O muro que impedia fugas para a zona murada
Há vinte anos caiu o Muro de Berlim. Não tenho qualquer memória vivida do acontecimento e só comecei a pensar a política vários anos após a queda, mas sem dúvida que este é um momento definitivo e definidor para a esquerda. A prazo, a queda do "socialismo real" obrigou toda a esquerda a repensar-se e a redefinir-se, mesmo a que preferiu permanecer naquelas décadas. A reflexão de uma experiência que não foi ao encontro da força social que serve e de que necessita só nos pode ajudar a desenhar os caminhos que enquanto sociedade desejamos. Porém, ainda hoje, toda a esquerda - mesmo a historicamente crítica da experiência - paga a factura de uma experiência totalitária comummente identificada como socialista.
Como por várias vezes já disse, a democracia é a mais revolucionária de todas as ideias. Não somos obrigados a tolerar uma escolha entre um regime sem liberdades individuais e um regime sem direitos sociais. O socialismo só é possível como uma construção democrática, plena de direitos sociais e de todas as liberdades individuais. O socialismo só pode ser uma experiência partilhada e desejada pela sociedade. É essa a minha escolha, não (só) por ser a possível, mas por ser a desejável.
Com a queda e a hegemonia de uma só potência, o capitalismo pôde definitivamente soltar as garras. A social-democracia deixou de ser necessária e ficamos com um planeta sem limites para a desigualdade, e a transição das antigas repúblicas soviéticas para o capitalismo é o retrato perfeito disso. Os recursos naturais e serviços, então públicos, permitiram riquezas infindáveis a meia dúzia de gansgters, sem qualquer ganho para a sociedade ou sequer uma indemnização que se visse.
O esquerda.net dispõe de um extenso dossier sobre a queda do Muro de Berlim, de onde destaco esta análise de Mário Tomé.
Como por várias vezes já disse, a democracia é a mais revolucionária de todas as ideias. Não somos obrigados a tolerar uma escolha entre um regime sem liberdades individuais e um regime sem direitos sociais. O socialismo só é possível como uma construção democrática, plena de direitos sociais e de todas as liberdades individuais. O socialismo só pode ser uma experiência partilhada e desejada pela sociedade. É essa a minha escolha, não (só) por ser a possível, mas por ser a desejável.
Com a queda e a hegemonia de uma só potência, o capitalismo pôde definitivamente soltar as garras. A social-democracia deixou de ser necessária e ficamos com um planeta sem limites para a desigualdade, e a transição das antigas repúblicas soviéticas para o capitalismo é o retrato perfeito disso. Os recursos naturais e serviços, então públicos, permitiram riquezas infindáveis a meia dúzia de gansgters, sem qualquer ganho para a sociedade ou sequer uma indemnização que se visse.
O esquerda.net dispõe de um extenso dossier sobre a queda do Muro de Berlim, de onde destaco esta análise de Mário Tomé.
Etiquetas: o povo somos nós, socialismo
1 Comments:
Partilho com a direita a ideia de que a humanidade é composta de 95% de filhos da puta genéticamente preparados para receber aquela classificação. A gente boa existe mas são acidentes. Aberrações. E reclamar-se da esquerda não é garantia nenhuma. O capitalismo é algo merecido.
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