Universidade, Lda.
«Será que um orçamento para a universidade que mal cobre as despesas correntes pode decorrer de outras preocupações que não a contenção da despesa e da dívida públicas? A resposta é afirmativa. Em conversas privadas e nas entrelinhas de textos teóricos e de política, a contenção orçamental é apresentada como o incentivo mais eficaz para obrigar a universidade a ‘modernizar-se’. A ‘modernização’ que se tem em vista passa por forçar a universidade a ir ao ‘mercado’ vender os seus ‘produtos’. O ideal de referência é o de uma universidade ‘mercadorizada’.»
Clicar no texto para ler o artigo completo de José Castro Caldas, do Ladrões de Bicicletas, na Revista Ops!.
Etiquetas: ciência, Educação, Universidade
3 Comments:
Não acha bem que a Universidade de Aveiro tenha hoje qualquer coisa como cerca de 50% de receitas próprias?
Se calhar é esta prespectiva que permite empregar tanta gente com qualidade e fazer tanto pela Cidade, Pela Região e pela Investigação Nacional ... inclusivé até dá emprego a Vexa.
Não analiso a realidade ao metro. Importa saber o custo social - e outros - de cada opção.
Uma universidade pode facilmente passar a ter 100% de receitas próprias, basta aumentar as propinas e fazer apenas investigação aplicada (aos clientes, entenda-se).
E aliás, há pouco tempo viu-se que a U. A. estava suborçamentada, de tal forma que a reitoria se viu obrigada a fazer uma manobra financeira para conseguir pagar os salários...
O facto de a Universidade ter receitas próprias não é negativo, o facto negativo é que a Universidade está mais dependente do mercado do que um sistema pensado e centrado nos mecanismos da educação.
Um aspecto positivo e diferente da UA é que tem parcerias com empresas no desenvolvimento de projectos académicos. Outra coisa é tornar a UA dependente de empresas externas, ao ponto de se tornar um espaço cada vez mais aberto a publicidade. O projecto da UA até agora era positivo porque tinha parcerias em que tinha solidez financeira, se a UA se apresentar numa postura mais dependente desses financiamentos pode-se ter de sujeitar a coisas muito menos educativas.
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