terça-feira, janeiro 13, 2009

Consentimos a tua existência porque existes para produzir


Vives mais? Então tens que indemnizar o capital e trabalhar mais. É claro que qualquer mordomo da economia de mercado diz imediatamente que apenas assim é possível garantir a sustentabilidade da segurança social, esquecendo que é o seu próprio modelo de produção que assim o exige. E, mesmo dentro desse modelo, exigem que o aumento de custos da segurança social sejam assegurados pelo trabalhador e nunca por aquilo que por ele é produzido.

O enorme avanço tecnológico não serviu para reduzir a jornada laboral, apenas para aumentar a produção. Viver para trabalhar, trabalhar para sobreviver - é o que este modelo de produção nos oferece, que apelativo...

Se por cada ano que vivo "acima do esperado" tenho que trabalhar mais, então obrigadinho mas para isso dispenso a economia de mercado. Opto por um sistema e modo de produção que me trate como humano e não como alguém cuja existência só é válida porque e quando produz mais-valia para o capital.

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4 Comments:

Anonymous Anónimo said...

Caro Nelson,

Acho que tem razão.

Mais! Estou disposto a concordar consigo.

E a solução que Vexa apresenta é..???????????????

quarta-feira, janeiro 14, 2009 1:06:00 da manhã  
Blogger Nelson Peralta said...

Ao anónimo que não apresenta nenhuma posição nem defesa ou crítica de solução alguma, não quero apresentar nenhuma. Pode ser?

quarta-feira, janeiro 14, 2009 1:40:00 da manhã  
Blogger João Dias said...

Este comentário foi removido pelo autor.

quarta-feira, janeiro 14, 2009 1:27:00 da tarde  
Blogger João Dias said...

A solução é simples, basta criar uma ligação mais forte entre riqueza e trabalho, diminuir a margem de lucro de quem explora e exigir retribuições financeiras justas pelo trabalho realizado.
O trabalho físico/intelectual que a pessoa realizou é garantia de esta manteve a sustentabilidade do sistema, se chega ao fim e em termos financeiros dizem que não o é, é porque o sistema financeiro não reflecte o verdadeiro valor do trabalho.
Aos trabalhadores deve estar anexada uma parte do lucro da entidade/empresa, o trabalhador não deve ser "excluído", fazendo o seu salário parte dos custos de produção e tudo o que advier daí é lucro para quem explora. Na actualidade os trabalhadores apenas são são responsabilizados pelos maus resultados, os bons não se reflectem na factura salarial...temos de mudar isso.

quarta-feira, janeiro 14, 2009 1:29:00 da tarde  

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