Liberalismo à portuguesa
A Confederação da Indústria Portuguesa (CIP), a Associação Empresarial de Portugal (AEP) e a Associação Industrial Portuguesa (AIP) uniram-se propondo a intensificação dos estímulos à utilização dos biocombustíveis e a avaliação da oportunidade de produção de energia nuclear.
Resta saber se o pedem enquanto consumidores de energia, ou enquanto potenciais construtores, produtores, distribuidores destas energias. Não deixa de ser interessante que os senhores que pedem a liberalização da economia exijam a implementação de dois tipos de energia - nuclear e biocombustíveis - altamente subsidiadas, e que apenas assim são viáveis e rentáveis! Para mais ainda pedem a intervenção estatal na regulação de preços da electricidade.
Já agora, não é que interesse muito... mas em França ocorreu o quarto acidente nuclear em quinze dias.
Resta saber se o pedem enquanto consumidores de energia, ou enquanto potenciais construtores, produtores, distribuidores destas energias. Não deixa de ser interessante que os senhores que pedem a liberalização da economia exijam a implementação de dois tipos de energia - nuclear e biocombustíveis - altamente subsidiadas, e que apenas assim são viáveis e rentáveis! Para mais ainda pedem a intervenção estatal na regulação de preços da electricidade.
Já agora, não é que interesse muito... mas em França ocorreu o quarto acidente nuclear em quinze dias.
Etiquetas: Ambiente, economia de mercado
10 Comments:
Oh meu caro... como se a eolica e demais ditas alternativas nao fossem as mais subsidiadas de todas... tem que haver bom senso. polemicas ecologicas à parte (que as ha), a nuclear é uma soluçao economica mt interessante.
E esses "acidentes" em frança soam me mais a marketing verde...
Os "acidentes" foram relatados por todos os meios de comunicação, a Autoridade para a Segurança nuclear e o grupo proprietário da central também falaram à imprensa!
Mais subsidiada do que os biocombustíveis será muito difícil de arranjar. Quanto à nuclear é cara, subsidiada, de risco e nos custos declarados não incluem os gastos do desmantelamento e armazenamento dos resíduos.
Mas a questão principal deveria ser a alteração do paradigma de produção/consumo industrial e do paradigma e descentralização da produção energética!
sabes tao bem ou melhor q eu que nao é possivel transferir as fontes de energias fosseis nem tao pouco alterar rapidamente o padrao de consumo.
e queria ver essas contas que fazerm a energia nuclear tao mais cara...
e ja agora, a questao do risco é tambem ela mt relativa: quantas centrais (de segunda geraçao, ja vamos a caminho da quarta, por isso ja de tecnologia ultrapassada) existem junto à fronteira do lado espanhol ?
Se o nuclear fosse uma energia barata ou no mínimo competitiva, não vivia à custa de subsídios públicos.
Quanto ao tempo, a instalação e entrada em funcionamento de uma central nuclear também leva bastante tempo!
Quanto a Espanha, a central de Almaraz fica a 100 km da fronteira! Acontece que uma central tem que ser numa zona com bastante água (rio, etc)... o que no caso de Portugal equivale a dizer que ficaria na zona litoral, onde a densidade populacional é bastante densa.
Creio que tão importante como discutir de mente aberta todas as alternativas é reduzir as necessidades de consumo.
Uma boa rede de transportes públicos, por exemplo, é uma boa maneira de reduzir consumos.
Nós por cá, em Aveiro, temos uma rede de transportes públicos no mínimo vergonhosa, mas há quem não entenda assim.
Japinho,
É nos transportes que o consumo de energia é maior, e é exactamente onde se pode reduzir bastante.
E o nuclear não resolve esse problema, já que não é aplicável às viaturas.
Os senhores empresários não querem racionalização da energia, não querem eficiência - querem é fazer negócio com energia. E para muitos pode haver todo o despedício desde que sejam eles a vendê-la - ou seja, o desperdício até pode ajuda a aumentar os lucros ois vende-se mais.
Claro que haverão de pedir contrapartidas ao Estado e continuar a chulice que sempre tiveram.
Creio que concordamos, uma rede de transportes colectivos eficaz ajudaria a reduzir a dependência e as emissões.
Para quando um estudo que mostre esta inevitabilidade? Vamos continuar a atirar umas bocas sobre a matéria até que apareça algo mais mediatico para mais uma vez atirar umas bocas?
É muita falação e pouca fazação.
Espero que me perdoem este desabafo.
Acho muito curioso se falar tanto em nuclear, é que nos departamentos aonde se estudam mecanismos de produzir energia, a que nunca é apresentada como solução é a nuclear, as soluções apontam para hidrogénio, marés e eólica. O nuclear não tem futuro, pelo contrário hipoteca-o, mesmo que as coisas corram bem, ninguém nos vai explicar qual é probabilidade de os depósitos subterrâneos terem fissuras...alguém conhece com precisão os movimentos geolgicos do futuro? Os próprios especialistas reconhecem que não. Não é por acaso que quem pede esta solução são indivíduos sem argumentos técnicos mas que tem as noções básicas de lucro. A sociedade não deve ser guiar por gente de vistas curtas...
Boa Tarde,
Acabei de criar um novo o site, o "escritores de blogues" (para visualizar o site basta clickar no meu nome). Este site é uma rede social destinada a todos os escritores de blogues que o fazem em português. O objectivo é criar um espaço comum a todos para que seja facilitado o contacto e a visibilidade de novos projectos independentemente da ferramenta (blogspot, sapo, wordpress) que utilizam.
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Muito obrigado pela atenção,
Melhores Cumprimentos,
Stran
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