terça-feira, junho 16, 2009

Esta lição também foi cara, mas não aprendemos nada

20 Comments:

Blogger Carlos Martins said...

estranho conceito de socialismo (será a esse que chamam trotskista?) que quando é para gastar dinheiro publico e criar defice, nao diz nada à alienaçao de empresas do estado, mas quando estas nas maos dos privados dão lucros aqui del rei! este radicalismo é para além de perigoso, a roçar o ridiculo.

Carlos Martins

terça-feira, junho 16, 2009 8:41:00 da manhã  
Blogger Nelson Peralta said...

O critério é se estamos a falar de empresas que constituem monopólios naturais e bens essenciais para a população...

terça-feira, junho 16, 2009 10:26:00 da manhã  
Blogger João Dias said...

Sim porque os portugueses em geral ficam todos a ganhar com enriquecimento de indivíduos como o Amorim. Se ele está a enriquecer está a aumentar o fosso, sobre isso não há margem para argumentações ideológicas.

O lucro da empresa vem dos consumidores, o défice das empresas do Estado vem do contribuinte...
O lucro das empresas resulta de uma sobrecarga do consumidor, ou seja de preços inflacionados, logo porque raio é que os portugueses hão-de rejubilar com o lucros da Galp. São eles que o pagam. Até parece que os portugueses só pagam o défice do Estado e não os lucros da empresas...

Além disso, a Galp sempre teve bons resultados, o Estado simplesmente abdicou dessa fonte de receita...estranho não é?

Se a Galp for pública os portugueses podem exigir que as mais valias da mesma possam ser reinvestidas nos portugueses. Quer em serviços de saúde, educação, transportes públicos...

Resumindo, sim a Galp deve ser nacionalizada porque os lucros da empresa resultam dos elevados preços pagos pelos consumidores, sendo nacionalizada pode-se optar por baixar preços ou usar as receitas para o benefício de todos e não de uma ou outra personagem.

terça-feira, junho 16, 2009 3:33:00 da tarde  
Anonymous Anónimo said...

Did you get it, Carlos Martins?!

terça-feira, junho 16, 2009 4:13:00 da tarde  
Blogger Carlos Martins said...

E quando fala em nacionalização, refere-se a uma tomada de assalto à empresa, pagando zero aos detentores das acções ou pagando o preço de mercado do valor da empresa ?

quarta-feira, junho 17, 2009 8:50:00 da manhã  
Blogger Nelson Peralta said...

Nacionalização pressupõe a indemnização dos accionistas.

Pena que na altura da privatização não tenhas perguntado se os novos accionistas não deviam ter pago o valor da empresa na altura e parte da previsível valorização. É que claramente nem o preço da altura pagaram...

quarta-feira, junho 17, 2009 10:30:00 da manhã  
Blogger Carlos Martins said...

oh meu caro... o preço de venda pressupoe o desconto dos cash flows futuros. se quem vende acorda o preço de que compra, entao é o preço justo. mandar bocas dessas sem fundamento é tipico.

quarta-feira, junho 17, 2009 3:25:00 da tarde  
Blogger Nelson Peralta said...

O problema é quando alguém decide vender o que é de todos nem sempre tem em atenção o interesse de todos...

quarta-feira, junho 17, 2009 5:19:00 da tarde  
Blogger Carlos Martins said...

ah sim ? entao o q é q aconselhas ? um comite central que saiba tudo ? ou talvez o louça como ayatollah portugues ? quem sabe...

quarta-feira, junho 17, 2009 5:52:00 da tarde  
Blogger João Dias said...

Cash flows futuros...sim, com certeza, vamos pagar com base na expectativa de lucros de quem vende...excelente. É tão complicado o Estado comprar, mas vejam o quão fácil é para o Estado vender. Na CMA também é fácil privatizar, e não me parece que tenham reclamado cash flows futuros...ou outras expectativas de resultados futuros.

Aliás leia-se o artigo de Raul Martins, insuspeito de ser bloquista.

"Apesar disso foi com surpresa que tomámos conhecimento do conteúdo da proposta para a “privatização” da PDA, aprovada com o voto favorável dos vereadores da maioria em que, sinteticamente, se delibera um aumento do capital social da PDA para 3.500.000 € no qual a CMA subscreve 1.335.000 € e a Visabeira 1.665.000 €, o que conduz à diminuição da participação da CMA de 51% para 45,43%, que assim perde a maioria que oferece, sem qualquer contrapartida financeira, ao parceiro privado passando a PDA a ter o estatuto de Empresa de Capitais Mistos (ECM)."

Proponho que se faça o mesmo para a Galp e EDP, aumente-se o capital social da empresa e o Estado adquira uma larga maioria das mesmas...
Estou certo que esta é uma proposta do agrado de Carlos Martins.

quarta-feira, junho 17, 2009 7:12:00 da tarde  
Blogger Carlos Martins said...

sim, aumentar o capital social da EDP e da GALP....! (ja nem vou falar na ilegalidade da decisao em empresas onde o Estado nao é maioritario) que bela gestao dos dinheiros publicos ! é assim que responsavelmente querem aplicar o dinheiro dos contribuintes ? espero q consigam explicar onde se vai desencantar dinheiro para as restantes politicas sociais que defendem... alias, espero q consigam explicar onde vao arranjar dinheiro para as politicas sociais que defendem, mesmo sem esses aumentos de capital.

quarta-feira, junho 17, 2009 8:37:00 da tarde  
Blogger João Dias said...

Vamos buscar receitas através:

.Quebra do sigilo bancário
.Fim dos offshores e zonas francas
.Acabar com as deduções em IRS que só beneficiam os mais ricos
.Aumentar a progressividade do IRS
.Captação das mais valias de valorização de terrenos
.Criar sectores produtivos públicos
...e etc

Ai é ilegal? Então explique porquê, a sério agradecia, ninguém disse que era uma decisão unilateral.
As entidades privadas podem perfeitamente fazer um aumento de capital social.

quarta-feira, junho 17, 2009 8:55:00 da tarde  
Blogger João Dias said...

Este comentário foi removido pelo autor.

quarta-feira, junho 17, 2009 8:59:00 da tarde  
Blogger João Dias said...

Não sei se reparou que toda a sua argumentação reforça a ideia de que as empresas funcionam alheias à vontade democrática. Ou seja, se um governo eleito por uma maioria achar por bem nacionalizar um sector, você acha que se devem preservar todos os privilégios do proprietários privados, mesmo que isso implique prejuízos para maioria da população.

Mas para ser coerente, devia estar indignadissimo com o que foi feito no caso do PDA...pois é, não se pode ter o melhor de dois mundos completamente opostos.

Mas já agora gostava de saber o que acha do caso PDA?

quarta-feira, junho 17, 2009 9:01:00 da tarde  
Blogger João Dias said...

É verdade esqueci-me de dizer o óbvio.
As receitas resultantes da Galp e EDP...não é óbvio?

quarta-feira, junho 17, 2009 9:03:00 da tarde  
Blogger Carlos Martins said...

Nao me faça rir com o seu/vosso lirismo!!!

.Quebra do sigilo bancário -> fuga de capitais do país;
.Fim dos offshores e zonas francas -> fuga de capitais do país;
.Acabar com as deduções em IRS que só beneficiam os mais ricos -> sim, vamos premiar os menos produtivos, isso sim, era um país à seria! -> fuga de cerebros, menos competitividade, menos impostos recolhidos;
.Aumentar a progressividade do IRS -> vamos incentivar a sermos maus ! menos trabalho e mais salario nao é ? -> país mais pobre, menos receitas
.Captação das mais valias de valorização de terrenos -> mais vale avançar logo com a reforma agraria e nacionalizar tudo!
.Criar sectores produtivos públicos -> QUAIS !??! "criar" !? a economia nao se cria por decreto!

quinta-feira, junho 18, 2009 8:39:00 da manhã  
Blogger Carlos Martins said...

Entao nao percebo, acha que os accionistas estão a cobrar demais pela energia que vendem mas ao nacionalizar a Galp e EDP ia vender tudo ao mesmo preço ?

é que se vender a "preço de amigo do bloco" não vai haver lucros nenhuns para pagar as suas despesas orçamentais...

sao uns artistas voces.

quinta-feira, junho 18, 2009 8:44:00 da manhã  
Blogger Carlos Martins said...

deixe-me ver se percebi. isto é para nacionalizar tudo, nao respeitar os direitos dos privados, pq as decisoes sao democraticas, do povo portanto.

muito bem.

tipo albania, para ai ?

quando forem poder, avisem, para eu poder emigrar.

aumentos de capital existem para 1. crescer a empresa; 2. repor necessidades de capital.

entram no aumento de capital: quem pode por cash.

quinta-feira, junho 18, 2009 8:49:00 da manhã  
Blogger Nelson Peralta said...

BaD,

Com lucros de 1,5 mil milhões de euros parece-me que a GALP e a EDP tem muita folga para descer preços! E estes lucros não servem para pagar as despesas orçamentais, quanto muito servem para pagar dividendos.... algo altamente produtivo como deves

«vamos incentivar a sermos maus» - Para o Carlos Martins, ganhar pouco é sinónimo de ser mau - é a balela neoliberal. Tens que ir dar umas aulas de economia a operários e desempregados...

quinta-feira, junho 18, 2009 12:22:00 da tarde  
Blogger João Dias said...

Não sei se o Carlos Martins reparou que ao falar de fuga de capitais com a quebra de sigilo bancário está, implicitamente, a deixar transparecer que existe crime económico.
A quebra de sigilo bancário não é um novo imposto, é somente um mecanismo de ter transparência nas contas e combater o crime fiscal...

Eu eu nem estava a ir tão longe...

:-)

quinta-feira, junho 18, 2009 3:19:00 da tarde  

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