quinta-feira, agosto 13, 2009

Terreno das piscinas e a indignidade da Câmara


A autarquia aveirense desde o dia 18 de Julho não deu qualquer conhecimento aos cidadãos ou à oposição sobre o negócio do terreno das piscinas. Não obstante ainda não ter prestado qualquer esclarecimento, envia parte do negócio para o IGAL para aferir a legalidade. Fantástico. Mais fantástico é que apenas envia a documentação referente à transacção CMA/Beira-Mar e nada sobre a transacção Beira-Mar/construtores decorrida no mesmo dia e pelo dobro do preço.

No mundo da fantasia, a pouca vergonha não deixa ver que não estamos [apenas] perante um caso de legalidade ou ilegalidade, mas acima de tudo de um fenómeno económico - especulação imobiliária e enriquecimento ilícito - que não é criminalizado pelas leis do bom Estado português e de uma decisão política desta autarquia.

Entretanto, Raúl Martins avança mais algumas informações que apenas tornam o negócio mais escandaloso. Certo é que a autarquia vendeu o terreno por 1,2 milhões de euros sem que ainda tenha recebido qualquer dinheiro, e que o Beira-Mar no mesmo dia vendeu o terreno a empresário de construção covil pelo dobro. Mas aguardem pelos próximos episódios, já que também é certo que o terreno valerá ainda mais que isso...

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9 Comments:

Anonymous Anónimo said...

Segundo ouvi dizer a fontes habitualmente bem informadas, o terreno seria vendido por 8 milhões para construção de um hospital particular....

quinta-feira, agosto 13, 2009 11:15:00 da tarde  
Anonymous Joana Dias said...

Este negócio bem pode ser legal (não sei se é! Nem me interessa!)... é perfeitamente injusto, imoral! No mínimo danoso do bem público!

Existe um célebre negócio em Coimbra (venda pela CMC do Edifício dos CTT), que está a ser investigado pela PJ e em que as mais-valias são PROPORCIONALMENTE inferiores a este caso!

Quem quiser saber mais, linke aqui:
http://www.correiodamanha.pt/Noticia.aspx?channelid=00000181-0000-0000-0000-000000000181&contentid=11436337-7CA9-4730-9573-0B294B8C8FFC

sexta-feira, agosto 14, 2009 12:09:00 da manhã  
Anonymous Anónimo said...

Parece-me bem que a Câmara Municipal, perante a acusção que lhe é dirigida submeta à apreciação da legalidade do processo, assim todos os que sabem ou dizem saber algo sobre o processo podem denunciar o que têm conhecimento sem sede própria. Assim, acaba-se o folclore eleitoraleiro em torno do assunto. O BE, o PS e a Joana Dias devem dirigir-se à Inspecção Geral e dizerem o que sabem! Claro que é mais fácil mandar umas balelas e lançar a suspeição do que chegar à Inspecção Geral e apresentar provas...de um protocolo aprovado em reunião de câmara e na assembleia municipal. Óutra questão: esta solução não decorre dos vários protocolos milionários que o PS assinou com o Beira-Mar e nunca cumpriu?

sexta-feira, agosto 14, 2009 12:45:00 da manhã  
Blogger Nelson Peralta said...

Anónimo,

Ninguém, por ora, questiona a legalidade do negócio. Este negócio é uma escolha política e económica do executivo.

Portanto não lhe chame "folclore eleitoralista", este foi um negócio da coisa pública decidido pelo poder público e com prejuízo público. Portanto esta actuação do executivo deve ser escrutinada pelos cidadãos, seja nos espaços públicos, seja nas urnas.

Quanto à sua última pergunta, já só me faltava o roto a falar do nu...

sexta-feira, agosto 14, 2009 1:15:00 da manhã  
Anonymous M.V. said...

Pois é, Sr. Nelson Peralta, parece que a tal pergunta o incomodou, mas essa pergunta apenas consubstancia uma verdade indesmentível...e tanto quanto se sabe, a passagem do BM para o estádio novo foi resultado de uma iniciativa camarária com obrigações financeiras que a CMA (via EMA) nunca cumpriu e que estão na origem de todo o imbróglio...Ou não será?...E que força política estava então ao leme da CMA ?...

segunda-feira, agosto 17, 2009 1:16:00 da manhã  
Anonymous Anónimo said...

"E que força política estava então ao leme da CMA ?..."

Querem ver que o BE já teve a presidência da CMA e eu não sei?

segunda-feira, agosto 17, 2009 10:53:00 da manhã  
Anonymous Anónimo said...

Estranha incompreensão do anónimo anterior...ou estará a tentar desviar as atenções, fazendo de conta que não percebe o que M.V. expressou...mas eu, que não sou procurador de M.V, explico-lhe: quem criou o problema com a construção do elefante branco e justificou a sua existência posteriormente ao Europeu de futebol entregando-o ao Beira Mar mediante condições que nunca cumpriu foram politicamente os mesmos que agora andam muito indignados e armados em virgens impolutas a tentar sabotar uma maneira de evitar o fim do maior símbolo da cidade. Pobre Beira Mar, vítima dos (alguns) politiqueiros que cá temos!!!

segunda-feira, agosto 17, 2009 11:49:00 da manhã  
Anonymous M.V. said...

Pois, caro anónimo desentendido.Chamemos então os cujos pelos nomes. O Sport Clube Beira Mar era, nos últimos anos em que utilizava o velho estádio Mário Duarte, um dos poucos clubes nacionais financeiramente equilibrados, tendo inclusivamente apresentado resultados positivos sucessivos na gestão das ultimas direcções presididas pelo Engº Mano Nunes. Após a passagem para o estádio novo, patrocinada pelo executivo PS da CMA, o BM viu-se privado de um conjunto de actividades lucrativas em torno da organização dos jogos que antes possuia e da rentabilização do estádio e respectivos espaços em favor da EMA, o instrumento legal criado pela CMA, tendo, obviamente, em troca, uma contrapartida financeira que a EMA (CMA) cedo deixou de pagar, levando a uma asfixia financeira (que uma gestão posterior agravou)que pôs e continua a pôr a existência do clube em dúvida. Ora
é aqui que surge em todo o seu esplendor o requinte da coisa...É o mesmo PS que agora denuncia, preocupado e indignadíssimo, a engenharia financeira que tenta amenizar o descalabro que provocou ao Sport Clube Beira Mar pelo incumprimento da sua EMA. É politiquice baixa, é servir-se de um dos maiores símbolos de Aveiro, senão o maior, para fins muito mais mesquinhos do que o interesse nacional, porque um símbolo de uma cidade também é de interesse nacional e de interesse nacional é também não esbulhar um símbolo popular legítimo. E, não pense que nos iludimos, a inconsolável carpideira não é o BE...O BE atira uns very lights para o ar para não parecer que está fora, mas o verdadeiro figurão é outro e tem muito mais peso, chama-se PS...Percebeu agora?!...

segunda-feira, agosto 17, 2009 8:01:00 da tarde  
Anonymous Amaral said...

E a hipocrisia política mais reles também não é criminalizada em Portugal...e por isso há por aqui gente em bicos de pés a gritar que o rei vai nu, sem reparar em si, mas neste país de imbecis e de distraídos está tudo bem...os srs. engenheiros da mãozinha agradecem...

terça-feira, agosto 18, 2009 9:49:00 da tarde  

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