domingo, novembro 11, 2007

Política cultural da CMA

Esta semana n'O Aveiro: A política cultural da CMA tem correspondido às expectativas dos Aveirenses?

Não estou plenamente convencido que a Câmara Municipal tenha uma política cultural estruturada, estratégica e integrada. Contudo, pelas palavras do próprio Presidente da autarquia, sei que há Vereadores com opiniões pessoais sobre o assunto.

A cultura não deve ser deixada exclusivamente à mercê do mercado. A autarquia deve integrar redes nacionais de apoio à criação e circulação cultural, tal como apoiar o ensino das artes e pelas artes democratizando o acesso ao conhecimento e contribuindo para uma cidadania plena.

Aveiro é uma capital de distrito com bastante habitantes e tem uma universidade com produção cultural, contudo todas estas potencialidades são desaproveitadas e não existe nenhum incentivo – não monetário – à criação e dinamização cultural. A título de exemplo veja-se o Cinanima que está a decorrer em Espinho ou o que decorre em Avanca, isto para só referri uma área temática.

Em termos de implementação da política cultural da autarquia, o Teatro Aveirense é o instrumento mais relevante. Contudo basta olhar para a sua programação e comparar com a do Cine-Teatro de Estarreja, a Casa das Artes de Famalicão, o Centro Cultural de Vila Flor em Guimarães, entre outros, para nos apercebermos da confrangedora insignificância a que Aveiro foi remetida.

Os objectivos do Teatro Aveirense estão bem estabelecidos através do protocolo com o Instituto das Artes. A questão é qual a estratégia para os atingir? E aqui não vejo nenhuma estratégia política da autarquia. A programação deve reflectir, com base em estratégias (a quantidade, forma, estilo, etc.), sobre os objectivos pretendidos, originando posteriormente um calendário de programação, não o inverso. Preencher um calendário com espectáculos não é estratégia, é apenas preencher um calendário com espectáculos. Veja-se ainda a inutilidade a que está votado o Centro Cultural e de Congressos.

Felizmente em Aveiro há vários grupos que, mesmo perante a apatia camarária, fazem dinamização da actividade cultural.

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