A crise de sobreprodução, agora aqui tão perto
A indústria automóvel é um exemplo perfeito da maximização da acumulação de lucro à custa da sobreprodução. Essa é a razão de toda a acumulação de capital conseguida por esta indústria. Agora, face à crise inevitável desse mesmo modelo, a empresa lava as mãos. Os custos dessa crise e o risco dessa conduta assumida pela empresa são exteriorizados para os trabalhadores. Seja qual for a crise, no final são sempre os mesmos a pagar: a Renault C.A.C.I.A. suspendeu a produção durante três dias de forma a "reajustar" os stocks.
E será que a empresa faz os trabalhadores pagar a crise para evitar ter prejuízos ou para maximizar os seus lucros como sempre? Em 2007, a Renault terá tido um lucro de 2,669 mil milhões de euros, pelo que a resposta será óbvia! Não me parece crível que tenha perspectivas de prejuízo, e mesmo que essa perspectiva existisse, para onde foi o dinheiro de anos e anos de imensos lucros?
Contudo, e na mesma altura em que faz repercutir os custos das suas opções nos trabalhadores, a empresa continua a garantir ganhos em forma rentista: o Estado aprovou um investimento (isto é dar) 28,8 milhões de euros à Renault C.A.C.I.A..
Etiquetas: Aveiro, capitalismo
2 Comments:
e o nelson sugere?
E o FY sugere?
E o FY diz alguma coisa?
E por acaso no texto está implícita a minha sugestão (a ser aplicada em contexto capitalista, entenda-se. Enquanto isto durar portanto.)
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