segunda-feira, julho 30, 2007

O JN encontrou um motivo para espetar um par de mamas na capa

O JN encontrou um motivo para duas das suas três edições de hoje trazerem um par de mamas na capa sob o título "Portugal em Brasa"! Desconhece-se o motivo pelo qual os cidadãos do Porto foram privados desta grande capa.

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domingo, julho 29, 2007

Em homenagem a Bob, O Construtor

[Foto P. R.]

Ontem, o Bloco de Esquerda foi até à zona da costa portuguesa com maior erosão costeira: a praia do Furadouro, onde o mar avança 9 metros por ano. Aí, com uma fita métrica gigantesca fez-se a previsão do ponto a que o mar estará nos próximos anos. Para grande surpresa minha [que pedi uma fita enorme, com 150 metros com cada centímetro marcado à mão (amanhã tenho que me redimir e enviar uma caixa de ovos moles por correio...)] bastaram 8 anos para chegar às habitações!

Curiosamente no mesmo dia, José Sócrates estava no Algarve com vários Ministros a apresentar a aprovação de dez novos complexos turísticos de luxo em zonas sensíveis do litoral...

Como não me apetece escrever um tratado sobre a iniciativa, o que se passou e foi dito pode ser lido no portal do Bloco, com fotos, e um cartaz com texto sobre os motivos da iniciativa está aqui.

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sábado, julho 28, 2007

A pergunta errada no local certo

Hoje, numa loja Zara recém-remodelada, fiz uma pergunta a um empregado. Ainda antes de terminar a frase já me tinha arrependido de a proferir:

"Tem roupa interior!?"

Pior só a resposta: "Não!..."

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Queres ser anormal? Vai para a Marinha!

Automaticamente veio-me esta frase à cabeça ao ouvir na rádio o anúncio da Marinha:

«Estás farto de uma vida normal? Vem para a Marinha.»

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quinta-feira, julho 26, 2007

Devagar, devagarinho


«O responsável pelo processo da candidatura da Ria de Aveiro e do Moliceiro a Património da Humanidade diz que estão a ser dados apenas os primeiros passos de uma longa caminhada. "Pode levar décadas. Não pode ser medido em meses ou anos"»

Pois, e quanto mais tarde se começa pior! A primeira vez que surgiu a proposta para a qualificação da Ria de Aveiro como Património da Humanidade foi em 1993 pela candidatura autárquica da UDP.

E qual é o motivo para não se avançar para a qualificação enquanto Reserva Natural? Quando a vontade é pouca até a bola atrapalha; quando se quer marinas e betão estes estatutos atrapalham...

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quarta-feira, julho 25, 2007

Tragam as pipocas

Susana Barbosa [coordenadora distrital do PND-Aveiro] declarou-se candidata à liderança do PND.

O director do jornal do partido ao ver a candidatura de Susana Barbosa afirma que caso não seja apresentada uma alternativa viável prefere extinguir o PND.

Entretanto a blogosfera de direita liberal rejubila: 31 da Armada; Blasfémias; O Insurgente.

Com a brincadeira dei com este excelente artigo de opinião no jornal do PND onde os homossexuais são chamados de «Pseudohumanos» (a bold). No mesmo artigo o casamento entre homossexuais é comparado a casamento entre animais.

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Estes não eram de Cabeceiras de Basto


Cá está a apresentação da Escola do Futuro de José Sócrates.
Jornalista: Sabes o que estás aqui a fazer??
"Aluno": Chamaram-me para uma publicidade - uma agência - e estou aqui, agora.

Quando as perguntas dos jornalistas divergem do discurso de circunstância de Sócrates vê-se um grande vazio. Já agora, no passado domingo, a Confederação Nacional de Acção sobre Trabalho Infantil realizou um encontro em São Pedro do Sul a exploração laboral de jovens em telenovelas e séries juvenis.

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Cão que ladra não morde

Manuel Alegre publicou hoje um artigo de opinião no Público contra o medo que se instalou no Partido Socialista. E diz mais, Manuel Alegre opõe-se a políticas do Governo, a saber: à "progressiva destruição do Serviço Nacional de Saúde"; ao regime do vínculo da Administração Pública; ao Estatuto dos Jornalistas; ao "precedente grave" do cruzamento de dados na função pública; à "tendência privatizadora" de "sectores estratégicos", como a electricidade, a água e o ensino superior.

Concordo com o que diz Manuel Alegre, mas a questão é: como votou e vota Manuel Alegre estas políticas no Parlamento? Exactamente do mesmo modo que os restantes deputados do PS.

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terça-feira, julho 24, 2007

O Governo faz de conta

Poster retirado daqui

Na apresentação com pompa e circunstância da Escola do Futuro por José Sócrates os alunos foram "alugados" por € 30 cada à produtora de telenovelas da TVI. Este trabalho infantil promovido pelo Governo foi considerado irrelevante pela Ministra da Educação.

Este é o país sonhado por Sócrates! Figurantes de sorriso largo, nada de estudantes incómodos, a abolição do cidadão. Um país perfeitamente asséptico.

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segunda-feira, julho 23, 2007

Candidato a melhor comunicado do ano


Uff. Sublinhados meus. Assim termina o comunicado da Câmara Municipal de Ovar sobre o protocolo de colaboração da "requalificação" da Rede de Urgências que amanhã será assinado com o Ministro da Saúde.

Qualquer semelhança entre a Câmara Municipal de Ovar e o Partido Socialista, a que pertence o seu Presidente, é pura coincidência.

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domingo, julho 22, 2007

Pau para toda a obra

A juntar à série de textos que recentemente escrevi sobre as juventudes partidárias:
«Não sou miltante de nenhum partido apesar de já ter sido desafiado por amigos das quatro juventudes partidárias mais representativas.» Nuno Q. Martins

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sábado, julho 21, 2007

O Estado ao serviço do Partido

Veja-se a capa do Jornal de Negócios desta semana:
Sócrates manda travar Teixeira Pinto no BCP
O primeiro-ministro não gostou de ver Teixeira Pinto arregimentar membros do PSD para os órgãos do BCP e já neutralizou a intenção. A Caixa, que há dois meses teria votado contra Jardim, não votará agora a favor de Teixeira Pinto, que assim fica fragilizado. A Caixa pode abster-se ou nem ir à Assembleia. A EDP também. [link para o resumo da notícia]

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sexta-feira, julho 20, 2007

Trabalha e cala

O acesso ferroviário ao porto de Aveiro

[publicado no Diário de Aveiro, 20 de Julho de 2007]


Recentemente a Assembleia Municipal recusou o plano da REFER para a construção do acesso ferroviário ao porto de Aveiro, que prevê a sua construção em viaduto com uma altura de 1,5 metros em relação ao nível da A25. A construção do viaduto teria um enorme impacto visual numa área de interesse paisagístico, ambiental e turístico, escondendo as salinas.

É a decisão política, dos órgãos eleitos e dos cidadãos, que deve definir o rumo do desenvolvimento e a técnica deve servir-lhe e nunca o contrário. A rejeição política do viaduto é unânime e terá de ser vincada face aos custos inerentes. De acordo com a REFER, a construção da linha ferroviária no mesmo local sem o viaduto é tecnicamente inviável dada a presença condutas subterrâneas. Compete-nos portanto, dentro das limitações da técnica, definirmos um modelo de desenvolvimento que sirva e salvaguarde o interesse colectivo.

Um exemplo das “maravilhas” da técnica é o metro em Vila Nova de Gaia, onde as duas vias foram encaixada com sucesso na avenida central da cidade que manteve outras valências. Na implementação do metro de superfície em Bordéus, pelo facto da cidade ser património mundial da UNESCO, não era possível a utilização de catenárias pelo seu impacto visual. Apenas foram instaladas as linhas que também fazem a alimentação de electricidade ao metro. Atendendo a que estas linhas estão por toda a cidade em locais de passagem de peões, embutidas na pedra ou na relva, o sistema regulado por satélite apenas electrifica a linha que no momento está por baixo da composição do metro.

No caso de Aveiro é necessário encontrar o melhor local para instalar a linha. O Bloco de Esquerda propôs como alternativa que a linha seja instalada no espaço central da A25, entre as faixas de rodagem por entendermos ser a melhor solução pelos motivos que a seguir enunciarei.

Antes de mais é necessário analisar se o estatuto de auto-estrada da A25, no troço entre o Estádio e as praias, é a forma que melhor serve a mobilidade. Neste troço a A25 não desempenha funções de trânsito rápido entre dois pontos distantes; apresenta vários entroncamentos que não dispõem de vias de aceleração e desaceleração; e tem características de via panorâmica que convidam a “trânsito de passeio”. Apesar do estatuto, este troço não tem já a estrutura e função de auto-estrada. O estatuto torna a via menos eficiente já que exclui a mobilidade ciclável e pedestre; aumenta a perigosidade do trânsito; e não dispõe de transportes públicos rápidos e baratos.

Desta forma, o Bloco de Esquerda defende que este troço da A25 abandone a estrutura de auto-estrada, podendo assim apresentar vias mais estreitas libertando espaço para a instalação da linha-férrea de mercadorias. A implementação da linha numa estrutura já edificada é a solução que apresenta menores impactos a todos os níveis.

Esta é uma solução que, a médio prazo, permite que a linha seja aproveitada para a implementação de um metro de superfície. Defendemos ainda que no futuro este troço da A25 seja inclusivo para todos os cidadãos e que albergue mobilidade pedestre e ciclável adequadas a essa via panorâmica.

A aposta na linha de mercadorias e no transporte público (metro) diminuirá a intensidade do transporte rodoviário individual e de mercadorias neste troço da A25. A implementação de transporte público melhora a mobilidade dos cidadãos em toda a extensão do percurso, e ainda liberta as praias da pressão automobilística e do caos do estacionamento. Entendemos que a solução apresentada pelo Bloco é a que favorece a mobilidade inclusiva e eficiente, acrescentando qualidade de vida e melhorando a qualidade urbanística.

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terça-feira, julho 17, 2007

Deveriam ter tocado esta música no autocarro

Tenho um dragão no rabo!

Fazer compras não é algo que aprecie, especialmente quando se trata de roupa! Praticamente só uso roupa "básica" às riscas ou apenas de uma cor (as roupas dos anos 80 são a excepção que confirma a regra), portanto deveria ser uma tarefa extremamente simples encontrar roupa do meu agrado. Mas não! Cada vez é mais difícil encontrar roupa "básica".

Existe mesmo a inversão no pagamento das coisas: o fabricante mete a sua marca discretamente ou em letras garrafais à espera de um outdoor ambulante que ainda por cima pague para o ser. Não quero cair no logro.

Outra prática recorrente é ter o tal padrão "básico" (às riscas ou de uma só cor) e depois figuras aberrantes, números e letras estampadas! Eu não quero a tabuada na roupa! Nem as lojas supostamente mais sóbrias escapam à coisa.

Ora, hoje lá fui tentar encontrar roupa simples, de uma só cor ou às riscas, sem a inscrição da marca visível. Lá encontrei uma do meu agrado, aproveitei e ainda comprei uns boxers bastante discretos! Agora, chegado a casa, tiro os boxers da caixa - o que não fiz na loja - e que encontro na parte de trás? Um enorme dragão vermelho e a inscrição «Yatching Forces 7865 NY.GH».

segunda-feira, julho 16, 2007

BE propõe utilização do espaço central da A25 para a ferrovia

A linha-férrea de acesso ao porto de Aveiro tem que ser encaixada algures. A REFER pretende que seja ao lado da A25 a 1,5 m de altura tapando a visibilidade e tendo alto impacto visual. Fica aqui proposta do Bloco de Esquerda. O comunicado na integra:

Após a Assembleia Municipal recusar o plano da REFER para a construção de linha-férrea em viaduto 1,5 m acima da A25, o Bloco de Esquerda propõe como alternativa a construção da linha-férrea no espaço central da A25, entre as faixas de rodagem. O BE fez esta proposta na reunião da Comissão Permanente da Assembleia Municipal de ontem.

O BE reitera a sua rejeição do plano da REFER uma vez que o viaduto tem um enorme impacto visual numa zona de excelência paisagística, ambiental e turística, existindo alternativas viáveis. O BE considera que a construção da linha numa estrutura já edificada é a solução que apresenta menores impactos a todos os níveis.

O BE constata que o troço da A25 que liga a zona do Estádio às praias não desempenha funções de trânsito rápido entre dois pontos distantes, que apresenta vários entroncamentos e que tem características de via panorâmica. O BE considera assim que a estrutura de auto-estrada neste troço não é a eficiente para a mobilidade.

Neste contexto, o BE defende que este troço da A25 abandone a estrutura de auto-estrada, podendo assim apresentar vias mais estreitas libertando espaço para a instalação da linha-férrea de mercadorias.

O BE defende que a médio-prazo esta linha seja utilizada para a implementação de transporte público (metro de superfície); e que este troço da A25 albergue mobilidade pedestre e ciclável, próprias de uma via panorâmica.

O BE entende que a implementação destas soluções diminui a intensidade do transporte rodoviário individual e de mercadorias na A25, liberta a zona das praias da pressão automobilística e de falta de estacionamento, torna a mobilidade inclusiva para todos os cidadãos e acrescenta qualidade de vida e urbanística.

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domingo, julho 15, 2007

Bonito

O repórter da SIC bem tentou entrevistar um lisboeta na sede da candidatura do PS, mas em vários entrevistados percorreu o país sem parar na capital! Começou por umas pessoas de Ribeirão (Vila Nova de Famalicão) que orgulhosamente disseram ter sido convidadas pelo PS local e deslocada em autocarro.

O repórter continua a volta a Portugal até acabar numa senhora idosa que não sabia o que estava ali a fazer! Disseram-lhe que era para ir para Lisboa, mas não lhe disseram o que era para fazer!

Assim se vê a força do PS...

Adenda às 20h53: Mas afinal há alguém de Lisboa naquela sede? Nem o próprio António Costa! RTP, SIC e TVI continuam a entrevistar idosos de Cabeceiras de Basto (404 km de Lisboa), VN Famalicão (349 km), Teixoso (283 km) e vários outros locais! De Lisboa é que ninguém! A maior parte dos entrevistados não sabe o que está ali a fazer! António Costa. Quem!? Não vota em Lisboa? Sim estamos em Lisboa!

Adenda às 22h31: De acordo com o 31 da Armada, a SIC registou um grupo de idosos que foram para Mafra em excursão e sem que o soubessem foram levados para a dali para a sede do PS. Eu quero ver tudo isto no YouTube!

Adenda às 23h04: e, de acordo com Pacheco Pereira, somar Arco de Baúlhe (398 km) e Alandroal (194 km). Acrescenta o Zero de Conduta: Porto (317 km) e Tondela (268 km)
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Adenda às 13h30 do dia seguinte: de acordo com o País do Burro, uma senhora de idade disse a uma televisão ter ido numa excursão a Fátima organizada pela Junta de Freguesia e que no final a levaram para a sede do António Costa.

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Bolas e fui eu deitar-me ao intervalo...



Aviso: segue-se texto longo sobre futebol e bajulação!

Estava eu madrugada a dentro a ver o Portugal - Chile (sub-20) e fui-me deitar ao intervalo, resignado. Devia ter adivinhado que com o Zequinha, nome de puto mimado, em campo tudo poderia acontecer.

As selecções repetidamente vem dando uma excelente imagem da nossa cultura, desde a mão de Abel Xavier ao punho de João Pinto e mais recentemente os sub-21 e sub-20 de Couceiro [resultados e comportamento].

No FC Porto - onde na minha óptica fez o melhor trabalho da sua carreira - conseguiu não ser campeão, tarefa difícil para aqueles lados. De resto, Couceiro conseguiu desceu duas equipas para a II Liga. No caso do Belenenses a equipa conseguiu ficar na I Liga graças ao caso Mateus e na época imediatamente a seguir, praticamente com o mesmo plantel de Couceiro, o Belenenses com outro treinador qualificou-se para as competições europeias via campeonato e foi à final da Taça!

Couceiro não se pode queixar da sua sorte: em tudo o que era exterior a si, tudo lhe correu bem! Na Holanda com os sub-21 o único jogo que ganhou foi com Couceiro fora do banco. Apesar de não ter passado da fase de grupos, tivemos direito a jogar um play off de acesso aos jogos olímpicos (porque Inglaterra já estava automaticamente qualificada). Oportunidade extra, jogamos a maior parte do jogo contra 10 italianos... e perdemos na mesma! Não obstante toda esta sorte alheia, para Couceiro fomos os melhores e os países baixos combinaram resultados!

Devo fazer um parêntesis para declarar que o único jogo que vi em que as equipas descaradamente jogaram para o empate foi um Portugal-Argentina num Mundial sub-qualquer-coisa algures. Trocavam calmamente a bola na defesa de cada um até a chutarem para a frente! Tiveram que atirar a bola fora para o jogo ser interrompido para uma substituição [help, anyone?].

No Canadá com os sub-20 também tivemos sorte em tudo o que era exterior a Couceiro! Contra a potência Gâmbia jogamos a maior parte do tempo contra 10, perdemos ainda assim! Apenas tendo ganho um jogo, à Nova Zelândia (honra seja feita a Couceiro), fomos repescados para os oitavos de final (os 4 melhores dos seis terceiros passavam)! Oportunidade extra e que fazemos? Um remate aos 88 min, bola para a frente e muita porrada em especial no 7 chileno... até que subimos a parada ao roubar o cartão vermelho ao árbitro! Originalidade acima de tudo.

Mas Couceiro não se demite é claro! Porque o faria se está em consonância com toda a sua carreira enquanto treinador que o levou ao cargo!? Recorde-se que na altura em que Scolari estava sob fogo cerrado, Couceiro era dos poucos que bajulava o mestre! Passado uns meses surge como treinador das selecções jovens. Se Couceiro mantém os requisitos pelos quais foi escolhido porquê se demitir?

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sexta-feira, julho 13, 2007

Agilizar argumentação

Para o Bispo Emérito de Aveiro estes políticos por uma questão de «honestidade» não deviam legislar sobre o divórcio, já que «desvirtuam e prejudicam socialmente esta instituição [o casamento]».
Portanto, estes senhores que foram legitimamente eleitos em sufrágio universal, e que por opção na sua vida pessoal se casam ou não, se divorciam ou não, deviam deixar que a legislação destas coisas fosse feita por quem optou por nunca se casar e divorciar e que não dispõem de nenhum mandato na nossa democracia?

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Chapéus há muitos

Rocha de Almeida, recém eleito lider concelhio do PSD, entrou de rompante no cargo. De imediato elevou o debate na Assembleia Municipal chamando «palerma» ao deputado municipal do Bloco de Esquerda.

Agora, Rocha de Almeida garante que a Câmara está em negociações para encontrar um parceiro para privatizar 60% da MoveAveiro. Não se sabe muito bem quem afinal manda na Câmara de Aveiro, e não se compreende como é possível existirem negociações nos bastidores. O comunicado do Bloco de Esquerda sobre este assunto pode ser lido aqui.

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O ambiente: a esquerda, a direita e as misses

[publicado no Diário de Aveiro, 13 de Julho de 2007]


A defesa do ambiente e o combate ao aquecimento global tornaram-se temas centrais na nossa sociedade. Como tal hoje estão presentes no discurso de todos os políticos.

Contudo nem sempre foi assim, durante vários anos, e apesar das evidências científicas, foram muitos os que negaram a existência do aquecimento global. À cabeça George W. Bush que se recusou a assinar o tratado de Quioto, mas não foi o único e ainda hoje muitos ideologos liberais recusam liminarmente que o aquecimento global seja provocado pela acção humana. A evidência do aquecimento global mostra que o modelo em que vivemos é completamente insustentável, porém quem tão minuciosamente desenvolveu o modelo jamais poderá consentir o seu colapso.

No modelo vigente pretende-se passar a ideia de que a revolução ambiental passa por trocar lâmpadas por outras económicas e apagar a luzinha vermelha dos televisores. Podemos assim manter o nosso modo e estilo de vida que tudo se resolverá, e com estes actos apaziguamos a consciência.

A noção de sustentabilidade do capitalismo assenta somente no presente, fazendo-se escolhas insustentáveis na esperança de que no futuro a técnica resolva os problemas hoje criados.

Os defensores do modelo vigente apenas pretendem operar as pequenas alterações para que tudo se mantenha igual. Existe um problema energético, portanto propõem novas formas de energia quer seja a nuclear ou a falsa energia verde dos agro-biocombustíveis. Contudo, a redução substancial não é opção já que isso implicaria a alteração do modelo de consumo e produção em que se baseia a nossa sociedade. A alteração da forma de consumo, mas a sua manutenção em alta. A esperança na técnica futura.

Apesar da declaração de boas intenções de todos e da proclamada preocupação ambiental, o que diferencia a visão da esquerda socialista?

O nosso estilo de vida é absolutamente insustentável como o aquecimento global, a destruição de habitats, a extinção acelerada de espécies, a redução de água potável, a poluição global demonstram. É portanto necessário sair de um modelo de consumismo exacerbado imprimido pelas necessidades de produção e de geração de lucro.

Uma das questões centrais é o paradigma energético. Actualmente a energia é produzida de forma centralizada por um número muito limitado de empresas que a distribuem pela população gerando um imenso lucro desta actividade. A produção de massiva de energia - de forma concentrada, num ponto distante, por processos gigantescos e o seu transporte para cada casa - é uma excelente forma de gerar lucros, mas uma péssima de produzir energia.

A alteração do paradigma energético é essencial. A produção deve começar na casa de cada um, de forma diversificada, e o excedente inserido na rede nacional. De momento esta prática é bastante dificultada e mal remunerada.

Para além da questão da produção existe o consumo energético que tem que ser reduzido substancialmente. Este ponto, para além da redução da produção-consumo, passa necessariamente pela aposta séria no transporte público e num ordenamento do território que favoreça a mobilidade sustentável.

O rumo traçado esgota os recursos do planeta e torna-o inabitável. São necessárias medidas que, mais que paliativas, tornem sustentável e com plena qualidade de vida a nossa existência.

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quinta-feira, julho 12, 2007

Esclarecimento

Se por acaso ouvirem dizer que eu sou "agarradinho à bola" não é bem assim... na realidade a bola é que é agarradinha a mim, não descola do meu pé :)

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terça-feira, julho 10, 2007

Espaços verdes de Aveiro

Estacionamento do Canal de São Roque, Aveiro, 8 Julho 2007 [foto A.G.]

Imagina que numa cidade há estacionamento relvado ao mesmo tempo que os recreios da escola são em alcatrão. Existe no Canal de São Roque, em Aveiro.

No Domingo à noite chovia, e ao mesmo tempo o estacionamento estava a ser regado, portanto os carros estavam a ser lavados às expensas da autarquia.

Este espaço não poderia ser impermeabilizado, daí o estacionamento relvado. Mas isto diz muito sobre as nossas cidades, os espaços verdes de excelência e mais cuidados são as rotundas e neste caso um parque de estacionamento.

A mancha verde prevista para a zona oriental da cidade dificilmente sairá do papel, mais fácil surgirem borrões de betão. Mais fácil criar estacionamento relvado. Visão estratégica.

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segunda-feira, julho 09, 2007

Argumentação política



Ao acompanhar a novela no Diário de Aveiro - artigos de opinião trocados entre Alberto Souto e Carlos Santos (acho que já vai em 4-3) - lembro-me recorrentemente deste vídeo.

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Democracia na Moita

Na Moita, pela primeira vez desde 1974 a Sessão Pública da Câmara Municipal não contempla período de intervenção do público. Será hoje e o ponto único em discussão é o "Projecto de Revisão do Plano Director Municipal da Moita".

Depois de toda a intervenção de cidadania em torno desta questão a autarquia acha por bem meter bem longe quem queira pensar sobre o assunto. A minha solidariedade para com os cidadãos da Várzea da Moita.

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domingo, julho 08, 2007

Já nem se pode jogar à batalha naval por telefone?

sábado, julho 07, 2007

A festa quer-se bonita


Uma iniciativa contra o aquecimento global onde o ambientalista mais citado é o Al Gore só pode ser anedótica. Uma emissão que se assemelha ao discurso das concorrentes a Miss, repetido à exaustão. A unanimidade bacoca, o mundo onde a mudança ambiental se restringe à troca de lâmpadas. À boa maneira judaico-cristã dá para colmatar a culpa, apaziguar a consciência e prosseguir calmamente o nosso estilo de vida insustentável na espera de que a técnica que há-de vir o torne sustentável. O capitalismo está em festa [ver link], a festa quer-se bonita.

Da alteração do paradigma produtivo de energia não se ouvirá falar no Live Earth. A finalidade da produção de energia é dar lucro e como tal é feita de forma monopolista através de processos gigantescos. Urge descentralizar a produção, cada cidadão é um potencial produtor de energia para si e a sua sobre-produção pode ser inserida na rede nacional.

A alteração do paradigma de consumo é outro ponto que não fará parte do cardápio do Live Earth. A redução não é opção. O caminho é tornar tecnicamente viável o nosso estilo de vida através do surgimento de novas formas de energia, como os biocombustíveis [que, diga-se baixinho, são energetica, ambiental e socialmente insustentáveis].

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Hoje o capitalismo está em festa

O mundo desenvolvido irá eleger sete destinos turísticos do seu imaginário. A própria UNESCO critica a iniciativa. A festa quer-se bonita.

sexta-feira, julho 06, 2007

Discussões salutares em democracia

Só eu é que posso comprar, senão não brinco

"O Benfica não está à venda" - Joe Berardo (que lançou uma OPA sobre as acções do Benfica) em reacção a uma OPA concorrente em que uma empersa chinesa oferecerá o dobro daquilo que Joe Berardo ofereceu por acção.

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quinta-feira, julho 05, 2007

Onde acaba o Partido e começa o Estado?

Depois da exoneração da directora do Centro de Saúde de Vieira do Minho, porque se deram ao trabalho de nomear um Vereador Socialista para novo director do centro se o deputado do PS Ricardo Gonçalves é que parece mandar naquilo?

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quarta-feira, julho 04, 2007

O meu não às Juventudes Partidárias

Imagem do site da JSD

Finalmente vou fundamentar a minha posição de princípio de recusar a existência de uma juventude partidária. O melhor paralelismo que se pode fazer é com o Ministério da Juventude. Todos os Governos tem tido este ministério, mas alguém se lembra de alguma medida, por mais insignificante que tenha sido, que tenha saído desta pasta!?

Na realidade o Ministério da Juventude não serve para nada porque os assuntos relevantes para os jovens são tutelados por outros Ministérios (emprego, finanças, economia, educação, ...). Da mesma forma as Jotas podem andar a palrar à vontade que o Partido dos Graúdos é que define a política... porque não há política de jovens (ver parágrafo abaixo). Para mais, como as Jotas são organizações autónomas, definem a sua política mas não directamente a política do Partido dos Graúdos. Eu defendo que todos, independentemente da sua idade ou qualquer outro factor, devem ter o mesmo direito de participação e definição de políticas do partido como um todo.

Outra questão importante é que não há assuntos exclusivos dos jovens! Nenhuma matéria é estanque para jovens. Por exemplo a educação não diz apenas respeito aos jovens, há toda uma comunidade docente, não docente e civil para além da estudantil.

A moda porém é as Jotas pegarem nas questões ditas fraturantes: casamento homossexual, legalização das drogas leves, etc.. Ora, isto nunca irá a lado nenhum e não é pretendido que vá, alguém se lembra de um deputado Jota ter votado de forma diferente que a direcção do partido? Eu entendo que uma posição política deve ser consequente e não apenas eleitoralista. Esta prática corresponde a ocupar um nicho de eleitoral importante, ganhar os votos de jovens que defendem estas questões. Lembro-me que Sérgio Sousa Pinto há já mais de 10 anos defendia estas coisas enquanto líder da JS, alguém o ouviu falar mais disto a partir dos 31 anos?

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Obras memoráveis de um jotinha

Jotinha vai ao Centro de Saúde de Vieira do Minho, tira uma fotografia com o telemóvel à fotocópia da entrevista do Ministro com a frase jocosa acrescentada por um médico, faz chegar essa foto aos superiores socialistas. Entretanto, qual virgem ofendida, pede o livro amarelo e deixa a sua veemente reclamação pela fotocópia.

Entretanto como se sabe a directora deste Centro de Saúde foi exonerada pelo Ministro e substituída. Por caso, e apenas só por acaso, o substituto é Vereador eleito nas listas PS... embora seja do CDS-PP e tenha sido eleito graças a um acordo entre PS e CDS.

Atentem neste jotinha socialista. Tem futuro na política.

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segunda-feira, julho 02, 2007

Em escala de cinza

Cartaz da JSD, final de 2006
(certamente não conheceram o seu ex-Ministro Bagão Félix, de tão jotinhas que são)


Quero em breve deixar aqui o porquê do não às jotas. Por agora ficam alguns apontamentos do debate. Pela primeira disse "lésbicas lascivas" na rádio, momento difícil de repetir (o meu obrigado à JS; ver cartaz abaixo).

Levantei a questão, com exemplos concretos, de após os 31 anos os ex-dirigentes das jotas serem os políticos mais cinzentos do país. Face a esta questão tive o prazer de ouvir a JS admitir que assim é, dizendo contudo que isso corresponde a um período já que passam a desempenham outros cargos (isto é, quando mandarem arrumam a trouxa e fazem o mesmo que os outros). Quanto à JSD, também admitiu o cinzentismo - embora sem usar esta expressão - dizendo que nessa altura os ex-jotas tem que cumprir um programa eleitoral (como se não o tivessem que o cumprir antes; e como se depois não fossem eles próprios a elaborar esse mesmo programa)!

E porque são cinzentos? As Jotas - em especial JS e JSD - são fortemente profissionalizadas, isto é, há uma imensidão de funcionários da Jota. Na maioria, a primeira actividade profissional que exercem é exactamente esta de funcionário político. Não é crime nenhum, cada partido organiza-se como muito bem entende. Contudo estes jotas formam-se enquanto homens do aparelho e dependentes dele! Quando saem da Jota, não tem qualquer experiência de trabalho no mundo "real" e tentam permanecer quer no aparelho quer no sistema, portanto há que se adaptar bem aos cargos ou lugares de eleitos e amansar que a vida sorri.

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domingo, julho 01, 2007

As jotas, é só (uma) conversa


Amanhã (2ª) na RCP haverá uma conversa sobre os jovens e política e as juventudes partidárias. Para tal foram convidados dirigentes das jotas do distrito e, no caso do Bloco na ausência de jota, eu próprio por reunir os dois defeitos necessários.

O Bloco de Esquerda não tem jota por motivos ideológicos. Eu suporto esta visão e espero que se mantenha; e mesmo que por algum cataclismo a venha a ter, eu recuso-me a fazer parte dela. Considero ainda que os jotinhas aos 31 anos são os políticos mais velhos e cinzentos de Portugal. Por tudo isto a conversa de amanhã será bastante interessante (pelos menos para mim, até porque finalmente me deixam respirar fora da actualidade). E estou curioso, vou tentar saber quem foram os tipos da JS que resolveram exteriorizar o seu fetiche com lésbicas em outdoor's espalhados pelo país.

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