Aberração editorial
A edição do Diário de Aveiro escolheu, por opção própria, servir de veículo de difusão de ódio. Foi essa a sua escolha, descer ao nível da indigência.
Etiquetas: Aveiro, Diário de Aveiro, jornalismo de bolso
Etiquetas: Aveiro, Diário de Aveiro, jornalismo de bolso
A conclusão do repórter e de qualquer passageiro é simples: toda esta trapalhada se deve à divisão da CP em várias unidades de negócio, a saber: CP Lisboa, CP Porto, CP Regional e CP Longo Curso, sendo que noutras equações podíamos falar ainda da CP Serviços, CP Frota e CP Carga, para já não falar da REFER...
Mas quais foram os motivos que levaram a esta deterioração do serviço e ao seu encarecimento? O Presidente da CP, Cardoso dos Rei não podia ser mais claro e taxativo: "A lógica da CP em unidades de negócios era no sentido da privatização".
A CP é portanto e por enquanto uma empresa pública, mas os seus critérios de gestão são já os de uma empresa que apenas aguarda que o mercado traga melhores ventos para que seja privada. Esta gestão mercantilizada demonstra como a privatização de serviços públicos acarreta a deterioração e o seu encarecimento do serviço prestado. Este caso ajuda-nos ainda a perceber o propalado mito celestial de que as empresas públicas dão prejuízo e são mal geridas pelo simples facto de não serem privadas: assim é certamente bem mais simples justificar uma opção que já está tomada à partida...
O drama é que na teoria, a rede ferroviária portuguesa era um bom ponto de partida, faltando obviamente fechar a rede no interior e ramifica-la ao ritmo da necessidade. O problema é e foi a prática, as decisões políticas. Décadas continuadas de desinvestimento deixaram marca. A desarticulação do serviço, o fecho de linhas, a redução da oferta, linhas obsoletas e lentas, contrastam com o desmesurado aumento do défice da CP.
De facto, o défice da CP é já superior a 3,1 mil milhões de euros, com um crescimento actual de 200 milhões ao ano. Assim, a empresa é pressionada pela banca com spreads mais elevados, tendo sido forçada a despender mais de 100 milhões de euros em encargos financeiros só em 2009. Mas nem só as opções de gestão ditam este défice. O Governo é também directamente responsável dado o continuado estrangulamento financeiro do serviço público, já que a prioridade tem sido a ajuda aos grandes grupos económicos, nomeadamente à banca. Não deixa de ser assim irónico e trágico que não haja dinheiro público para o serviço público porque este vai para a banca, e que essa opção dite que a banca lucre também à custa da empresa pública. Como se não bastasse, o encarecimento das necessidades básicas, onde se incluí a mobilidade, reduz o rendimento da população obrigando-a por sua vez a endividar-se. Como se diz, todos os caminhos vão dar a Roma...
A política energética, de mobilidade e de ordenamento do território que ciclicamente PS e PSD aplicam é bem evidenciada pelo contraste entre este desinvestimento e a aposta massiva em auto-estradas. A ligação Aveiro-Águeda é um dos pequenos exemplo deste paradigma: aí vai nascer uma nova auto-estrada ao mesmo tempo que a linha ferroviária definha.
Como o serviço não serviu a população, como não responde às suas necessidades, e com a aposta nas auto-estradas, a rede ferroviária não foi factor relevante no padrão de povoamento do país, bem pelo contrário. Ficamos assim com ferrovia sem pessoas e pessoas sem ferrovia.
É tempo de quebrar o ciclo e colocar o dinheiro público ao serviço do interesse social.
Etiquetas: Bloco de Esquerda, energia, mobilidade, ordenamento do território
Publicado n'A Comuna
Muito se tem debatido sobre o tema das alterações climáticas, sobre os impactos na nossa vida quotidiana, na nossa própria existência e no ecossistema. No entanto, não afectam todos por igual. Copenhaga ditou um limite do aumento da temperatura média do planeta abaixo de 2ºC até 2050. Se alguns países registariam assim aumentos de meio grau nas suas temperaturas, para os países africanos esta meta seria equivalente a aumentos de três ou mais graus. O forte impacto nas colheitas agrícolas poderia reduzi-las a metade em várias áreas. Quem menos contribuiu para o aquecimento global é quem é mais afectado por ele!
Etiquetas: Ambiente
Etiquetas: capitalismo, economia de mercado
Etiquetas: comunismo, economia de mercado
Etiquetas: dinheiro, fantasias liberais
Etiquetas: Aveiro, conservadorismo, PSD