atraso na permuta.
Só ontem o assunto foi resolvido com um acordo e com a revogação da escritura de 2002, quando o caso já estava em tribunal e a indemnização (entre compensação, juros e penalizações) ascendia a 929.600 euros.
A este propósito, o vogal socialista [Raúl Martins] defendeu que os presidentes de Câmara “deveriam ser responsabilizados por fazerem contratos altamente lesivos do património comum”. E disse ainda: «parece espelhar uma leviandade tão grosseira. Mesmo conhecendo as pessoas só com grande certeza se pode caminhar para um contrato com cláusulas tão gravosas».
Etiquetas: Aveiro
4 Comments:
ygnsoonEstou feliz por esta novela ter acabado. O negócio ruinoso do Dr Alberto Souto custou-nos quase um milhão de euros. Eu acompanhei este caso na lesgislatura passada. Várias vezes o levei a pulpito. Nunca vi niguém da maioria de outrora preocupado.
Faltou dizer que a indeminização é o dobro do valor original. Falta ainda esclarecer como é possivel adiar nos tribunais durante anos este caso. Lutei para que as comunicações escritas incluissem os casos em tribunal e o seu valor. O CDS conseguiu isso no fim do mandato do Dr A Souto.
O Dr Élio está de parabéns por ter solucionado este caso. Demorou, no entanto, tempo demais e talvez, digo apenas talvez, pudesse ter poupado algum dinheiro.
Existem mais casos destes.
A culpa em Portugal morre sempre solteira.
Para mim que desconhecia o caso, acho-o fantástico. Pena é não pertencer de facto ao mundo da fantasia e ser bem real.
E sim, sempre solteira.
Não, não morre solteira; tem um nome que o António Granjeia já citou: Alberto Souto.
Apenas entristece e choca o facto de que, neste País, identificados os culpados, nada nem ninguém aja em conformidade.
E já agora, culpados também são o Dr. Raúl Martins, o Dr. Filipe Brandão, o Dr. Carlos Candal, o Dr. Pires da Rosa e a restante bancada socialista de então na AM, assim como o Dr. Pedro Silva, o Dr. José Costa, a Eng. Lusitana Fonseca e o Dr. Eduardo Feio, Vereadores do Executivo do Dr. Souto que deram o seu aval solidário a esse negócio desastroso e lesivo para o Município. A culpa é também de todos eles.
O Dr. Martins e seus companheiros apenas procuram agora lavar as mãos e não saírem muito chamuscados, empurrando o ónus apenas para cima de um, quando TODOS são solidariamente responsáveis. Todos alinharam pelo mesmo diapasão.
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