O socialismo vem aí
Etiquetas: Bloco de Esquerda, socialismo
Etiquetas: Bloco de Esquerda, socialismo
Etiquetas: coisas sem interesse
Etiquetas: desporto
Etiquetas: autoridade, Itália
Etiquetas: media, mulher, violência doméstica
Foi esta organização social que no século XIX permitiu o advento produtivo. Como Manuela Ferreira Leite ainda hoje defende, procriar que nem coelhos para ajudar a economia, isto é, para fornecer novos trabalhadores ao frenesim produtivo/consumista.
O mundo deu muitas voltas, e no século XXI a família tradicional/nuclear volta a assumir uma importância estrutural na economia. Com o neoliberalismo, a estabilidade da familia nuclear é essencial para fornecer as redes de apoio no futuro, após a "anunciada" morte do estado social.
O Presidente dá ainda um excelente exemplo: «uma situação de violência doméstica, em que o marido agride a mulher ao longo dos anos – uma realidade que não é rara em Portugal – é possível aquele obter o divórcio independentemente da vontade da vítima de maus tratos». Prtanto - e apesar dos argumentos económicos adiantados à frente - a lei deve obrigar que um criminoso de violência doméstica se mantenha casado, mesmo contra a sua vontade e com o devido ascendente circunstancial que lhe permite exercer o seu crime de eleição?
Já agora, o que fez o Primeiro-Ministro Cavaco, com todos os mecanismos legislativos e institucionais ao seu dispôr, para lutar contra a violência doméstica?
Etiquetas: Aveiro, negócios fantásticos
Etiquetas: China
Após o assalto a ferro velho numa vacaria, os suspeitos/criminosos, colocaram-se em fuga à GNR. Segundo a versão oficial - por mais improvável que seja - o GNR, ao tentar disparar para os pneus, atingiu com dois tiros uma criança de 13 anos que seguia a bordo, isto a 1 km da vacaria.
O primeiro caso foi o prelúdio, a turba regojizou com o resultado. Na imprensa, blogosfera e na assustadora comunidade comentadora do Público online elogiava-se o desfecho como um exemplo para a malandragem, que serviria para diminuir a criminalidade. Claro está que este tipo de declarações, ainda para mais vindas também da própria polícia podem fazer exactamente o inverso: «incentivar a justiça feita por polícias. Ou seja: um incentivo ao crime».
Poucos dias depois surgiu o caso da criança de 13 anos, com a turba a considerar plenamento justificado aquele uso de força por parte da GNR. Os cowboys de sofá não devem ter reparado que nas perseguições policiais na terra dos cowboys não há tiros, há abalroamento de viatura. E caso os disparos tenha sido feitos por pistola e não por espingarda, umas aulas de física também davam jeito!
Pelo que li já vi que a minha posição é ultraminoritária. Considero que devem haver regras objectivas para que a polícia dispare, sendo justificável que o faça em legítima defesa e quando está em risco a integridade física de alguém.
Mas assistimos a alguns fenómenos sociológicos interessantes que mereciam um estudado compreensivo e objectivo:
Etiquetas: autoridade, propriedade privada, respeitinho, violência policial
Etiquetas: China, direitos humanos, direitos laborais
No Ocidente, o capitalismo mudou bastante nos últimos séculos devido à constante luta dos trabalhadores. Passou a ter uma grande componente especulativa com abrandamento – mas não desaparecimento – da componente produtiva.
A globalização do sistema dominante divide o planeta em dois: de um lado o mundo produtor, do outro o mundo consumidor. Só assim se consome sem remorsos. O capitalismo é global, as multinacionais são as mesmas. Apenas operam em negócios diferentes consoante a relação de forças na ocasião. Se na Europa os trabalhadores conquistaram o direito à dignidade, então a produção faz-se onde a escravatura assalariada esteja de boa saúde.
O capitalismo do século XIX está vivo, na China e em bastante outros países em vias de desenvolvimento. Aí reina a escravatura assalariada, trabalhadores sem direitos, sem liberdade de expressão e de pensamento, com uma jornada laboral suicida, trabalho infantil, ausência do direito à escola. A China é hoje o rosto mais cruel do capitalismo.
Jerónimo de Sousa e José Sócrates, o PCP e o Governo, sem esquecer os capitalistas: todos tecem loas à China. O Partido Comunista Português realça "o papel cada vez mais importante da China na comunidade global, os êxitos inegáveis do país e os objectivos socialistas que Pequim se propõe alcançar". José Sócrates considera os "juízos políticos" secundários e que "a China está a mudar a ordem mundial, é uma das mais pujantes economias emergentes". O poder instituído e os capitalistas apoiam…
A China é um gigantesco campo de concentração com máquinas de costura. Contudo, o único caso digno de mediatismo é o tibetano. Esta não é uma escolha inocente. O Tibete é um problema digno e legítimo, mas ao contrário da escravatura laboral, não é um caso que coloque em causa o nosso modo de vida. Um simples relato do que é a vida de quem nos produz os bens de consumo, de marca conceituada ou não, seria suficiente para morder o capitalismo. Porém nem uma grama de notícia.
A censura tem sido uma constante, quer por parte de meios de comunicação chineses quer pelos ocidentais e ainda por empresas de internet ocidentais. O capital não morde nos seus. É por este mesmo motivo que considero estes Jogos da Vergonha uma oportunidade única. Está aberta a janela mediática, é aproveitar.
O atleta negro Jesse Owens envergonhou a Alemanha nazi e os Estados Unidos segregacionistas ao ganhar quatro medalhas de ouros nas Olimpíadas em Berlim de 1936. Nos Jogos Olímpicos no México (1968), Tomie Smith e John Carlos no pódio tomaram uma posição – punho levantado com luva negra, descalças e com contas no pescoço – contra a segregação racial de que eram vítimas nos Estados Unidos. O terceiro atleta no pódio, o australiano Peter Norman, usou um crachá em apoio à causa. Por esta atitude, os dois atletas negros foram expulsos dos Jogos e Peter Norman repreendido. Os três foram ostracizados nos seus países, até às sucessivas homenagens que apenas ocorreram neste século.
O Presidente do Parlamento Europeu, apela a que os atletas denunciem as violações dos direitos humanos. Este senhor do status quo pede para que atletas façam aquilo que a própria União Europeia e o Parlamento Europeu institucionalmente não fazem.
Em 2004 os Jogos regressaram à sua casa da antiguidade. Na modernidade os Jogos vão pela primeira vez à sua casa, onde as grandes marcas que patrocinam os Jogos e os atletas explora e fazem disso o seu lucro.
A janela mediática está aberta, espero que os atletas nos Jogos e os trabalhadores chineses nas ruas digam bem alto que os direitos humanos, a escravatura laboral e a liberdade de expressão não são um pormenor. A queda do regime totalitário e sanguinário e a transformação social na China é a exigência não só de uma força de esquerda progressista, mas da própria modernidade.
Etiquetas: capitalismo, China, direitos humanos, direitos laborais
Etiquetas: Aveiro
Raul Almeida diz ainda que o PSD "percebeu perfeitamente a cadeia de comando e de decisão do CDS".
Estas declarações, mais que a desautorização e vexame público, indicam aquilo em que se tornou o CDS-PP: um partido unipessoal. Este caso, o assalto ao poder feito por Paulo Portas e outros que vão despontando pelo país mostram que é um partido onde os aderentes, e no caso a concelhia eleita, não tem voto na matéria. Raul Almeida não se preocupa em argumentar qual a melhor escolha, se a sua se a que critica, basta-lhe referir a "cadeia de comando", ou seja mostrar que o partido responde à voz do dono.