Política do rissol e do croquete
Enquanto deputado municipal recebo convites da ou através da Câmara Municipal de Aveiro para tudo o que é evento político de rissol e croquete: desde o jantar com o Presidente da República até ao jantar com a Administração do BCP, passando por um rol infindável de eventos de socialité.
Porém, nunca fui fã de salgadinhos e a transformação social não é feita de rissol na mão.
Posto isto, amanhã vai ocorrer uma insignificância: nove municípios do Baixo-Vouga vão assinar uma parceria que envolve o sistema de abastecimento público de água e de saneamento, que terá a duração de 50 anos e que abre a porta à privatização. Este negócio foi desenvolvido no segredo dos deuses, nas costas da população e dos trabalhadores dos SMA. Foi negociado ainda antes da legislação que o torna possível ter sido aprovada e ao que parece, o executivo PSD/CDS-PP sonegou um estudo da oposição. O negócio em momento algum foi sufragado pela população.
Daqui a 50 anos, com sorte, terei 78 e a maior parte dos que a negoceiam não estarão cá para contar como foi. Contudo, nem convite nem aviso. É assinar que se faz tarde e as eleições estão à porta, e já se sabe que não se pode confiar na vontade popular. Tal como o resto do processo, a assinatura da parceria é anunciada na véspera para que a população não possa participar em tão magnânime acto.
Há deputados municipais que se contentam com o rissol e com o croquete...
Porém, nunca fui fã de salgadinhos e a transformação social não é feita de rissol na mão.
Posto isto, amanhã vai ocorrer uma insignificância: nove municípios do Baixo-Vouga vão assinar uma parceria que envolve o sistema de abastecimento público de água e de saneamento, que terá a duração de 50 anos e que abre a porta à privatização. Este negócio foi desenvolvido no segredo dos deuses, nas costas da população e dos trabalhadores dos SMA. Foi negociado ainda antes da legislação que o torna possível ter sido aprovada e ao que parece, o executivo PSD/CDS-PP sonegou um estudo da oposição. O negócio em momento algum foi sufragado pela população.
Daqui a 50 anos, com sorte, terei 78 e a maior parte dos que a negoceiam não estarão cá para contar como foi. Contudo, nem convite nem aviso. É assinar que se faz tarde e as eleições estão à porta, e já se sabe que não se pode confiar na vontade popular. Tal como o resto do processo, a assinatura da parceria é anunciada na véspera para que a população não possa participar em tão magnânime acto.
Há deputados municipais que se contentam com o rissol e com o croquete...
6 Comments:
Caro Deputado Municipal Nelson Peralta,
Sob pena que se possam entender algo que não é verdadeiro, convinha que esclarecesse os seus leitores sobre algo:
A responsabilidade da cerimónia de hoje é da CIRA- Região de Aveiro. Ponto final.
Como bem refere, a autarquia aveirense cumpre, convidando-o para todos os eventos que é organizadora.
É só para que não fiquem dúvidas.
JMO
Do esclarecimento que prestou é legítimo concluir que a CIRA e a CMA são uma e a mesma coisa?
Quer-me parecer que não!
No fundo, é um esclarecimento que para além de não esclarecer nada, nem sequer se foca sobre o problema em questão - a assinatura do contrato de parceria pública para a gestão integrada dos serviços de abastecimento de água e de saneamento.
Sobre isto nem uma palavra (tal como fez o executivo camarário)!
Caro Rui Maio,
O senhor não entendeu nada. A CIRA é a responsável pela iniciativa de hoje e por isso o senhor deputado municipal Nelson Peralta não podia receber um convite nosso para uma cerimónia que não é nossa.
Cumps
Joao Oliveira
JMO
Quer-me parecer que quem não entendeu nada foi o senhor. Sei muito bem o que é a CIRA e a CMA e quais as competências de cada uma.
Mas o autor deste post nem sequer referiu que não recebeu convite para o evento em questão, quanto mais queixar-se disso!
Porém, se está mais interessado em discutir "lana caprina", eu fico-me por aqui!
Passe bem!
Caro Rui Maio,
Parece que o pensador do BE Aveiro sepre se queixa, quer ver:
"Daqui a 50 anos, com sorte, terei 78 e a maior parte dos que a negoceiam não estarão cá para contar como foi. Contudo, nem convite nem aviso."
Só para que conte.
Este facto é mesmo palha,o importante mesmo é o negócio que foi de todo mal explicado e que pode muito bem pôr em causa bens essênciais.
Mas por favor, não façam politica de merda, nem deitem cá para fora frases feitas, vulgo de merda, como por exemplo "Porém, nunca fui fã de salgadinhos e a transformação social não é feita de rissol na mão."
Já não é o tempo certo para grandes educadores do povo.
A classe operária já não é o que era há 100 anos, será ue não conseguem ver.
Só para acabar, nesas coisas dos salgadinhos que devem ser um enjoa a maioria delas, só faz falta quem aparece e não ir, não aparecer, naõ contestar no acto etc etc é estar fora querendo estar dentro.
Não é assim que se defendem os interesses dos aveirenses, assim defendem-se os intereseses de alguns e do partido.
Confesso que não percebi a maior parte do seu texto.
Mas para que fique bem explicito, a única questão de relevo é o negócio e não os convites.
Apenas falei nos convites para reforçar que este negócio, o mais importante dos próximos 50 anos, foi feito totalmente nas costas da população.
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