A estranha normalidade
O JMO considera que estas minhas críticas ao regime Chinês aproveitando a janela mediática aberta pelos Jogos Olímpicos é «abusar das coisas para fazer politiquice». De resto, o PCP está de acordo com o JMO, destacando a «normalidade» com que a China preparou os Jogos e desvalorizando as tentativas de «politização» dos mesmos.
Moral da história, o sr. João está a ver as corridas, não o incomodem e não estraguem a festa com criancinhas acorrentadas a máquinas de costura, com execuções públicas em estádios, com deportações forçadas para se construir pistas de tartan, com a censura, com os presos por delito de opinião, com os campos de concentração...
Esta história não é nova. A abstenção perante a politização do sistema vigente arroga-se como regra. É o conforto de quem considera os direitos humanos um pormenor, porque quer ver as corridas. É a cegueira de quem não vê que, do primeiro ao último dia, estes Jogos são uma encenação política, onde a China aproveita ao máximo para se afirmar como potência económica "aceitável". Tal qual os Jogos de 1936 na Alemanha nazi, com a agravante de que a China é já membro de pleno direito do clube das "democracias ocidentais".
Etiquetas: China, direitos humanos, direitos laborais
6 Comments:
Há muita gente ofuscada com o "barulho das luzes", Nelson.
Nada a fazer, senão continuar a exprimir opiniões livres, como tens feito.
Ai é?!
o JMO estava sobrio quando escreveu o texto?
Caro Nelson Peralta,
Começo a achar um abuso. Solicito a retirada imediata do último comentário colocado por um anónimo, ou acredita que vou começar a perder a paciência.
nelson, concordo que os comentários anónimos não são a melhor forma de dizer as coisas... mas agradeço ao JMO que, quando estiver menos sóbrio e me encontrar no toca Aki, se porte bem e não se ponha a dar cachaços nos outros enquanto se tenta aguentar em pé em cima do balcão. neste caso assino, e o JMO até pode perder a paciência à vontade, porque pelo menos dez pessoas viram...
Para tanta mediocridade, a indiferença é a melhor das respostas.
Ivar, a não separação entre os campos politico e pessoal e o nivel que usas, só demonstra quem és.
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