Por cá ninguém constrói empreendimentos imobiliários, apenas turísticos
A Reserva Agrícola Nacional (RAN), Reserva Ecológica Nacional (REN) e Rede Natura 2000 não passam de reservas de terrenos baratos.
Estes instrumentos e as suas limitações são feitos para um ordenamento e desenvolvimento sustentável do território. Por isso, o pequeno proprietário não pode aí sequer construir uma casa de uma assoalhada para o filho. Porém, quando o grande investidor precisa de construir empreendimentos imobiliários em terrenos baratos açambarcando as mais-valias urbanísticas, há que modificar o estatuto dos terrenos...
Mas posso estar só a delirar e não ser nada disto. Já agora, algumas notícias de hoje:
- no litoral, o Governo retira da REN parte da Comporta (774 hectares junto à costa; totabiliza 10.911 camas e três campos de golfe, «o Grupo Espírito Santo pode, a partir de agora, construir o seu megaempreendimento turístico»).
- no interior, Loulé: empreendimento turístico em Rede Natura 2000 (em cima do aquífero Querença-Silves, «um campo de golfe, dois hotéis, doze blocos de apartamentos, 35 moradias e respectivos acessos» totalizando 1700 camas, a UE considera que o direito europeu é violado por este empreendimento)
Etiquetas: país de betão, patos bravos, política de solos
2 Comments:
A grande diferença é que, da casa que o pequeno agricultor construir, só escorrem águas residuais (vulgo esgotos) e dos grandes empreendimentos "escorrem" valores muito maiores.....
Guimarães,
E por vezes nem falamos de empreendimentos turísticos, mas por exemplo de pisciculturas em alta escala como em Mira.
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