Interesse público: salvar as grandes fortunas
O Estado, todos nós portanto, garante 450 milhões de euros de fundos aos seis bancos que vão salvar o Banco Privado Português. Antes deste aval do Estado, portanto em condições normais de mercado, ninguém nem nenhum banco pegou naquela instituição financeira. Obviamente porque era um mau negócio e com um risco inerente demasiado grande, agora assumido pelo Estado.
O BPP é um banco de investimento e não um banco comercial. O BPP assumia-se como um banco gestor de grandes fortunas, tendo apenas três mil clientes. Ao longo dos anos, foram distribuídos dividendos pelos accionistas (30 milhões nos últimos três), os administradores tiveram salários de luxo e os clientes viram os seus investimentos serem altamente renumerados.
Portanto, ao longo de todos estes anos os accionistas e investidores enriqueceram à custa da especulação. À luz dessa mesma especulação, o banco aproximou-se do colapso e em vez de serem os responsáveis pela situação e os lucros anteriores a garantir a viabilidade do banco, todos os contribuientes são chamados a garantirem os lucros da ganância (mesmo quando ela gera prejuízos), ao mesmo tempo que transformam este banco num novo produto financeiro a ser devorado por outros. Mesmo numa lógica de economia de mercado, a má gestão é premiada à custa do esforço e trabalho de todos nós. Estranha missão de interesse público.
Etiquetas: capitalismo, dinheiro, economia de mercado
2 Comments:
concordo.
consigo,
a sondagem do Bloco de hoje é bem boa.
A Nacional e a local também, porque apesar dos 3%, estes foram conseguidos se o candidato fosse o Vaz da Silva, que é absolutamente nulo politicamente como se sabe e nem sequer tem a confiança dos bloquistas!
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