segunda-feira, março 30, 2009

Profissões do admirável mundo novo: o cowboy que coça os tomates



Contra as ETTs (Empesas de Trabalho Temporário) [a silhueta da menina Pires, via Spectrum]

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Espero que o salário seja de € 5 mil/mês


Domingos Névoa, administrador da Bragaparques, condenado ao pagamento de uma multa de 5 mil euros por tentar corromper o vereador Sá Fernandes com 200 mil euros, foi nomeado presidente da empresa intermunicipal "Braval".

Já o genro de Mesquita Machado foi nomeado director-geral desta empresa intermunicipal dedicada ao tratamento de resíduos sólidos. Pedro Machado foi até há pouco administrador delegado da Braval, demitindo-se para concorrer e ganhar um lugar no quadro da empresa, sendo agora promovido ao cargo recém criado de director-geral.

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quinta-feira, março 26, 2009

Opinião pública: quem gere melhor?

Via Arrastão [clicar na imagem para ampliar]

A revista Visão apresenta uma sondagem realizada pela Intercampus sobre quem gere melhor determinadas áreas: o Estado ou os privados. Os resultados falam por si: o capitalismo que invente novas mentiras.

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Divas & Canibais I


Diva (com Adolfo Luxúria Canibal) - E o Verbo Criou a Mulher

Qualquer programa de variedades que se preze discute a actualidade pré-fabricada até à exaustão, não vislumbrando qualquer perspectiva histórica, e mistura-a com rubricas fixas.

Este blogue também passará a ter o seu momento de variedades, a rubrica Divas & Canibais, onde um bom artista contracena com um artista de duvidosa produção artística... ou vá, onde um artista amargo contracena com um doce. A inaugurar: Natália Casanova e Adolfo Luxúria Canibal cantam «E o Verbo Criou a Mulher» com letra deste último e música dos Diva.

Sugestões são bem-vindas.

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terça-feira, março 24, 2009

Mobilidade é liberdade

O Bloco de Esquerda está a debater o seu programa eleitoral na internet, aberto à participação de todos. Para além do formato texto que é discutido online, aberto a comentários e contributos, haverão também vários debates com transmissão vídeo, onde quem está em casa pode colocar questões. Tudo no site igualdade.bloco.org. Hoje enviei o meu contributo:




Transportes colectivos: um serviço público gratuito

A alteração do paradigma de mobilidade, de individual para colectivo, deve ser uma das escolhas para uma política de igualdade. Esta mudança só será possível providenciando uma alternativa viável, melhor e mais rápida que o automóvel, pelo que a primeira prioridade será a constituição de uma rede intermodal integrada aos vários níveis territoriais, e que corresponda às reais necessidades da população.

Atendendo a que a rede de transportes constituí um serviço público essencial à população e dada a sua maior racionalidade económica e aos benefícios sociais e urbanísticos que esta acarreta, o sistema de transportes públicos deverão ser financiados de forma solidária e colectiva, rompendo com o princípio de utilizador-pagador. Esta medida é aliás decisiva para uma mudança efectiva do paradigma de mobilidade.

Importa assim analisar os impactos de um sistema de transportes públicos gratuito. Esta opção impõe uma transformação radical na forma como nos movemos, com uma adesão em massa ao transporte colectivo: em Hasselt (Bélgica), no espaço de um ano as viagens de passageiros subiram 870%.

A nível social, o acesso universal e independente à mobilidade constituí um imperativo decisivo no combate à desigualdade e à exclusão, funcionando ainda como garante da coesão territorial. O acesso de todos à mobilidade é condição necessária de liberdade e de justiça social.

O actual modelo de mobilidade necessita de enormes quantidades de espaço para operar, sendo que 70% do espaço público das nossas cidades é dedicado exclusivamente ao automóvel. Ainda assim, a ineficiência do modelo provoca o congestionamento dos veículos. Libertar o espaço urbano do jugo automóvel é um imperativo para devolver a cidade ao cidadão, para que o espaço público corresponda às nossas necessidades e anseios, para que tenhamos uma maior qualidade de vida.

Em termos de racionalidade económica, a alteração de paradigma proposta revela-se de uma enorme eficiência dado que para transportar o mesmo número de pessoas se gasta imensamente menos dinheiro e energia. A juntar a esta poupança directa, teríamos uma enorme redução nos gastos com a manutenção das vias de circulação, nos gastos associados à sinistralidade rodoviária, nos custos associados ao mercado de emissão de gases de estufa vigente, nos gastos com políticas de remediação da poluição, nos gastos com o Serviço Nacional de Saúde pela redução de doenças respiratórias e pela redução da sinistralidade, nos gastos provocados pelos atrasos motivados pelo trânsito.

A sociedade neste momento gera riqueza suficiente para sustentar o modelo de mobilidade individual. Actualmente, as famílias gastam uma porção considerável do seu orçamento em deslocação, nomeadamente casa-trabalho. Por esta sua racionalidade económica, o modelo de mobilidade individual financiado de forma solidária permitiria reduzir drasticamente essa factura, resultando no aumento do poder de compra dos trabalhadores, tendo impacto directo na economia. O modelo proposto potencia ainda a independência energética do país, o uso mais racional dos recursos recursos naturais e trata-se de uma medida verdadeiramente eficaz no combate ao aquecimento global.

O objectivo de um sistema de transporte é servir as necessidades de mobilidade dos cidadãos, e cabe aos cidadão de forma democrática escolher qual o modelo que melhor os serve, e atendendo aos benefícios sociais, ambiental, urbanísticos e económicos da mobilidade colectiva, é este o modelo que deveremos escolher e propor aos cidadãos.

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segunda-feira, março 23, 2009

Retrato de guerra


Esta t-shirt virou moda entre soldados israelitas nos quarteis, mostrando uma mulher árabe grávida sob um alvo com a inscrição "1 tiro 2 mortes" [via Arrastão]. Hoje as Nações Unidas revelam que os soldados israelitas utilizaram uma criança palestiniana de 11 anos como escudo humano.

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domingo, março 22, 2009

Político fraquinho


Som via Kouzas e Louzas

Num debate na Rádio Clube da Feira, o representante do PS diz o seguinte a respeito do candidato do PS à Câmara Municipal local e líder do PS-Feira: «Alcides Branco (...) como politico é fraquinho, mas é muito fraquinho mesmo eu digo-lhe, é muito fraquinho… e digo-lhe uma coisa,a falar, a falar, então é que o homem é fraquinho».

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sexta-feira, março 20, 2009

Os videojogos violentos é que deviam ser proibidos


A nova lei das armas aprovada pelo PS com a abstenção da direita baixa de 18 para 16 anos a idade mínima para se ter licença de porte de arma. Faz todo o sentido...

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Descansa Polga


Depois do Sporting ter levado 0-5 e 7-1 do Bayern Munique, eis que um jornalista do The Telegraph faz uma análise lúcida do sucedido, a culpa é do capitalismo: «Sporting's plight shows why Blatter and Platini may have a point».

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quinta-feira, março 19, 2009

Pão congelado

Hoje no Jumbo, P. olhando para o meu cesto de compras com um grande saco de pão:

P: Para que é tanto pão? Para congelar?
Eu: Sim.
P: Eu não gosto de pão congelado.
Eu: Eu também não, por isso é que o descongelo antes de comer!

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A Junta que determina critérios estéticos



Já há cartazes do inestimável serviço público prestado pela Junta de Freguesia de Cacia: Miss e Mister Cacia, Miss e Mister XL Cacia.

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quarta-feira, março 18, 2009

Crise, tempo de grandes decisões

Vale a pena ler o editorial de Manuel Alegre na da OPS! lançada hoje: Crise, tempo de grandes decisões. Aliás, este número da OPS! parece ter bastantes artigos interessantes, a conferir aqui.

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terça-feira, março 17, 2009

Destas causas é que Renato Sampaio gosta

A escola de Paulo Portas


Em Esgueira, uma aluna agrediu uma professora. Paulo Portas não hesitou em enviar um comunicado sobre o caso concreto, afirmando que «na sociedade portuguesa está a perder-se o respeito por todas as funções da autoridade». O "respeitinho" é muito bonito.

Paulo Portas vai ainda mais longe, defendendo que o CDS-PP «tinha razão quando defendeu que as agressões a professores deverão ser uma agravante em termos de processo penal».

Sobre casos concretos que não conheço, nada posso dizer. Na generalidade, as agressões a professores ocorrem por alunos que não sentem a escola como algo seu, que não tem relação de pertença com a comunidade escolar. A hierarquização da escola, aulas expositivas e não participadas, conteúdos onde não cabe a cidadania, uma vida social muitas vezes também ela problemática são as raízes. Em suma, a autoridade e o respeitinho só agravam esse sentimento de não pertença aquela comunidade. Antes de mais é necessário evitar estas situações e melhorar a escola com medidas integrativas, com partilha de responsabilidades entre professores e alunos e através da dinamização de uma cidadania inclusiva. E, perante um caso de agressão, não é certamente por punir severamente e desistir da criança que se constrói uma sociedade e uma escola melhor e mais justa.

Porém, o corajoso Portas que exige uma punição mais gravosa para a agressora de 13 anos revela-se pelo silêncio. Numa escola em Barcelos, 17 alunos ciganos estão numa turma à parte e, que ao contrário dos seus colegas, tem aulas num contentor. Sobre isto, todos os partidos da oposição parlamentar exigiram esclarecimentos à ministra, todos excepto o CDS-PP.

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Idade das trevas


O Papa a caminho da sua viagem a África afirma que «a sida não se combate com preservativos» e que o Vaticano recomenda a «abstinência sexual»!

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domingo, março 15, 2009

Police Partout, Justice Nulle Part

Publicado n'A Comuna


As imagens são poderosas. No Brasil vemos a “polícia de choque” expulsar uma comunidade de sem-terra da propriedade do senhor da terra, nem mães com filhos ao colo escapam à violência. No Uruguai assistimos ao contraste do apetrechamento da “polícia de choque” com o dos manifestantes, senhoras indígenas de meia-idade com os seus trajes típicos que lutavam (e ganharam) contra a privatização da água. Em Itália, o exército de guerra e armado patrulha as ruas e faz policiamento, juntamente com a polícia e com os carabinieri. Em França nasceu o slogan que faz o título desta crónica.

Em Inglaterra, a polícia constituía e mantinha por sete anos uma base de dados reunindo informação como o nome, fotografias, preferências políticas, manifestações e acções cívicas frequentadas por cidadãos. Repare-se que estes cidadãos não são suspeitos de absolutamente qualquer crime ou actividade ilícita, apenas discordam e se manifestam contra o rumo político do país, seja no caso da guerra do Iraque, na política ambiental ou em qualquer outro tema.

Em Portugal, o protocolo contratos locais de segurança, acordado entre o Ministério da Administração Interna e a Associação de Municípios Portugueses considera como uma das actividades na área da segurança o «combate à criminalidade e comportamentos anti-sociais».

O papel das instituições públicas e das forças de segurança no combate à criminalidade é objectivo, sendo que a legalidade e a ilegalidade e o tipo de crime estão explanadas em lei. A questão intrigante é o combate a comportamentos sociais, e ao objectivo implícito em todo texto de manutenção da ordem social.

Sejamos bastante claros, a ordem social vigente é o capitalismo. As forças de segurança constituem o monopólio de violência do Estado que deveria zelar pela integridade dos cidadãos. Contudo, são invariavelmente usadas para manter a ordem social e consequentemente as suas relações de exploração e desigualdade. Cavaco Silva foi um Primeiro-Ministro exímio nesta arte ao ordenar, entre muitas outras, cargas policiais a trabalhadores da indústria vidreira que se manifestavam contra os salários em atraso e a estudantes que protestavam pelo cumprimento da Constituição no que se refere à gratuitidade do ensino. Dias Loureiro era então Ministro da Administração Interna, Manuela Ferreira Leite Ministra da Educação.

Entretanto, a exposição mediática e a pressão popular fez o Estado recuar. Porém, a manutenção da ordem social persiste e continua bem patente: quando trabalhadores guardam os portões das suas empresas recém-falidas, não são raras as intervenções polícias a abrir alas para camiões.

O monopólio de violência do Estado deve servir enquanto garante da liberdade, da justiça social e da igualdade para a realização plena de uma democracia participativa. Não compete ao Estado reproduzir e ser o garante das relações de força e da desigualdade geradas pela sociedade de mercado.

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sexta-feira, março 13, 2009

Trânsfugas

quinta-feira, março 12, 2009

As obras do Museu de Aveiro


Vale a pena ler o artigo "Era uma vez Aveiro" que Maria do Rosário Fardilha publicou hoje no Diário de Aveiro sobre as obras de requalificação do Museu de Aveiro, é seguir o link:


A este propósito ler ainda "Desconcerto no Museu de Aveiro" e "Desconcerto no Museu II" tambem da MRF.


Sobre este tema, haverá um encontro com a directora museológica para debater a requalificação do Museu de Aveiro. Será quarta-feira 19 de Março, às 14h30 aberto a todos os interessados.

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A (des)proporcionalidade dos votos II

Clicar na tabela para ampliar
Na tabela temos o número de eleitores recenseados, o número de deputados a eleger e, por cada círculo, aquilo que seria a distribuição proporcional dos 226 deputados (excluindo os 4 da imigração) pelos círculos, tendo em conta o número de eleitores recenseados.

Facilmente se percebe porque é que o distrito de Aveiro tem direito a mais um deputado e se fica intrigado com o deputado a mais do Porto. Os círculos eleitorais distorcem a proporcionalidade entre o número de votos e o número de eleitos, sendo que quanto menor o círculo maior a desproporcionalidade. Deste modo, e para reduzir este efeito, o número de deputados por círculo deve ser o mais proporcional possível ao número de recenseados e estes deveriam ser grandes.

Posto isto, não se percebe porque é que num anco com três eleições os cadernos eleitorais não foram limpos, existindo assim cerca de 1,1 milhões de eleitores "fantasma" inscritos, pondo em causa o conhecimento real do número de recenseados por círculo. Basicamente temos mais eleitores do que habitantes com idade de votar!!

Para se constatar a desproporcionalidade gerada pelos círculos eleitorais basta verificar qual seria a distribuição de mandatos que se obteria nas legislativas de 2005, caso não existissem círculos regionais e caso se mantivesse a distribuição dos eleitos pelo método de Hondt:

PS: 108 (121)
PSD: 69 (75)
CDU: 18 (14)
CDS-PP: 17 (12)
BE: 15 (8)
MRPP: 2 (0)
PND: 1 (0)

Porém, a desproporcionalidade mais injusta entre votos e eleitos é gerada pelo método de Hondt, como aqui demonstrei (com o método de Saint-Lague, em 2005 BE e PCP elegeriam uma deputada cada por Aveiro). A conjunção do método de Hondt e de círculos eleitorais pequenos coloca, e muito, em causa a proporcionalidade do voto, conferindo vantagem artificial aos partidos mais votados.

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quarta-feira, março 11, 2009

Grandes investimentos


No Bancada Norte, o João Roldão compilou as assistências nos jogos do Beira-Mar nos último três anos [ver tabela]. Os números demonstram a desproporcionalidade e a inutilidade da construção de um estádio de 30 mil lugares por 64 milhões de euros e com avultados custos de manutenção, que apenas serve de âncora para um projecto imobiliário.

Entretanto, a Empresa Municipal inútil que gere uma inutilidade ainda não conseguiu encontrar qualquer utilidade que a justifique e colocou em lay-off seis trabalhadores do restaurante do estádio.

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Primeiro o partido, depois a política e a sociedade

terça-feira, março 10, 2009

Factos menores sobre Angola


Hoje participei no fórum do Rádio Clube Portugês (edição de Aveiro), onde a maior parte dos participantes foram de associações representantes da indústria e negócios portugueses e ainda um elemento do MEP. Logo na primeira partipação no fórum se chegou à conclusão que o maior problema de Angola é a burocracia que dificulta os negócios.

Posto que este é o maior problema de Angola, deixo aqui alguns factos menores:
  • esperança de vida de 42,7 anos (a 6ª pior do mundo)
  • mortalidade infantil de 131,9/mil nascimentos (a 4ª pior do mundo)
  • 17 milhões de pessoas, a maior parte numa pobreza indigente

Outra análise interessante explanada foi a da taxa de crescimento da economia Angola, que andava nos 20% e que agora se situa nos 8% ao ano, o que continua a constituir uma extraordinária oportunidade de negócio. Portanto, o investimento português deverá ir para Angola, onde terá certamente 17 milhões de indigentes para explorar.

Mas, com tanto crescimento económico, porque é que apenas a filha do Presidente e altos quadros do MPLA e da UNITA enriqueceram e continua a grassar a pobreza? Talvez porque sejam precisamente estes negócios a causa da pobreza Angolana...

Adenda às 13h:
a propósito da visita de José Eduardo dos Santos a Portugal,
ver aqui a carta que a Amnistia Internacional enviou ao Ministro dos Negócios Estrangeiros denunciando vários atropelos dos Direitos Humanos.

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segunda-feira, março 09, 2009

Vale e Azevedo atesta estado da democracia em Angola

«O presidente da UNITA, Isaias Samakuva, acusa Vale e Azevedo de o ter burlado em um milhão de dólares (...). De acordo com o líder do segundo maior partido angolano, o português prometeu investir 50 milhões de dólares na área dos biocombustíveis no país, se a UNITA investisse primeiro cerca de 800 mil euros na sua empresa. Contudo, nunca terá chegado a retribuir. (...) Segundo Isaias Samakuva o seu partido disponibilizaria as terras necessárias para o projecto e entraria na sociedade do negócio.»


Ora, o partido político UNITA está envolvido em negócios empresariais, dispondo para tal de uma quantia avultada de capital e ainda de terras para projectos que lesariam a sustentabilidade alimentar do próprio país. Parece-me que isto diz muito sobre a democracia angolana...

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Juntos na vergonha

«As direcções do PS e do PSD apoiam abertamente a linha de actuação política de José Eduardo dos Santos, embora ambos tenham correntes minoritárias críticas (caso de João Soares entre os socialistas).
O PCP também tem elogiado a actuação do líder do MPLA, enquanto o CDS-PP se demarca desse apoio, mas salienta a importância do actual quadro de relações económicas entre
Portugal e Angola.
Só o Bloco de Esquerda se mostra abertamente contra o poder político angolano, bem como contra o grupo de negociantes em Portugal que tem relações com esse mesmo poder de Luanda.
»

Na próxima quarta-feira, «o primeiro-ministro José Sócrates e o Presidente angolano José Eduardo dos Santos apadrinham quarta-feira uma parceria entre a CGD e a Sonangol para a constituição de um banco de investimentos». Por ventura sabem bem que «“Quem não se dá com a Sonangol dá-se mal em Angola”». Basta clicar na etiqueta "Angola" para perceber o unaninismo que Angola reune nos partidos do poder, no pcp e nos "senhores de negócios".

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sexta-feira, março 06, 2009

A força da mudança

quinta-feira, março 05, 2009

E porque hoje me chamaram comunista...


«Os donos do capital vão estimular a classe trabalhadora a comprar bens caros, casas e tecnologia, fazendo-os dever cada vez mais, até que se torne insuportável. O débito não pago levará os bancos à falência, que terão que ser nacionalizados pelo Estado».

Karl Marx
O Capital, 1867

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terça-feira, março 03, 2009

Recomendação à Luciana Abreu


Festival da Canção: Juntos Vamos Conseguir (Yes We Can) - Luciana Abreu

AH…(Yes we can)
Quando é que o mundo nos traz
Mais um pouco de paz
Isto não faz sentido
É tudo uma confusão
(...)
AH..(Yes we can)
Não consigo entender
Porque não damos as mãos


Como compreendo a angústia da Luciana Abreu na demanda por uma resposta, este é um bom sítio para começar.

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segunda-feira, março 02, 2009

Veneza: a Aveiro de Itália?

Veneza, Fevereiro 2009 [Foto Z.]

Este ano, pela primeira vez, houve uma festa de Carnaval organizada pela população, gratuita e ao ar livre. Os visitantes e os venezianos eram convidados a aparecer na festa vestidos de índios. Isto porque os organizadores consideram que é cada vez mais difícil ser veneziano e pediam a solidariedade dos turistas.







Veneza, Fev. 2009 [Fotos Z.]

Argumentavam que Veneza caminha para uma reserva de índios, onde os habitantes serão raros e terão que fazer paradas para visitantes de forma a sobreviver. Felizmente Aveiro não é isto!







Veneza, Fev2009 [Foto NP e Z]

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Quem matou as BUGAs?

Milão, Fevereiro 2009 [foto Z.]

Milão tem um sistema interessante de aluguer de bicicletas. As bicicletas são de modelo único, mas de alta qualidade o que terá acarretado um maior investimento inicial, mas uma menor necessidade e custos de manutenção e avarias. Existem pontos de bicicletas distribuídos pela cidade. O pagamento é mensal ou anual (está em preparação um diurno) através de um cartão (ou código?) que também lhe permite levantar uma bicicleta (e um cadeado com chave) num dos pontos automáticos. Assim, é perfeitamente conhecido quem está usar determinada bicicleta em determinado momento. Julgo que as bicicletas só opderão estar 2 horas consecutivas fora de um parque.

Aveiro já teve um serviço gratuito de bicicletas que servia os cidadãos, fossem de Aveiro ou visitantes. Agora tem um sistema que serve os turistas. De um sistema onde as BUGAs se encontravam espalhadas pela cidade que servia as necessidades de mobilidade de todos, passou-se para um sistema onde se encontram BUGAs apenas num local ao qual tem que ser devolvidas, com funcionamento das 10h às 19h. Deixou de ser um sistema de mobilidade.

O Vereador Pedro Ferreira concorda com esta análise e há quase três anos anunciou o regresso ao modelo de BUGAs dispersas pela cidade, prevendo «novos parques que vamos instalar em diversos pontos da cidade», de forma a garantir «a maior mobilidade entre os espaços e a maior simplicidade na utilização por parte de quem visita a cidade». Até hoje...

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A esquerda está bem viva nas ruas

Milão, Fevereiro 2009

Como o cartaz mostra, no sábado houve uma manifestação nacional contra a lógica securitária e pela auto-gestão e pelo espaço social. Infelizmente já não estava por lá!

Siena, Fevereiro 2009

Apesar da esquerda, por responsabilidade própria, não ter eleito um único deputado ou senador nas últimas eleições italianas, os movimentos sociais, os movimentos de esquerda e os movimentos anarquistas continuam como sempre extremamente activos e dinâmicos em Itália.

Milão, Fevereiro 2009

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domingo, março 01, 2009

Meno speculazione più occupazione

Milão, Fevereiro 2009

Em Itália, particularmente em Milão e em Roma (que desconheço), existe um grande movimento de ocupação de casas devolutas, devolvendo à propriedade a sua função social. É o caso da habitação na imagem. Na maior parte dos casos, a casa ocupada é também palco de um vasto programa cultural divulgado pelos jornais de referência.

Tempos a tempos, a polícia tenta impor a legalidade. Na última vez que o tentou fazer porém, acorreram ao local milhares de cidadãos convocados por sms, obrigando a polícia a desistir dos seus intentos.

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O fascismo (re)nasceu aqui

Milão, Fevereiro 2009

Foi desta varanda de Milão que Benito Mussolini fez publicamente os seus primeiros discursos fascistas. Daqui ao poder a História é conhecida.

Milão, Fevereiro 2009

Volvidas várias décadas, Silvio Berlusconi, um cantor e show man oriundo da mesma cidade, sobe ao poder... por três vezes distintas e descontinuadas. O percurso é o prototípo do populista: criou um partido à sua imagem e que sobrevive da imagem do líder forte, supostamente self made man (embora ainda hoje não haja qualquer explicação para a sua extraordinária acumulação de capital). Forza Italia, partido com nome pop e sem ideologia declarada, apenas o líder.

Desta vez, com a crise, com o poder económico a seu lado, com a paranóia securitária propagada pelos seus media e portanto com um balanço de forças muito favorável estão reunidas as condições para aplicar o programa avançado.


Milão, Fevereiro 2009

Para já, o exército armado já patrulha ruas de várias cidades e faz trabalho rotineiro de polícia. Os estrangeiros, particularmente os romenos, são o inimigo declarado... Berlusconi confirma que quanto mais securitário é o Estado, menos seguros estão os cidadãos.

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