Mitos do liberalismo: a liberdade
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[publicado no Diário de Aveiro, 25 de Maio de 2006]
No passado sábado realizou-se a primeira Conferência Nacional sobre Política de Solos, organizado pelo Movimento de Cidadãos da Várzea da Moita. A iniciativa reuniu várias activistas, docentes, investigadores e técnicos de diversas áreas; e políticos das várias correntes, mesmo das que não tem assentam parlamentar. A convite da organização participei na conferência com uma apresentação intitulada “Mais-Valias Urbanísticas: o negócio que caiu do céu”.
A Conferência foi despoletada pela revisão do Plano Director Municipal da Moita que se encontra
Este movimento de cidadãos – que começou esta luta simples e localizada – polarizou esforços e gerou a discussão abrangente a nível nacional. Com a actual legislação, a mais-valia gerada por um acto administrativo de uma autarquia é entregue totalmente ao proprietário do terreno, sem que este tenha produzido nada e sendo que o solo continua exactamente igual. Como uma simples assinatura pode valer uma valorização até 20.000% os decisores técnicos e políticos são lançados num circo de feras, sujeitos às mais variadas pressões.
Na Conferência da Moita, um dos pontos consensuais da análise é que a actual situação não serve os cidadãos nem o país e que potencia a corrupção. Contudo, e apesar da presença de vários deputados (incluindo da bancada maioritária na Assembleia da República), continua a apenas existir um único projecto-lei sobre o tema, apresentado no início deste ano e ainda
O exercício da cidadania e a participação do cidadão na decisão política é essencial. No caso da política de solos o seu envolvimento deve ser tanto maior, uma vez que é a qualidade de vida e o interesse colectivo que estão
Em primeiro, quando uma autarquia procede à requalificação de terrenos deveria ser obrigada a elaborar um mapa onde se refira a valorização ou desvalorização que cada parcela sofre com essa alteração administrativa.
Em segundo lugar, o registo da transferência da posse dos terrenos deveria ser público. A autarquia deveria deter e disponibilizar o histórico de aquisições de cada parcela nomeadamente informação sobre os proprietários, os preços de compra, conjugando estes dados com a data e valorização provocada por qualquer alteração do estatuto das parcelas.
Em terceiro, a nível de exercício da cidadania, deveria ser criado um mapa da especulação semelhante ao que a organização Ecologistas en Acción dispõe para o território espanhol. Este mapa disponível na Internet tem como missão denunciar publicamente casos de especulação imobiliária que atentam contra o interesse público, contendo informação sobre a sua localização, do estado do projecto, dos seus danos ambientais e sociais e o relato da intervenção de cidadania sobre o caso.
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[publicado no Diário de Aveiro, 18 de Maio de 2007]
A Polícia Judiciária divulgou ontem que 57% dos casos de corrupção que investiga envolvem a Administração Pública. Contudo o Ministro da Justiça não se demonstrou surpreendido, já que entende que «onde há muita regulamentação, fiscalização e dependência de licenciamento multiplicam-se as ocasiões de corrupção».
Na mesma linha de raciocínio o Ministro diz ainda que «quem lida com regulamentações, licenciamentos e necessidades de condicionar por decisões as actividades económicas é, muitas vezes e numa primeira linha, a administração local». Ou seja, como a administração local tem que fazer o seu trabalho, a corrupção é uma fatalidade, é nosso fado.
Admito que a administração local, por via da sua actividade, é bastante vulnerável a tentativas de corrupção. O que não admito é que se lancem os decisores administrativos e políticos locais num Coliseu Romano repleto de feras a ver quantos escapam.
Contudo não nunca poderemos considerar a corrupção uma fatalidade. É essencial implementar medidas de combate à corrupção, e os decisores devem ser protegidos das possibilidades de aliciamento.
O combate à corrupção faz-se de fiscalização, investigação, redução de espaços para que ela ocorra, mas também com o envolvimento do cidadão na gestão da coisa pública. Um instrumento essencial seria o levantamento do sigilo bancário e o fim de zonas francas, sempre negadas pelo Governo.
O combate à corrupção não se faz com a desregulamentação. Se actualmente se realizam atentados ao interesse público com recurso à corrupção, não é admissível que os mesmos atentados se possam realizar no futuro sem passarem pelo filtro da decisão democrática que zele pelo interesse público, com o argumento da redução de riscos.
O envolvimento do cidadão na gestão da coisa pública e o aprofundamento de mecanismos de democracia participativa são essenciais no combate à corrupção na Administração Local. Ninguém melhor que a população pode defender o interesse público.
Entretanto, na Madeira a normalidade persiste. Foi aprovado o projecto-lei do Bloco de Esquerda que impede os deputados regionais da Madeira de manterem negócios com o Governo Regional. Esta incompatibilidade existe para os deputados nacionais, contudo Alberto João Jardim já assegurou que não aplicará a lei na Madeira, nem que chamem a Marinha de Guerra.
Não raras vezes ouço o Governo se autointitular-se de determinado e de portador de uma imensa coragem política (como se isso por si só caracterizasse o que fosse). Porém, rejeitaram o pacote legislativo de combate à corrupção elaborado pelo deputado João Cravinho, que entretanto foi transferido para Londres.
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**** “O desordenamento do território: escolha política ou fatalidade cultural”, por Pedro Bingre do Amaral, Docente Universitário na ESAC - Escola Superior Agrária de Coimbra e Investigador no Centro de Estudos de Recursos Naturais, Ambiente e Sociedade – CERNAS
**** “O papel do autarca na regulamentação do uso dos solos”, por Luís Fernando Vaz Nascimento (PPD/PSD/CDS-PP), Vereador à Câmara Municipal da Moita eleito nas Listas da Coligação “Construir o Futuro”, com o apoio do PSD Partido Social-democrata, do CDS - Partido Popular e do MPT Movimento – Partido da Terra
**** "Ordenamento do território e fraccionamento de prédios rústicos para fins urbanísticos", por Ana Cristina Bordalo, jurista, mestre em Museologia e docente na licenciatura e no Mestrado em Urbanismo e Ordenamento do Território, da Universidade Lusófona de Humanidades e Tecnologias, participará na Conferência da Moita. Na sua actividade de jurista e investigadora, Ana Cristina Bordalo tem-se igualmente dedicado ao Direito Cadastral.
Continuação dos Trabalhos, Sábado 19 Maio 09h30;
**** “Urbanismo – cancro da democracia portuguesa”, pelo Professor Paulo Morais, da Universidade Lusófona do Porto
**** “O pseudo "ordenamento do território" da Moita”, por Américo da Silva Jorge, Arquitecto (ESBAL) e Proprietário Agrícola em Alhos Vedros e na Moita
**** "Ordenamento do Território, Desenvolvimento e Qualidade de Vida", por Joaquim Raminhos, Vereador à Câmara Municipal da Moita, eleito nas Listas do Bloco de Esquerda,
**** “O papel e as responsabilidades dos Eleitos na defesa e representação dos interesses legítimos dos Cidadãos”, por Luís Filipe Carloto Marques, Dirigente Nacional do MPT - Partido da Terra e Deputado à Assembleia da República, Membro do Grupo Parlamentar do Partido Social Democrata, Editor do Blog A Cidade e as Serras, Ecologia, Saúde e Solidariedade
**** " Mais-valias: quem as gera e quem as captura? Agentes e comportamentos", pelo Engenheiro José Carlos Guinote, Engenheiro Civil pelo Instituto Superior Técnico e Mestre em Planeamento Regional e Urbano pela Universidade Técnica de Lisboa.
**** “A Organização do Espaço Português Contemporâneo”, por João Silva Gaspar, Arquitecto pela Universidade Lusíada de Lisboa, frequentando actualmente o Mestrado em Arquitectura - Recuperação de Património e Planeamento Urbanístico, Sócio da Real Associação de Lisboa e Membro da Juventude Monárquica
Continuação dos Trabalhos, Sábado 19 Maio 15h00;
**** “Mais Valias Urbanísticas: o negócio caído do céu”, por Nelson Peralta, Biólogo, actualmente Bolseiro de Investigação Científica na Universidade de Aveiro, e Editor do Blog A Ilusão da Visão, alucinações de fascínio e fastio
**** “Política de solos, autarquias locais e interesses das populações – necessariamente um caso de “corrupção, mentiras e vídeo” ?”, pelo Professor Doutor António Garcia Pereira, Jurista e Professor Auxiliar Convidado do ISEG – Instituto Superior de Economia e Gestão, onde é responsável pela Secção de Direito do Trabalho nas Licenciaturas em Economia e em Gestão
**** "Plano de Ordenamento do Parque Natural da Arrábida e Projecto da Mata de Sesimbra: dois casos de Ordenamento do Território e Cidadania", por Rui Passos, Arquitecto, Fundador e dirigente da Associação P'la Arrábida, com intensa actividade cívica na área do Ordenamento do Território na Península de Setúbal
**** "Responsabilização das autarquias: primeiro passo de estratégia global", por Tânia Morais, estudante de Ciência Política na Universidade Nova de Lisboa, em representação da Juventude Social-democrata, JSD Moita.
**** “PDM da Moita - verdades e mentiras do processo de revisão”, por Vitor Cabral, Vereador à Câmara municipal da Moita, eleito nas Listas do Partido Socialista
**** "O papel dos planos de ordenamento do território na sustentabilidade regional e local", pela Delegação da Quercus – Associação Nacional de Conservação da Natureza
Sessão de Encerramento, Sábado 19 Maio 18h00;
**** “Urbanismo – paisagem para o negócio”, por Alda Macedo, Deputada à Assembleia da República, Membro da bancada do Grupo Parlamentar do Bloco de Esquerda
**** “O caldo de cultura para os maiores desmandos urbanísticos, para a violação sistemática das leis e para o império da escuridão: contributo para a análise de um famoso caso de estudo na óptica da lei, da ética, da equidade, da democracia e da inteligência das pessoas”, por um dos moradores da Várzea da Moita.
**** "Mais-valias urbanísticas e os seus impactos negativos sobre o desenvolvimento económico", por Adelino Fortunato, Doutor em Economia, Professor Associado na FEUC - FEUC - Faculdade de Economia da Universidade de Coimbra, participará na Conferência da Moita e apresentará uma oração sob o título
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Na noite de 12 de Maio, a RTP1 foi o único canal a transmitir em directo a procissão das velas promovida pela ICAR em Fátima.
No dia 13 de Maio, a RTP1 transmitiu das 8 às 13 horas, em directo, as cerimónias levadas a cabo pela ICAR no mesmo local. A SIC e TVI transmitiram o mesmo evento. A emissão foi igual nas três televisões, já que utilizaram as mesmas câmaras e realização, apenas diferindo os comentadores.
Finda esta emissão especial de dia 13, a RTP1 foi a única televisão a abrir o seu noticiário das 13 horas com reportagens sobre e em directo de Fátima, que com bastante destaque ocuparam cerca de metade do Jornal da Tarde. De realçar que neste particular o serviço noticioso contou com uns breves comentários do padre Mário Oliveira.
Considerando abusiva esta utilização do serviço público da RTP, e assistindo-me dos meus direitos de cidadão, venho por este meio expôr as seguintes questões ao Provedor do Telespectador:
1. Em que medida as longas horas de transmissão acrítica e comentada por acólitos sobre e de Fátima (inclusive em noticiários) se insere no serviço público da RTP? Em que medida esta monopolização das emissões da RTP por parte de uma instituição religiosa respeita as restantes existentes no país e a laicidade do Estado? Esta questão é tanto mais relevante já que, à revelia do protocolo de Estado, as novas instalações da RTP foram inauguradas pela figura máxima da ICAR em Portugal.
2. A ICAR, tal como algumas outras instituições religiosas, já dispõe de tempo de antena no serviço público tendo um programa na RTP2 onde a gestão dos conteúdos é totalmente sua. Assim sendo, porque motivo a RTP transmitiu por longas horas as mesmas imagens que a SIC e a TVI? Em que medida a RTP protegeu a diversidade e qualificação dos conteúdos televisivos?
3. Nas emissões especiais e em noticiários, a RTP retratou de forma estóica e heróica o sofrimento humano e a auto-flagelação. Esta promoção faz parte do serviço público da RTP?
4. O comentador da RTP – e mais ninguém presente na cerimónia – anunciou que se iriam benzer os objectos dos telespectadores. A telebenzedura faz parte do serviço público da RTP?
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