sexta-feira, janeiro 30, 2009
quinta-feira, janeiro 29, 2009
A Califórnia da Europa
Etiquetas: Cavaco
quarta-feira, janeiro 28, 2009
O estudo que tinha tudo para dar certo!
Etiquetas: propaganda, PS
segunda-feira, janeiro 26, 2009
Quanto vale uma decisão do poder político?
1) quanto vale uma decisão político-administrativa, onde o solo passa de ZPE (ou REN, RAN, RN2000, ...) para urbano/edificável? Imenso!
2) o que é produzido, que mais-valia é gerada para a sociedade? Nada e nenhuma!
3) para quem vai essa geração de mais-valias urbanísticas? Para o proprietário do terreno no momento da alteração administrativa!
Ora, uma vez que a sociedade não retira nenhuma vantagem da geração destas mais-valias e dado que a decisão pertence meramente ao poder político e administrativo, porque motivo é que, em nome da racionalidade económica e da justiça, não existe a cativação - mesmo que parcial - dessas mais-valias urbanísticas? (E o contrário no fenómeno inverso).
E, dada a enorme pressão a que a lei actual submete os decisores políticos e administrativos, porque não são desenvolvidos mecanismos que retirem essa pressão (e o benefício) por parte de tráfico de influência e/ou actos corruptos, nomeadamente a cativação acima referida?
Etiquetas: política de solos
A apropriação tem limites!?
Etiquetas: Bolívia, liberalismo, socialismo
sábado, janeiro 24, 2009
O humor non sense que para mim faz todo o sentido
Etiquetas: Bruno Aleixo, humor
quinta-feira, janeiro 22, 2009
Tragédia dos comuns à hora do lanche
Mas basta um comportamento muito típico à hora do lanche para demonstrar a inveracidade da teoria. No bar de Biologia as mesas são um bem escasso. Os clientes fazem fila para o pré-pagamento, findo o qual se deslocam para a área de serviço. Aí aguardam pela sua comida e bebidas. Há bebidas rápidas (pré-feitas e engarrafadas) e lentas (galão), assim como comida rápida (bolo de arroz) e lenta (torrada).
O comportamento típico é, mal servidas as provisões rápidas, que os clientes apropriem imediatamente uma mesa como se observa na foto, regressando para a área de serviço aguardando aí pelas provisões lentas.
Este fenómeno de apropriação - ainda que temporário - provoca uma pior organização para a comunidade, já que um bem escasso está ocupado mas sem uso, ao mesmo tempo que clientes só de provisões rápidas (ou que não exibam este comportamento) ficam sem mesas disponíveis. A fluidez do serviço piora e a racionalidade de uso do bem escasso diminui.
A propriedade privada que nasceu para servir a comunidade passa então a servir-se da comunidade.
Etiquetas: propriedade privada
Água, um bem essencial à vida
Excertos de «Uma contribuição da delegação da Santa Fé na ocasião do Terceiro Fórum Mundial da Água (Kyoto, 16-23 Março 2003)»:
A água, pela sua natureza, não pode ser tratada como uma mera mercadoria entre outras mercadorias. O pensamento social católico sempre salientou que a defesa e preservação de certos bens comuns, tais como os ambientes naturais e humanos, não podem simplesmente ser salvaguardados pelas forças de mercado, uma vez que eles se referem às necessidades humanas fundamentais que escapam à lógica do mercado.
(...)
Etiquetas: água, direitos humanos, ICAR
quarta-feira, janeiro 21, 2009
Valor de uso e valor de troca
Etiquetas: dinheiro, economia de mercado, fetiche da mercadoria
terça-feira, janeiro 20, 2009
Experiências perigosas
Etiquetas: Aveiro, relativismo histórico
Xenofobia em forma de regulamento
Nelson Peralta perguntou se um estrangeiro em situação legal no país, que não seja da EU, do espaço económico europeu, ou de uma PALOP «deve ou não poder exercer essa actividade» mas o vereador Caetano Alves não soube responder. «Não sou capaz de responder a essa pergunta», disse, argumentando que o regulamento decorre da «adaptação da lei».
Eu não necessito de nenhuma lei nem de nenhum regulamento para me definir a mim próprio. Considero que qualquer cidadão em situação de legalidade deve poder usufruir dos mesmos direitos, incluido o de ser guarda-nocturno, independentemente da sua nacionalidade.
Etiquetas: Aveiro, direitos humanos, segurança, xenofobia
sexta-feira, janeiro 16, 2009
Tenham medo
[ver também este artigo da semana passada, da autoria de Fernanda Câncio]
Etiquetas: espalhar o medo, media, violência policial
quinta-feira, janeiro 15, 2009
Senhora trabalhadeira
Etiquetas: Aveiro
terça-feira, janeiro 13, 2009
Consentimos a tua existência porque existes para produzir
Vives mais? Então tens que indemnizar o capital e trabalhar mais. É claro que qualquer mordomo da economia de mercado diz imediatamente que apenas assim é possível garantir a sustentabilidade da segurança social, esquecendo que é o seu próprio modelo de produção que assim o exige. E, mesmo dentro desse modelo, exigem que o aumento de custos da segurança social sejam assegurados pelo trabalhador e nunca por aquilo que por ele é produzido.
O enorme avanço tecnológico não serviu para reduzir a jornada laboral, apenas para aumentar a produção. Viver para trabalhar, trabalhar para sobreviver - é o que este modelo de produção nos oferece, que apelativo...
Se por cada ano que vivo "acima do esperado" tenho que trabalhar mais, então obrigadinho mas para isso dispenso a economia de mercado. Opto por um sistema e modo de produção que me trate como humano e não como alguém cuja existência só é válida porque e quando produz mais-valia para o capital.
Etiquetas: capitalismo, direitos laborais, economia de mercado
domingo, janeiro 11, 2009
Nova cultura de tarifas
Etiquetas: água, direitos humanos
sábado, janeiro 10, 2009
Água: um negócio ou um direito?
As autarquias - limitadas e justificando-se com as escolhas económicas que fizeram no passado e que ditaram o empobrecimento colectivo e o endividamento municipal - avançam com mais uma política económica no mesmo sentido: a concessão da rede de abastecimento público de água. Trata-se de um negócio altamente desejado pelo capital, isento de risco e com o investimento (a rede) já realizado.
A concessão deste negócio é já de si injusta, ilegítima e injustificada uma vez que a água existe em quantidade limitada – constituindo um monopólio natural – e a sua posse fará com que todos os cidadãos paguem esses direitos de apropriação por um recurso natural que não é produzido nem reproduzível e que na sua essência é um bem público. A privatização da água responde ao derradeiro preceito ideológico neoliberal de que o cidadão não tem qualquer direito, mas sim necessidades que são suprimidas na esfera do mercado.
Um dos argumentos mais repetidos é a da supremacia da gestão privada sobre a pública. Contudo, este mito desfez-se com o actual colapso da economia de casino. Mas esta é já de si uma falsa questão: a diferença entre estas gestões é a sua natureza e os seus objectivos antagónicos. A deplecção de água é já bastante notada, como o exemplo de Barcelona (abastecida neste Verão por navios) nos demonstra. Contudo as autarquias pretendem que a gestão da água seja feita na lógica do lucro e não da preservação do recurso e do serviço público.
A privatização da água em Portugal está a dar os primeiros passos, sendo que em vários locais é precisamente o inverso que se passa face a ter-se relevado um mau negócio para as autarquias e para os munícipes. Em Paris a concessão não será renovada ao passo que nos Estados Unidos, devido ao aumento exponencial do custo da água e ao mau serviço prestado, tem surgido vários movimentos de cidadãos pela renacionalização da água, alguns já vitoriosos. É aliás o insuspeito The Wall Street Journal que nos traz estes relatos. Esta opção demonstra assim uma robustez de pensamento a toda a prova e imune à realidade.
Ainda assim, as nossas autarquias demonstram uma cegueira reveladora, não necessitando de confrontar as suas escolhas com a realidade. Demonstram-se ávidas de passar o controlo da água da esfera da democracia para a esfera do mercado, esvaziando-se de competências e de sentido. Pretendem criar mais um negócios rentista que sugará os rendimentos da população apenas para suprimir uma das suas necessidades mais básicas. Já vimos este filme, e não gostamos.
Etiquetas: água, direitos humanos
Em Defesa do Direito à Água
Etiquetas: água, direitos humanos
quinta-feira, janeiro 08, 2009
Os 50 litros de cada dia
Partamos do princípio fundamental que a água para beber, cozinhar, alimentar e tomar banho (água potável, água doméstica, essencial para viver, e cuja quantidade indispensável foi estimada em 50 litros diários por pessoa pela Organização Mundial de Saúde), e a água para a produção agrícola, industrial e actividades terciárias indispensáveis à vida de uma comunidade humana (água para a segurança da existência colectiva, cuja quantidade necessária foi estimada em 1700 metros cúbicos pela OMS e pela FAO), são parte plena do direito fundamental à água, individual e colectivo. Este direito fundamenta se no acesso à água para os usos humanos vitais, do qual ninguém, por nenhuma razão, pode ser privado.
O direito à água não é uma questão de escolha. Não é negociável. Não é reversível. É universal, indivisível, imprescritível. Até um condenado à morte tem direito à água. Dependem, portanto, da responsabilidade colectiva, assim como das instituições e autoridades públicas, as condições necessárias (jurídicas, económicas,
financeiras, sociais) para garantir a concretização deste direito para todos, em quantidade e qualidade suficiente para a vida e para a segurança da existência colectiva, segundo as normas internacionais. (...)
Etiquetas: água, direitos humanos
terça-feira, janeiro 06, 2009
Prémio Mocidade Portuguesa
Etiquetas: a revolta enquanto capricho, FNAT, Mocidade Portuguesa, tempos livres
domingo, janeiro 04, 2009
Shministim
Etiquetas: direitos humanos, Israel, violência estatal
sábado, janeiro 03, 2009
De ataque defensivo em ataque defensivo
Adenda 04.JAN.2009, 21h50: «O ministro checo dos Negócios Estrangeiros, Karel Schwarzenberg, reconheceu hoje em Praga um “grave erro” cometido por um porta-voz da presidência checa da União Europeia (UE) que considerou ontem “defensiva” a ofensiva terrestre de Israel na Faixa de Gaza. “Foi um erro pessoal. Infelizmente foi um erro muito grave”, disse Schwarzenberg num debate difundido pela estação de televisão pública CT 1.»
Etiquetas: Israel, Palestina, União Europeia
Junta de Freguesia em formato blogue
Etiquetas: Estarreja, real politik, União Soviética
quinta-feira, janeiro 01, 2009
A revolutionary way of life
«I am not interested in dry economic socialism. We are fighting against misery, but we are also fighting against alienation. One of the fundamental objectives of [socialism] is to remove interest, the factor of individual interest, and gain, from people's psychological motivations. Marx was preoccupied both with economic factors and with their repercussions on the spirit. If communism isn't interested in this too, it may be a method of distributing goods, but it will never be a revolutionary way of life.» - Che Guevara
Etiquetas: Che Guevara, Cuba, socialismo