domingo, outubro 12, 2008

Governos com uma causa


O Governo vai disponibilizar até 20 mil milhões em garantias aos bancos, o que equivale a 11,7% do PIB. Considero que o Estado deve dar a garantia aos clientes dos bancos caso estes vão à falência (o que é bem diferente). Agora, como os economistas dizem, o que conta é o sinal que se dá ao mercado, e o sinal é bem claro: se as coisas correrem mal, nós estamos aqui para garantir a solvência das empresas financeiras. É evidente que esta mensagem será incorporada nas decisões de gestão a serem tomadas pelos bancos.

Não deixa de ser curioso que a obsessão com o défice abaixo de 3% tenha levado à perda de direitos dos trabalhadores e ao pagamento massivo de impostos por parte destes, que a idade da reforma tenha aumentado, etc. Mas quando falamos de salvar bancos, o Governo não hesita em tomar uma medida que, se accionada, aumentaria astronomicamente o défice. De igual forma, vários países desenvolvidos tem procedido a um aumento colossal do seu défice para salvar os bancos.

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4 Comments:

Anonymous Anónimo said...

voce ou e limitado ou entao faz-se.

Tem por acaso a noção do que podera acontecer a todos se os bancos forem ao charco?

seja honesto ao menos consigo próprio.

segunda-feira, outubro 13, 2008 2:04:00 da manhã  
Anonymous Anónimo said...

O senhor que é arquitecto deve saber. Poderia explicar o seu ponto de vista, se é que tem algum,pois a mim parece-me que ainda não o imaginou. Qual será a indicação dos estados ao injectarem este dinheiro.Será que os estados não serão parte activa do interesse nos mercados financeiros?
Será que os estados "investiram" em aplicações financeiras e agora estão "à rasca"?

segunda-feira, outubro 13, 2008 12:19:00 da tarde  
Anonymous Anónimo said...

Sabe o que acontece nisto tudo!!
Os bancos prometem falência e aumentam os juros. O estado dá...
O Povo é que paga!!!!
Este modelo económico é uma palhaçada!
Abaixo o capitalismo desenfreado sem regras.

terça-feira, outubro 14, 2008 10:43:00 da manhã  
Anonymous Anónimo said...

O arquitecto das latrinas é que, além de limitado, não é lá muito honesto. Mas vamos só optar por limitação, uma vez que essa é óbvia, e a honestidade já pode consistir num plano de intenções da minha parte.
Já pensou que se as pessoas tivessem melhores condições de vida (ausência de desemprego, salários dignos), se não precisassem de bancos para pedir dinheiro, quem estaria em maus lençóis, não seria mais de metade da população, mas os santos bancos?!
Enfim, ou se percebe o capitalismo liberal e neoliberal e a sua intencionalidade real, ou então só se dizem baboseiras.

quinta-feira, outubro 16, 2008 8:26:00 da tarde  

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