quarta-feira, setembro 03, 2008

A crise toca a todos

(Michel Collon)

Manchester City quer comprar Cristiano Ronaldo em Janeiro por 165 milhões de euros
Al-Fahim, 10 vezes mais rico que Abramovich, num dia comprou o Manchester City e o passe do Robinho... brinquedos caros!


Ao contrário do que se possa pensar, é nos momentos de crise no capitalismo que se fazem os melhores negócios. Nestes momentos de crise, mais do que uma redução de riqueza, o que sucede é uma transferência de riqueza.

Antes da terça-feira negra existiam imensos bancos, depois passou a existir um monopólio da JP Morgan que os comprou quase todos. Agora, quando muitos deixam de ter capacidade financeira para comprar alimentos, quem jogou no Mercado de Futuros de Chicago enriqueceu.

A crise faz parte integral do capitalismo e este não existiria sem a crise. A crise é essencial ao capitalismo e este não pode viver sem ela. A crise gera os mecanismo necessários de reconcentração da riqueza entretanto dispersa. O capitalismo não morrerá da crise, quanto muito poderá morrer por causa da crise e da convulsão social por ela gerada... mas se a isso chegarmos o capitalismo tentará usar a sua enorme capacidade de adaptação.

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