segunda-feira, fevereiro 27, 2006

e assim corre o mundo...

domingo, fevereiro 26, 2006

Dissertações avulsas e convulsas sobre a diferença

frame do filme THX1138 de George Lucas

Na diferença e na diversidade deveriamos encontrar a complementaridade e aprofundamento do conhecimento. Mas há aquele preceito que a minha civilização/cultura/sociedade/ideia (riscar o que não interessa) é superior às demais.

Por certo a civilização espanhola que conquistou as Américas deveria ser superior aos Atzecas e Maias, caso contrário não teriam tanta facilidade na conquista, certo? Acontece que os espanhóis eram mais evoluídos militarmente, os povos residentes já pouco uso faziam de batalhas. Com a dizimação dos Atzecas e Maias o conhecimento na Terra regrediu. É muito curioso ver documentários sobre estas civilizações perdidas. Podemos observar construções perfeitas e ao lado outras que apesar de semelhantes possuem os tijolos todos desalinhados e em queda... adivinhem qual foi a obra dos espanhóis. Queimamos conhecimento na matemática, medicina, astronomia, agricultura, construção civil... para ficarmos com o quê? Com o avanço militar que Espanha possuia... uh, que avanço civilizacional...

Flash. Esta semana 11 putos assassinaram um transsexual no Porto; no Iraque mais de uma centena de mesquitas xiitas sofreram ataques à bomba, os xiitas retorquiram e lá foram umas mesquitas sunitas.

Que mecanismos sociais exacerbam um ódio irracional e incontido!? Em que medida o transsexual assassinado constrangia a vida de 11 putos internados numa intituição religiosa!? Porque é que os muçulmanos que defendem que a liderança espiritual do Islão pertence ao sucessor genético de Mohamed andam às cabeçadas com os que acreditam que a fé deve ser comandada pelos sucessores genéticos do companheiro de Mohamed!?

A segunda questão apesar de parecer mais complexa é bem mais simples de responder. É do interesse dos muçulmanos radicais a existência de uma guerra civil no Iraque e para tal nada melhor do que manipular ódios religiosos.

Na primeira questão o que me desanima e irrita é a discussão latente à volta do assassinato perpretado pelos putos. Apenas se discute se se deve ou não baixar a idade de impunidade de menores. A sociedade perde mais uma oportunidade para reflectir de onde vem e para onde vai. É o nosso mundo imediato (tenho que escrever algo sobre isto, um dia destes).

Em matemática muitos dos problemas são demonstrados pela redução ao absurdo. Na sociedade agudizam-se diferenças por mais absurdas que sejam, como por exemplo esta inferioridade intelectual do Beckham, todos ficam deliciados com a perspectiva de serem mais inteligentes do que uma estrela do imediato. Esquecendo as múltiplas inteligências e saberes definidas por Edgar Morin, todos caimos no absurdo ao tentar ridicularizar a falta de intelectualidade de alguém... ou ao que se vêm assintindo, de civilizações inteiras.

Temos ainda um caso paradigmático, oposto ao primeiro. O caso da diferença, mesmo que socialmente considerada como "superior" - como se isso existisse - que é banida pelos seus pares. O antigo capitão do Barcelona, Guardiola, era um dito intelectual, declamador de poesia e participantes nas tertúlias dos bem pensantes da cidade. Contudo foi banido pelos seus pares exactamente por isso, pelo facto do indivíduo Guardiola não corresponder à imagem que os seus companheiros tem de si próprios; não deixando margem para que outros não correspondam a esse ideal individual.

sexta-feira, fevereiro 24, 2006

um brinde a noite de hoje!

Kalimotxo

El kalimotxo es una de las bebidas más populares para consumir en cantidades industriales y para acompañar a los juegos alkohólikos. Está siempre presente en todas las fiestas veraniegas y en los bares y mesones donde se junte la peña a beber alrededor de una mesa.
Se trata de una bebida barata, para beber en cantidad, con resacas bastante cabezonas.
Tiene entre 5 ~ 6 %Vol de alkohol.

Ingredientes
El kalimotxo se hace con vino tinto y Coca Cola.
El vino debe cumplir las siguientes condiciones:
- Debe ser malo y esto es fundamental, porque con el vino bueno el kalimotxo sabe peor y encima estás desperdiciando un vino que se debe beber sólo.
- Mejor que tire a amargo, ya que la Coca Cola es dulce y así se compensa.
- Envasado en brik. Además de ser muy cómodo suele ser mejor vino para el kalimotxo, seguramente porque sólo se envasan en brik los vinos malos. También es importante que de esta manera hay 1 litro justo y es más fácil calcular la mezcla.
- Una cosa es malo y otra asqueroso, tampoco compres meada de burra por ahorrar unos duros.
La Coca Cola es muy importante:
Ante todo debe ser Coca Cola, Coca Cola. Nada de Cola Pumba o Super Cola, que luego no hay quien se beba el kalimotxo, por llamarlo de alguna forma. Las colas de otras marcas tienen un sabor dulzón que destroza la mezcla y se reconoce a distancia.
A falta de Coca Cola, que a veces se acaba en los hipers, siempre queda la Pepsi, que se defiende pero tiene demasiado gas desde que la cambiaron y desde luego se nota que no es lo mismo.
Mejor en botella de 2 litros, muy manejable. Una pena que desaparecieran las botellas de 2 1/4 l.
La Coca Cola light es veinte veces más dulce que la normal y eso que no tiene azúcar. El kalimotxo queda dulzón.
La Pepsi Boom es realmente intragable mezclada con vino.

Preparación
El kalimotxo debe prepararse con esmero, para evitar que pierda todo el gas y conseguir que mantenga todo su sabor.
Partiendo de que tenemos una botella de 2 litros de Coca Cola y 2 briks de vino malo, deberemos seguir los siguientes pasos:
Es importante cuando se mezcle en botellas vacías echar primero el vino y luego la cola, porque si lo hiciéramos al revés quitaríamos todo el gas a la cola.

Tradiciones
El kalimotxo se bebe desde tiempos inmemoriales (vamos, que no me acuerdo) y hay que respetar la forma de mezclarlo.
Se debe conservar la receta original.
Más grave es sin duda revolver el kalimotxo y agitarlo hasta que pierda todo el gas y parezca caldo.

Memórias de Arcachon


Para a posteridade aqui fica a vista do meu quarto durante a minha estadia em Arcachon, França. A primeira fila de edifícios junto ao mar era constítuida exclusivamente por hóteis, um casino e as estruturas do laboratório.

O preço desta vista era de € 75/mês... no hotel imediatamente ao lado, o Mercure, pagava-se € 76/noite.

Inveja

Vi um daqueles filmes que passam na televisão, no caso Enemies at the Gates. Conta a história de um duelo titânico entre dois snipers na II Guerra Mundial: um pastor soviético dos Urais que aprendeu a disparar caçando lobos com o avô; e um nobre nazi da aristocracia alemã. A dualidade perfeita para a propaganda soviética que ávidamente tornou Vassili Zaitsev num mito e herói para as suas tropas.

A minha primeira questão. O filme é inspirado em factos reais. Mas em que factos reais? No que aconteceu ou no que foi escrito pela propaganda soviética!?

Segunda e mais importante questão. Porque raio é que em todos os relatos reais ficionados existe um romance que se torna mais importante que o resto da narrativa!?

Prosseguindo, o que me leva a escrever sobre este filme são as várias reflexão constantes do filme.

Era teoria de todos e do próprio Vassili Zaitsev, que a sua vida era descartável e que o respirar do Commisar Danilov e de Tania- fica já apresentado o triângulo amoroso-, "formados e educados" era mais valiosa pois seriam mais necessários ao futuro da URSS. Apenas Tania contestava isto.

O nosso sniper dos Urais e Tania envolveram-se no romance que é o facto mais revelante do filme. Commisar Danilov, o propangandista de serviço, como é obvio também se apaixonou por Tania e julgava que seria perfeitamente lógico os dois ficarem juntos dada a sua exímia formação, e não compreendia o seu amor pelo simples pastor dos Urais que mal sabia escrever.

O filme termina com Commisar Danilov a declarar que estavam enganados, que a busca do Homem Novo era uma farsa, que era impossível, que haveria sempre algo a invejar nem que fosse um amor. Que por mais igualdade que existisse haveriam sempre homens que teriam mais que outros, como um amor. E blá blá blá sacrificasse oferecendo a cabeça desnuda ao sniper alemão. O alemão ao julgar ter morto o nosso herói sai da toca e zás.

quinta-feira, fevereiro 23, 2006

Matemática ou nem tanto

Eu até percebo de aritmética, mas estas contas baralham-me.

quarta-feira, fevereiro 22, 2006

Retrato de absentismo

Ele há os tipos que querem levar o sei carrinho a todo o lado, nunca o abandonam e tentam metê-lo dentro do escritório. Se em vez de o estancionar o pudessem transformar em porta-chaves para nunca se separarem dele era o que fariam.

Bem, eu amanhã prefiro ficar por casa.

terça-feira, fevereiro 21, 2006

Retratos do Trabalho em Roscoff, França

Biólogos portugueses (e uma resma de europeus de diferentes nacinalidades fora da objectiva da câmara) em trabalho de campo nas zonas intertidais.


Continuando na onda dos pecados mortais este post é nitidamente a preguiça.

Há muito que ando para fazer um post a parodiar o Abrupto, um retrato do meu próprio trabalho. É que o Pacheco Pereira tem metido retratos de trabalho de todo o mundo.. mas do seu népias. Há uns dias que ando a maturar a ideia, na certeza de que nada de semelhante apareceria no Abrupto, mas eis que... Biólogos portugues e espanhóis em Lanzarote, em trabalho de campo nas zonas intertidais.

Tinha que ser batido em rapidez e logo pelo PP... mas eu tenho retratos do meu trabalho para mostrar...

segunda-feira, fevereiro 20, 2006

Gula


Recentemente troquei de tarifário do meu telémovel partido da TMN. Passei do VIP's para o VIP's SMS... a diferença éque neste último as mensagens para a TMN até Junho são gratuitas, tendo apenas o senão dos carregamentos obrigatórios serem de 2 em 2 meses ao contrário dos 3 meses do anterior.

Ora até aqui nada de mais, dado que no final de Junho posso trocar novamente de tarifário. Contudo ao ter acesso a este pacote de 250 sms gratuitas para a TMN por dia dá-me a estranha sensação de estarem-me é a ir ao pacote é a mim e não vice-versa. Suspeito que até Junho os tarifários VIP's e Mais Perto vão deparecer indo os ávidos e gulosos clientes da TMN suportar carregamentos de 2 em 2 meses nestes tarifários.

Aqui fica o retrato de outro pecado mortal: a gula.

domingo, fevereiro 19, 2006

Documentário genial


Entrevistas de rua nos states inquirindo os transeuntes sobre o país que desejam que os states invadam a seguir.

Surgiram respostas como Itália, França e Brasil até às mais convencionais Irão, Coreia do Norte e a transformar todo o Médio Oriente numa grande cratera.

Mas o mais interessante era que de seguda era mostrado um mapa do mundo e pedia-se que o indivíduo colocasse bandeirinhas com números nos países que acabara de enunciar, por ordem.

A relevância da coisa é que o mapa era verdadeiro mas os nomes dos países trocados. Então um tipo que assinala a Coreia do Norte [Austrália na realidade] fica muito surpreendido porque, segundo o próprio, pela primeira vez se apercebera que a Coreia do Norte era muito maior que a Coreia do Sul [Tasmânia ou Nova Zelândia, não consegui ver bem].

Não consegui ver o nome do documentário, mas saiu agora, help please...

Orgulho

Hoje falo de outro pecado mortal, o orgulho.

A tentativa de corrupção foi denunciada prontamente e os encontros subsequentes foram gravados pela Policia Judiciária, lindo.

A Real Arte de Encher Chouriços

Hoje há muito que ver nas TV's. Desde as 8h30 até às 18h00 na RTP, SIC e TVI podemos assistir à transladação do corpo de Lúcia. Mas é claro que fora deste horário há filmes biblicos, noticiários que só falarão deste assunto, e o Marcelo que por certo o comentará.

As câmaras são as mesmas, os comentadores diferentes. Bagão Felix na RTP, Roberto Leal na SIC, quem ganha!? E o Gabriel Alves que é feito dele!?

Tenham um bom dia.

sábado, fevereiro 18, 2006

Lascívia sem fim


No meu acto de atento e preocupado leitor de César das Neves eis que encontro um delicioso texto sobre a lascívia.

Se certamente muitos se poderão rever em afirmações decorosas como:

«...uso de fetiches, tais como: filmes pornôs; revistas de sexo; novelas eróticas; objetos; com o objetivo de despertar e satisfazer o desejo sexual, de forma antinatural.»

Atentem alguns dos escritos perfeitamente libidinosos como que o autor nos brinda no que se refere às vestes e à conduta das mulheres, nada dizendo acerca dos homens:

«...mulheres a usarem saias curtíssimas; calças justíssimas; fazerem uso de vestidos curtos e decotes que expõe os seios e costas. É a sensualidade que se manifesta com grande intensidade.»

«Entra em cena todo um conjunto de roupas e ações sensuais; algumas sentem satisfação em despertar no próximo à cobiça e sentimentos baixos; alegram-se com “cantadas” e insinuações maliciosas feitas por colegas...»

«Não é aconselhável à mulher mostrar-se demasiadamente...»

Não me querendo imiscuir em assuntos religiosos, uma leitura atenta do texto permite concluir que ou os homens não terão capacidade de ser lascivos ou o autor de facto apenas terá escrito uma lista desejos carnais muito pessoal. Serão os homens apenas seres mediocres, inactivos e sem desejos próprios que apenas se deixam levar pelo poder de sugestão feminino?

Mas mais importante, o que faço de errado? Não andarei eu a espalhar a minha lascívia sem fim como quem caminha ensanguentado em neve branca!?

quarta-feira, fevereiro 15, 2006

Ficções

Romantismo versus Reflexo Condicionado

Até há poucos anos em terras lusas não existia o Hallowen, nem o Valentine's Day. Uns tempos mais atrás o Carnaval português não consistia em gajas de tanga a abanar as banhas no Inverno.

Contudo ontem pelos vistos foi o dia ocidental do perfume, o Dia dos Namorados, ou na sua versão mais original – anglo-saxónica – o Dia de São Valentim. Mais que uns tantos corações em montras e uns postalinhos, esta incorporação de uma nova tradição introduziu no indivíduo novas normas e novos comportamentos.

Mesmo pessoas que na sua adolescência nunca tinham ouvido falar deste santo, neste momento já esperam e exigem um determinado comportamento não só de si próprias mas também de outrém. Uma massa uniforme e indistinta já tem bem programado os seus rituais de mais este dia de um paganismo cristianizado e capitalizado.

Uma flor num dia banal, um presente num dia surpresa, uma simples carícia não premeditada não terá mais valor que o jantar e perfumes obrigatórios neste dia!?

Arco-íris

Um dia destes tropecei num episódio do Noddy, da Enyd Blyton. O Noddy no seu avião foi buscar o pote repleto de moedas de ouro que estava depositado na ponta do arco-íris, transportando-o até à Terra dos Brinquedos. O Noddy e o pote depressa foram rodeados pelos curiosos brinquedos, que a início esboçaram um sorriso pela façanha do Noddy, até que alguém reparou que o arco-íris desaparecera. Depressa chegaram à conclusão que sem o pote não havia arco-íris, afastaram-se tristes. O Noddy ainda os tentou motivar dizendo que ele tinha o tesouro, que podia comprar gelados para todos... mas continuaram trsites e a debandar. Aí o Noddy, no seu avião, foi restituir o pote, nascendo imediatamente o arco-íris para regojizo dos habitantes da Terra dos Brinquedos.

Quantas pessoas vivem ainda sem arco-íris, sem a perspectiva de arco-íris e sem nunca o ter conhecido!? Já era tempo de restituirem o pote.

Se tiveres que morrer morre

Tozé Brito: Mas essa posição do Zé [Cid] teve um custo: o álbum saiu, ficou uns dias nas lojas - teve uma grande procura - e, depois, foi confiscado, destruido pela polícia. E isso teve outras implicações: tivemos, por exemplo, que começar a compor temas em inglês, em que dizíamos as mesmas coisas que antes em português mas, como eram em inglês, a Censura deixava passar. (...)
in Blitz nº 1111

Se tiveres que fugir foge

José Cid: Eu nunca passei dos charros. Já tinha «speed» natural suficiente...
Tozé Brito: O Zé partia flautas nas cabeças das fãs...
José Cid: As pirosas que me vinham arranhar as pernas quando eu tocava... É verdade [risos]!
in Blitz nº1111

segunda-feira, fevereiro 13, 2006

Dia dos Namorados

Já não bastava ter que suportar a miríade decorativa do dia dos namorados, a somar aos muitos anúncios a perfumes… então não é que o dia dos namorados está-me a fazer acérrima concorrência para a futebolada de amanhã à noite! A ver se reúno desalinhados suficientes…

terça-feira, fevereiro 07, 2006

Timings


Sócrates, Freitas do Amaral e a sua (nossa) posição oficial de Portugal sobre a publicação das caricaturas de Maomé querem por certo retirar-me os Monty Phyton... Tenho que esconder os DVD's cá por casa.

As caricaturas são de Setembro, a maior parte dos manifestantes árabes nunca as viu. Aqui como em tudo há manobras! Nesta altura é conveniente as manifs existirem e aparecerem na TV por uma série de acontecimentos no mundo árabe: vitória HAMAS, Irão nuclear, etc...

sexta-feira, fevereiro 03, 2006

Proximidades


Um ferry boat com 1400 pessoas a bordo afundou-se no Mar Vermelho, em princípio apenas há 12 sobreviventes. Se fosse no Canal da Mancha tinha que aturar uma semana de jornalismo de encher chouriço, horas de directos vazios, esmiuçar de pormenores à exaustão.

Como foi lá longe e os tipos nem eram caucasianos... a TVI abriu o noticiário das 13h com 20 minutos sobre o euromilhões, com direito a directos de casas de apostas de todo o Portugal. Isto sim é jornalismo... ou quase!

Lucros


Os lucros do BES em 2005 cresceram 81% (oitenta e um por cento) face aos registados em 2004.

A banca em geral subiu os lucros em 42%. Foram apresentados alguns motivos para estes lucros, ao que eu fixei dois: benefícios fiscais e redução para metade no número de empregados nos últimos anos.

Face a estes motivos tenho que estar contente pelo facto da banca acumular riqueza e contribuir para o desenvolvimento da sociedade e da Humanidade em geral, não!?