9ºC, os novos heróis pop
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O PCP denuncia que há uns tipos a apresentarem a China como um Estado opressor! Malvados!
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Por exemplo, no caso do Teatro Aveirense, a política cultural não regista continuidade e é feita de rupturas. Não há a criação de hábitos sistemáticos, nem há uma calendarização coerente para uma determinada área cultural (teatro, dança, cinema, ...). O Teatro Aveirense é hoje uma sala sem identidade definida e sem estratégia de fidelização de público. O festival Sons Em Trânsito era a expressão de uma política que alargou os horizontes do Teatro, ao fidelizar e ir buscar público bem longe, tendo mesmo chegado a desenvolver parcerias com outras cidades. Este festival tornou o Teatro Aveirense numa referência nacional em músicas do mundo. O Festival Voz de Mulher tinha também potencial comprovado, mas veremos que seguimento lhe será dado.
Em Aveiro, a cidade e a universidade vivem em dois mundos separados, não há qualquer parceria na área cultural e de programação entre ambas. Não há nenhuma estratégia para atrair o imenso público da comunidade universitária para as salas de espectáculo do município.
A existência destas três salas de espectáculo geograficamente próximas deveria permitir o estabelecimento de parcerias e trabalho conjunto. Uma gestão envolvendo as várias salas permitiria o desenvolvimento de produção própria e local, algo que neste momento não existe.
Contudo, a avaliar por outras áreas parece-me que a relação entre as várias salas de espectáculo da região, pura e simplesmente não se vai processar. Tal como em tudo o resto, serão salas estanques no seu meio e concorrentes entre si. Não deixa de ser curioso que estes três município, mesmo governados pelo mesmo partido, não se consigam entender e implementar políticas estruturantes e intermunicipais.
Aliás, mesmo dentro do próprio concelho não existe uma política integrada para as diferentes salas de espectáculos. O Teatro Aveirense e o Centro Cultural e de Congressos, assim como as restantes salas do concelho, são espaços sem qualquer visão conjunta. Para mais, o Centro Cultural e de Congressos na prática já não existe para a cultura.
Estas diversas salas da região terão que apresentar uma programação singular e diversificada para atingir todos os públicos, para além de definirem uma identidade própria e diferenciadora.
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Neste projecto, PS e PSD estão unidos. Ribau Esteves é um fervoroso apoiante desta Marina da Barra. O deputado e líder distrital do PS, Afonso Candal, considera que o projecto apresenta «razões enquadráveis no que é considerado PIN», e que alcançar esse estatuto seria «conseguir desencalhar» o que ficou travado.
Relembro que o projecto foi travado pelo Ministério do Ambiente por apresentar «impactes negativos, muito significativos, não minimizáveis e irreversíveis». Portanto, as consequências e os impactos mantinham-se, mas seria este chumbo ambiental que o PIN permitiria desencalhar. Estranha função para o PIN, estranho interesse nacional.
A concretização deste projecto ocuparia uma Zona de Protecção Especial (ZPE), constituindo um grave precedente legal. O equilíbrio de um sistema ecológico frágil ficaria em risco, assim como a sustentabilidade das actividades económicas hoje associadas à Ria (pesca, apanha de bivalves, salinicultura, entre outras). Pode-se mesmo dizer que na prática haveria uma transferência de riqueza da quebra de rentabilidade destas actividades tradicionais para a referida componente imobiliária.
O projecto compreende 858 lugares para embarcações, 1756 lugares de estacionamento para automóveis, dois hotéis, 120 moradias e 420 apartamentos.
Apesar dos números serem claros, continua-se a usar o termo “marina” para designar o projecto, não obstante quer os lugares de estacionamento, quer o número de camas seja superior à capacidade de albergar embarcações.
Sejamos bem claros, se a componente imobiliária é indispensável para assegurar a rentabilização desta marina gigantesca, então é porque uma marina desta dimensão não é viável nem necessária.
Este empreendimento imobiliário acarretaria ganhos monetários assinaláveis. A partir de solo que hoje é de todos, e apenas pela permissão de construção privada, seriam geradas fabulosas mais-valias urbanísticas, mesmo sem nada produzir e sem nada contribuir para o desenvolvimento da sociedade e à custa da qualidade de vida e ambiental.
A construção de uma marina gigantesca e concentrada servirá propósitos de rentabilização imobiliária, mas não resolverá os problemas dos cidadãos que efectuam a exploração tradicional da Ria. De facto, seria mais proveitosa a construção de pequenos portos de abrigo e de apoio descentralizados, ao longo de toda a Ria – onde necessários –, sem necessidade da enorme pressão imobiliária e servindo de facto a população e permitindo a viabilização das actividades tradicionais e sustentáveis na Ria de Aveiro.
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Completam-se cinco anos da invasão do Iraque. Bush diz que a guerra foi um sucesso e que culminará numa vitória. Thank you Mr. José Manuel Barroso.
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OCDE/FMI: É preciso salvar o sistema financeiro a todo o custoParis, 17 Mar (Lusa) - A crise financeira vai durar "muito tempo" com "consequências graves" e as autoridades devem fazer tudo para evitar o desmoronar do sistema financeiro mundial, defenderam hoje o secretário geral da OCDE, Angel Gurria, e o patrão do FMI, Dominique Strauss-Kahn. [via O Bico de Gás]
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Segundo o vice-presidente da autarquia, a ampliação «não contraria» o plano Director Municipal e quanto ao respeito pelos instrumentos de gestão, a Câmara «há-de aprovar o que legalmente puder aprovar», segundo o vereador Carlos Santos.Esta é uma resposta mágica. «A CMA aprovará o que legalmente puder aprovar». Acontece que na prática a CMA pode aprovar qualquer tipo de empreendimento imobiliário, por pior que seja, desde que elabore e aprove um Plano de Pormenor. Falta aqui a resposta política, qual a estratégia urbanística para o centro da cidade. Com a respostas dada, o Vereador Carlos Santos nada diz ou então acabou por dizer tudo...
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Sem terra despejados no AmazonasUma foto bem elucidativa: o Estado usa o seu monopólio de violência para garantir o absolutismo do valor de propriedade privada.
Uma mulher indígena segura a sua criança enquanto tenta resistir ao avanço da polícia do estado do Amazonas, no Brasil, que tenta expulsá-la e a 200 outros membros do Movimento dos Sem Terra de um terreno privado. Os camponeses sem terra tentaram em vão resistir ao despejo, ontem, nos arredores de Manaus (a capital do estado), resistindo com arcos e flexas contra a polícia, que usou gás lacrimogéneo e cães treinados. Foto: Luiz Vasconcelos-A Critica/Reuters [in Público]
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Hoje no Diário de Aveiro: Qual deve ser a estratégia adoptada para a criação de novas zonas industriais e para a captação de investimento para Aveiro?
As zonas industriais devem ser espaços que sirvam os interesses dos trabalhadores, da indústria, do ambiente e, em suma, de toda a população. Assim devem ser espaços humanizados, enquadradas num correcto ordenamento do território e aprazíveis.
As deficiências das actuais zonas industriais devem ser corrigidas e não repetidas, e a aposta em parques empresariais não deverá ser excluída. Estas zonas devem apresentar uma malha urbanística regular, ordenada, bem sinalizada e iluminada, assim como serem servidas por uma boa rede de transportes públicos.
As zonas industriais devem ser dotadas de equipamentos sociais colectivos, tais como cantinas nas empresas, e infantários ligeiramente deslocados e com sistema de transporte para as crianças. Dependendo do tipo de industria devem ser instaladas meios de mitigação dos seus efeitos nefastos, nomeadamente áreas arborizadas. As zonas industriais devem ainda estar localizadas fora das povoações para evitar transtornos de proximidade: ambientais, de ruído e de movimento de viaturas pesadas.
Neste momento, os combustíveis fósseis tem mostrado a sua insustentabilidade económica e ambiental. As empresas terão que comprar licenças no "mercado de carbono" para a emissão de gases de estufa, que representará uma significativa fatia do seu orçamento, para além dos danos ambientais que daí advém. Assim, a aposta na ligação à rede ferroviária nacional e internacional fará a diferença, libertando-as e a nós do jugo do carbono. A ligação ferroviária constitui uma vantagem competitiva para as empresas, quer na recepção de matéria-prima quer na expedição de mercadoria. Neste campo, Aveiro apresenta uma grande atractividade já que se encontra junto à linha do norte, a curto-prazo terá ligação ferroviária ao porto marítimo e, esperamos que a médio-prazo, uma ligação à Europa (via Salamanca).
Aveiro reúne já excelentes condições para a fixação de investimento, nomeadamente a nível de acessibilidades (ferrovia, A1, A25, A17, A29) e de proximidade ao porto marítimo. A Universidade de Aveiro constitui um importante pólo de atracção de investimento para a região, ao permitir a formação de mão-de-obra qualificada e ao desenvolver tecnologia industrial. Nesta óptica, a criação de parques empresariais temáticos ao invés de zonas industriais tradicionais poderá ser uma boa solução para acolher industria mais qualificadas.
Contudo, é fundamental definir o tipo de investimento que desejamos atrair para Aveiro e para o país. Recusamos que se continue a apoiar empresas que, em busca de mão-de-obra barata, se instalem à custa de subsídios dourados e mal esgotam esse filão se deslocam para outros paraísos de salários baixos deixando para trás um enorme problema social. Esta opção é uma questão essencial, e a diferença entre captar e fixar investimento e entre permitir ou não uma desmesurada exploração laboral subsidiada por todos nós.
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[publicado no Diário de Aveiro, 7 de Março de 2008]
1. Verdade ou consequência
Na última sexta-feira, Pedro Vaz (Presidente da JS Distrital) publicou neste jornal um artigo de elogio ao programa de arrendamento jovem Porta 65.
Pedro Vaz rotulou o Bloco de Esquerda como «simpático, mas inconsequente» referindo-se a uma proposta que apresentamos na Assembleia Municipal de Aveiro defendendo o aumento da taxa de IMI para prédios desocupados e devolutos. Diz Pedro Vaz que o Bloco não deveria ter ficado apenas por aquela proposta e que deveria ter ido mais longe: que esses imóveis fossem colocados no mercado de arrendamento exclusivamente para jovens, obtendo daí desconto no IMI, ou agravamento no IMI em caso de nada fazerem.
Ora, Pedro Vaz sugere que o BE faça aquilo que a JS não faz. Acresce que o deputado municipal da JS nada propôs, absteve-se nesta proposta do IMI e nada teve para dizer em toda a discussão. Portanto, relativamente à inconsequência estamos conversados, vamos ao que interessa.
2. Porta 65 Jovem, os números
O programa Porta 65 Jovem, que substituiu o anterior Incentivo ao Arrendamento Jovem (IAJ), representa a desresponsabilização do Estado em políticas de habitação. Se para o anterior IAJ estavam reservadas verbas na ordem dos 60 a 65 milhões e euros por ano, para o Porta 65 apenas foi atribuída 34 milhões de euros. Para além disto, os critérios do programa excluem tantos jovens que a verba de facto aplicada será bastante inferior.
Os critérios deste programa do Governo PS, no que toca a limites máximos de renda, eram de tal forma irreais que era praticamente impossível encontrar habitações dentro do limite. Isto é bem patente no número de candidaturas: 3.561, das quais apenas 1.554 foram aprovadas. De notar que o IAJ beneficiava 24 mil jovens por ano.
O Porta 65, através do seu critério de taxa de esforço, excluía os jovens que mais precisam do apoio ou, nos termos do secretário de Estado responsável: este não é um programa para pobres.
O Porta 65 reduziu o apoio de 24 mil jovens para 1.500 e mudou as regras a meio do jogo, exscluindo vários beneficiários do IAJ que agora se arriscam a ficar sem tecto.
Entretanto, face ao descalabro, o Governo redefiniu em alta o valor das rendas mínimas admissíveis e da taxa de esforço reconhecendo o clamoroso erro que cometeu. Uma alteração que mantém o Porta 65 como um concurso a que poucos tem acesso, sem qualquer relevância na regulação do mercado, e tarde de mais para milhares de jovens.
3. Uma política de habitação de esquerda
O IAJ e o Porta 65 Jovem são programas com a mesma essência, a principal diferente é a acentuada restrição de apoio do segundo. São ambos programas que se adaptam e alimentam um mercado de rendas altas e artificiais, de valor semelhante a mensalidades de empréstimos.
Urge romper com este paradigma. Estes programas de subsídios apenas atenuam os problemas enquanto o jovem benefecia do apoio, findo este nada perdura e nada foi acrescentado à sociedade.
Uma política de habitação de esquerda tem que modificar o mercado e transformar os seus resultados em definitivos. Para tal, as medidas mais imediatas – sem prejuízo de outras, nomeadamente relativas à política de solos, são:
i) o Estado/autarquias arrendarem habitação a custos controlados, dando em troca ao proprietário a garantia de pagamento durante todos os meses do ano, e subarrendar sem prejuízo aos jovens;
ii) apoio financeiro estatal/autárquico à reabilitação do edificado degradado, acordando com os proprietários que após as obras as habitações entrem no mercado de arrendamento a custos controlados durante 10 a 25 anos (programa semelhante ao espanhol);
iii) o Estado/autarquias adquirirem edificado devoluto, reabilitarem-no e inserirem-no no mercado a custos controlados.
Estas seriam medidas consequentes, que deixariam um legado na sociedade, controlando o custo do arrendamento em todo o mercado de arrendamento e quebrando o ciclo vicioso de endividamento dos jovens e da população em geral à banca.
O IAJ e o Porta 65 são pontualmente úteis, mas a longo prazo é apenas atirar dinheiro para a fogueira. Ainda hoje estamos a pagar os custos da anterior política de habitação jovem, o crédito bonificado. O Estado paga, e continuará a pagar nas próximas décadas, 200 milhões de euros por ano à banca por um programa inconsequente que já terminou há anos. Imagine-se a diferença que teria sido feita ao aplicar estas verbas em programas de intervenção no mercado como os que referi.
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