Carta educativa de Aveiro
A minha resposta, esta semana n'O Aveiro: Concorda com a participação de privados na execução da carta educativa?
É intenção de Élio Maia constituir uma sociedade anónima - onde a autarquia terá uma posição minoritária - para construir e explorar quatro parques de estacionamento, permitindo gerar receitas para a renovação do parque escolar. A autarquia passa a pagar uma renda mensal pelo equipamento escolar.
É intenção de Élio Maia constituir uma sociedade anónima - onde a autarquia terá uma posição minoritária - para construir e explorar quatro parques de estacionamento, permitindo gerar receitas para a renovação do parque escolar. A autarquia passa a pagar uma renda mensal pelo equipamento escolar.
A necessidade da reabilitação do parque escolar é evidente, mas esta parceria público-privado não é em nada benéfica para a Câmara Municipal. Vejamos novamente os contornos da coisa. A autarquia aponta, incentiva, promove e entrega as mais-valias urbanísticas do negócio – quatro parques de estacionamento – a privados para que estes ganhem o dinheiro necessário para a construção e reabilitação do parque escolar aveirense. No final do processo, a autarquia pagará uma renda aos privados para utilizar essas escolas construídas com o lucro dos parques. Ora, se a autarquia descobriu a galinha dos ovos de ouro porque a entrega a privados passando a arrendar as omeletas?
Repetidamente o planeamento no país é de vistas curtas, já que apenas se constroem parques subterrâneos quando já existe algo edificado por cima, encarecendo a obra e tornando-a mais susceptíveis a desvios orçamentais – o paraíso do betão.
Devo ainda acrescentar que os parques de estacionamento previstos, primordialmente para o centro da cidade (Rossio, Avenida Lourenço Peixinho, Centro Cultural e de Congressos e Universidade/Hospital), aliados à privatização da MoveAveiro desejada por Élio Maia, irão contribuir para um maior afluxo automóvel para a cidade, reduzindo a qualidade da mobilidade.
Para novos estacionamentos deve ser dada a primazia à periferia do centro urbano, com transportes colectivos integrados.
Este é o admirável mundo novo do capitalismo rentista, muito em voga a nível estatal e que Élio Maia quer aplicar em Aveiro. Negócios fantásticos arrendados por todos nós de forma a eliminar qualquer risco do capitalismo.
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