Élio Maia fez hoje uma conferência de imprensa em que a propósito da negociata dos terrenos das piscinas avança com a estratégia de vitimização: o
«processo foi levantado para prejudicar» a campanha da sua recandidatura à Câmara de Aveiro. Não me digam que as decisões que Élio Maia toma enquanto Presidente de Câmara vão ser chamadas à campanha! Estou claramente chocado!
«
O valor da piscina e terreno, 1,2 milhões de euros, terá sido indicado pelo auditor externo que avalia o património municipal e permitiria “boas perspectivas” do clube retirar mais valias por prescindir dos protocolos anteriores.» - Élio Maia continua a insitir que a CMA vendeu o terreno abaixo do custo de mercado,
contrariando a decisão da CM e da AM. Ora, ajudem-me: vender património camarário abaixo do preço de mercado a um clube profissional de futebol, como se chama? Élio Maia afirma ainda «
ter sido vítima de “má fé” dos responsáveis do Beira-Mar», o que dado o contexto e fazendo fé nas suas declarações... é declarar-se anjinho!
Mas a questão é acima de tudo política: Élio Maia não se pode escudar na aprovação desta venda na CM e na AM, já que é essa decisão política que está em causa. Vender património público por uma bagatela como Élio Maia admite é delapidar o erário público, é pagar uma dívida com recurso a verbas de especulação imobiliária e é perder equipamento de interesse público como a única piscina olímpica do concelho. Para mais, como foi noticiado
e como José Cachide volta a confirmar, no passado recente uma empresa ofereceu 4 milhões de euros pelo terreno e agora, os dirigentes do Beira-Mar admitiam 9 milhões como o preço de mercado.
Todos admitem que o terreno foi transacionado abaixo do preço de mercado!Como se isto não bastasse, temos como cereja no topo do bolo os actos
transparentes de efectuar as transações de madrugada, de a manter secreta durante quase um mês até ao Beira-Mar a divulgar (apenas após encerrarem as piscinas) e a história do cheque que Élio Maia reteu sem qualquer fundamento legal e que deixou expirar.