sexta-feira, fevereiro 29, 2008

Alquimia: fazendo dinheiro a partir do nada

Porque insistem em chamar Marina a um projecto imobiliário onde a marina representa apenas uma pequeníssima parte, que apenas serve para legitimar a componente imobiliária? Querem fazer uma marina? Muito bem. Querem construir uma imensidão de betão em solo que hoje é Ria e propriedade de todos e daí retirar mais-valias urbanísticas milionárias? Com que direito?

Ser considerado um PIN permite que o projecto não esteja «sujeito a tanta burocracia», justifica e alcançar aquele estatuto seria «conseguir desencalhar» o que ficou travado, conclui.

Afonso Candal, deputado do PS, é sincero. Basicamente diz-nos que o PIN consegue desencalhar o que ficou travado ou seja, que o PIN consegue contornar dois chumbos ambientais por parte do Ministério do Ambiente

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Os professores saíram à rua


Ontem à noite em Aveiro, três mil professores e outros cidadãos saíram à rua em contestação à política educativa do Governo [1, 2], num processo de luta que tem conhecido novas formas de organização.

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quinta-feira, fevereiro 28, 2008

Deve ter sido uma excelente conferência

quarta-feira, fevereiro 27, 2008

Uma decisão, 25 anos a penar


A CMA desrespeitou a lei e não respondeu ao meu requerimento, contudo já podemos ter uma ideia da taxa de ocupação dos parques de estacionamento privados na cidade: inferior a 25%.

Ora, face a estes números qual a opção da CMA? Construir quatro novos parques subterrâneos num total nunca inferior a 2.200 lugares. Faz sentido - em especial porque é um negócio de rendas cruzadas com outro negócio, e porque vem a caminho um agravamento das condições e custo do estacionamento à superfície.

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A estação TGV

Hoje no Diário de Aveiro: O presidente da Câmara de Albergaria-a-Velha anunciou que a estação do TGV será construída no seu concelho. Élio Maia, líder do município de Aveiro, garante que a localização ainda não foi decidida. Como olham para este processo e onde acham que deverá ficar situada a estação?

Ao ouvir os senhores do poder fica-se com a sensação que o desenvolvimento do país é feito à la carte, ao sabor de influências nacionais e locais.
A localização das estações do TGV deve obedecer a vários critérios, o primeiros dos quais o serviço à população, mas também a optimização da mobilidade e da rede de alta velocidade como um todo integrado e apresentar baixos impactos ambientais, isto numa lógica de coesão territorial e desenvolvimento sustentado.
A nível da rede, estas duas localizações encontram-se numa escala de proximidade, portanto há que verificar as vantagens e desvantagens de cada para escolher a opção mais sensata e que acarreta mais ganhos para a população.
O município de Aveiro parece-me ser a melhor opção já que apresenta uma estrutura habitacional mais densa e mais numerosa, o que implica a proximidade a um maior número de pessoas e reduz os riscos da especulação imobiliária e de mais construção desmedida.
A referida construção da estação no município de Albergaria-a-Velha, ainda para mais numa zona distante da sede de concelho, seria bastante nefasta em termos de ordenamento do território e protecção ambiental. Esta opção iria retirar preciosos terrenos de valência agrícola, naquela que é hoje uma das maiores reservas do distrito, para a construção da estação e consequente edificação massiva na sua envolvência.
De notar que, entando em curso um processo de decisão pública com implicações a nível de geração de mais-valias urbanísticas, o processo deveria ser extremamente transparente e célere. Os vários corredores alternativos para a instalação da linha e estação deveriam ser tornados públicos, e a transferência da posse desses terrenos ser congelada, de forma a que os proprietários não sejam lesados e impedir a aquisição de riqueza indevida, nomeadamente através do acesso a informação priveligiada.
A aposta nos transportes ferroviários deve ser firme. Contudo, se considero prioritária a ligação do país à rede de alta velocidade europeia, tenho muitas dúvidas sobre a necessidade imediata da construção de uma linha de alta velocidade paralela à linha do Norte. O serviço ferroviário está concentrado no litoral, exactamente onde se pretende agora duplicá-lo. O país não dispõe de uma verdadeira rede ferroviária: é impraticável a deslocação entre a maior parte dos distritos e mesmo as ligações de proximidade, não servem o seu propósito. A título de exemplo, Guarda e Covilhã distam 43 Km por estrada, mas só existem três comboios por dia e que demoram 1h15 a completar a viagem.
Temo que se esteja a construir a casa pelo telhado e a caminhar irreversivelmente para a desertificação do interior do país.

terça-feira, fevereiro 26, 2008

O tesouro guarda-se no cofre


E em Portugal, um país com uma forte tradição agrícola, onde podemos encontrar as sementes do cultivo tradicional? Em poucos anos, as sementes naturais foram substituídas por híbridas e outras que tais. Mesmo que a agricultura industrializada não tenha penetrado por todo o país, a Monsanto chegou aos meios agrícolas mais rurais e isolados de Portugal. Morreu o milho-rei. O país agrícola rendeu-se à estandardização e hibridação, um dia conhecerá a quebra de fertilidade e o advento das pragas. O país, todos nós, deixamos de ânimo que se perdesse um dos maiores patrimónios naturais e culturais do país. E era tão fácil!

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domingo, fevereiro 24, 2008

A regra de ouro

Fotograma do filme They Live (John Carpenter, 1988)

The golden rule: He Who Has The Gold Makes The Rules
[A regra de ouro: aquele que tem o ouro faz as regras]

Coisas da rede

Fui apanhado em duas correntes blogosféricas. O Pastel de Vouzela a propósito d'A Ilusão da Visão «diz que até não é um mau blog». Não conheço o tradicional pastel, mas se tiver a qualidade do blog, está aprovado.

A MRF do Divas & Contrabaixos, convida-me a divulgar as minhas 12 palavras preferidas. Não é tarefa fácil, já que podemos gostar de uma palavra por diversos motivos: pela semântica, pela sonoridade, por qualquer acaso na nossa vivência, pela conjunção destes ou ainda por motivos insondáveis. Assim aqui fica a minha lista imperfeita, temporal e irrepresentativa:

fetiche (em especial o marxista); libido; luxúria; pour hasard (dito em francês); plebiscito (os substantivos que soam a verbo dão-me um certo gozo); belladona; demência; estilhaços; abona (palavra que uso frequentemente, tendo-lhe dado outro significado); lascívia; ilusão; falácia.

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E a democracia ali tão perto

Martyn Turner, «The Irish Times» [Via Notas ao Café]

Raúl Castro (76 anos) sucede dinasticamente ao seu irmão Fidel Castro como Presidente de Cuba, em lista única e aclamado de pé.

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sexta-feira, fevereiro 22, 2008

Ordenamento, uma brincadeira de adultos

[publicado no Diário de Aveiro, 22 de Fevereiro de 2007]



A propósito das cheias, o Ministro do Ambiente desvalorizou o problema do ordenamento do território em Portugal, atribuindo a responsabilidade às autarquias e à falta de limpeza.

Disse-nos o Ministro que «o problema do ordenamento do território já não é o mais sério em Portugal. Olhando para a última proposta governamental, de facto quer-me parecer que o ordenamento em Portugal deixou de ser um problema sério para ser uma triste brincadeira.

A agilização dos PIN em PIN+ criada por este Governo, já permite uma rápida e “eficiente” desprotecção de solo classificado, sem atender a qualquer ideia de coesão territorial ou protecção ambiental. Contudo, o Governo promete ir mais longe.

A actual gestão da Rede Ecológica Nacional (REN) tem conhecido várias tropelias, com os sucessivos Governos a transformar a excepção (desafectação de terrenos da REN) praticamente em regra, quando se tratam de gigantescos projectos considerados de “interesse público”.

Actualmente, a definição e delimitação da REN é competência exclusiva da Administração Central. É intenção do Governo rever o regime jurídico da REN, passando estas competências para as autarquias, cabendo Governo apenas a aprovação final das propostas das autarquias e a definição de parâmetros gerais.

O Governo mete assim todos os ovos no mesmo cesto, confere o poder de definição de terrenos da REN às autarquias que já são responsáveis pela aprovação do licenciamento e do loteamento. Esta transferência de competências é tanto mais grave já que os ovos são metidos no cesto das autarquias, já de si endividadas, e cujo financiamento depende da construção no seu território. Num país de betão, esta medida é um enorme retrocesso no combate à corrupção.

O planeamento do território, o interesse público e a protecção ambiental e paisagística são desconsiderados, para grande contentamento de especuladores imobiliários.

quinta-feira, fevereiro 21, 2008

Assim se constrói a democracia


O PSD e o PS estão em negociações para definir quantos Veradores pode a oposição eleger.

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O "desleixo", segundo Ribau

quarta-feira, fevereiro 20, 2008

Moção de censura

Hoje no Diário de Aveiro: O PCP anunciou que vai apresentar uma moção de censura à maioria PSD/CDS na Câmara de Aveiro durante a próxima Assembleia Municipal. Como avalia esta iniciativa e de que forma deverá o seu partido votar essa moção de censura?


A Coligação PSD-CDS/PP mostrou-se incapaz de resolver os problemas que transitaram dos executivos anteriores, agravou alguns e ainda criou outros.

A dívida da autarquia, herdada da gestão PS, continua a crescer, mesmo após o executivo de Élio Maia ter mostrado um "plano de recuperação financeira" completamente inconsequente.

Em nosso entender, a actual relação da CMA com o Beira-Mar – em muito condicionada pelo faraónico protocolo deixado pela gestão PS – é preocupante. Consideramos que a CMA tem dado um tratamento diferente e privilegiado ao Beira-Mar, comparativamente aos restantes credores.

O anterior executivo PS alienou 49% do capital do Parque Desportivo de Aveiro (PDA) a uma empresa privada, num processo ao qual apontamos muitas críticas, onde no final o parceiro privado (minoritário) ficou com direito de veto. Com o executivo de Élio Maia, o PDA teve um estranho processo de aumento de capital. A autarquia entrou com os terrenos que tinha adquirido na zona do estádio e a empresa privada com dinheiro. O resultado prático foi que, sem concurso público e sem a Câmara ter recibo nada em troca, entregou a maioria do capital do PDA ao parceiro privado e ainda ficou sem património (terrenos).

O executivo PSD-CDS/PP concebeu ainda um negócio, onde um parceiro privado renovará o parque escolar e construirá quatro novos parques de estacionamento subterrâneo no centro da cidade, em troca de uma renda pelas escolas, da exploração do estacionamento e do direito de superfície desses parques. A viabilidade do negócio não foi demonstrada, o que nos faz temer que o estacionamento se torne um negócio não rentável, subsidiado por todos nós. Esta medida é ainda desastrosa a nível do ordenamento do território.

Tal como anunciamos, aguardamos a verificação da legalidade destes dois negócios acima referidos que, do nosso ponto de vista, são lesivos para o interesse e finanças locais.

A situação da MoveAveiro, com salários em atraso e um acordo de empresa empatado desde Abril, demonstra bem a política de Élio Maia: a Câmara não cumpre os seus compromissos mais prioritários e não acautela o futuro dos trabalhadores. Julgamos que a concessão a privados da empresa às partes levará à sua insustentabilidade, à desintegração dos serviços prestado, ao aumento dos passes sociais e à diminuição das rotas menos rentáveis, mas essenciais ao serviço público. E, acima de tudo, a futura empresa privada será fortemente subsidiada: 1,2 milhões de euros por ano, aproximadamente o mesmo que a CMA tem investido na empresa agora pública.

Em suma, as políticas da coligação PSD-CDS/PP são certamente censuráveis e representam uma continuidade com a anterior gestão PS, já que no nosso entender a prioridade não é dada às pessoas e aos seus problemas, mas a operações e gastos financeiros de questionável interesse público.

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terça-feira, fevereiro 19, 2008

Ainda ontem era tão boa


A lei de financiamento das autarquias elaborada pelo Ministro António Costa é tão boa que chumbou o empréstimo à Câmara Municipal de Lisboa, que o autarca António Costa garantia ser essencial para a boa gestão e desenvolvimento do município...

A CM Aveiro também aguarda aprovação de idêntico empréstimo para saldar as (muitas) dívidas a fornecedores.

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segunda-feira, fevereiro 18, 2008

Discussões estanques

«Existe uma forte tradição, que vem do Estado Novo, de um forte presidencialismo nas câmaras. Não concordo. Isso não é democracia.» - Manuel Ferreira Rodrigues, Vereador [PS] do executivo de Alberto Souto
Não é democracia, mas vai passar a ser direito consagrado na nova lei eleitoral autárquica cozinhada pelo PS e PSD...

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Nacionalização no país do liberalismo


O Governo britânico acaba de nacionalizar o Northern Rock. Trata-se do quinto maior banco britânico de crédito imobiliário, em colapso desde a crise do crédito subprime do ano passado. Desde então, o Banco de Inglaterra emprestou 55 mil milhões de libras ao banco.

Foram feitas duas propostas de compra e tudo apontava para que fosse vendido à Virgin. Caso fosse aceite, Richard Branson compraria um banco de 100 mil milhões de libras por uma módica quantida de um penny ou coisa que o valha. Para os investidores era lucro astronómico garantido, e para os "contribuintes" que emprestaram dinheiro (mil libras por habitante)?

Metade da dívida do banco aos "contribuintes" seria paga ao longo de algumas décadas, ao passo que a outra metade seria convertida num fundo... logo retirando o risco do investimento da Virgin e passando-o para o Estado. O Governo, ainda que contrariado, não consentiu este «capitalismo onde o privado assume o lucro e o Estado o risco» e tomou a decisão que protege o interesse público e os 55 mil milhões de libras dos "contribuintes": nacionalizou o banco.

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domingo, fevereiro 17, 2008

Alguém me explica


George W. Bush apoia independência do Kosovo (Público de hoje)
Alguém me explica porque é que o Kosovo pode tornar-se independente sem a realização de um referendo, e o País Basco, a Irlanda do Norte e o Curdistão, mas também a Escócia, a Catalunha, Córsega, entre outros, não tem direito sequer a um referendo?






Alguém me explica porque é que o Kosovo se pode tornar um protectorado americano, ao passo que o Sahara Ocidental (um país cuja existência é reconhecida pelas Nações Unidas) está militarmente ocupado há décadas sem que ninguém se preocupe.

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Quem conta uma história

Kosovo: Governo de Madrid rejeita comparações entre estado báltico e realidade espanhola
Ponferrada, Espanha, 16 Fev (Lusa) - O ministro da Defesa espanhol, José António Alonso, rejeitou hoje comparações entre a independência do Kosovo e aspirações de forças em algumas regiões espanholas, afirmando que a situação na zona báltica "nada tem a ver com a realidade espanhola". [via Renas & Veados]
O que acontece se uma agência noticiosa conseguir encaixar a Sérvia e o Kosovo na zona Báltica? Todos repetem acriticamente a notícia: RTP, Sol, Diário Digital, TVNET, Expresso [durante o dia é conferir as edições impressas e ver o corrupio das edições online]. É reconfortante saber o que as agências noticiosas conseguem fazer, ainda que neste caso por lapso não intencional.

Em Espanha, como a notícia não lhes chegou pela Lusa, já temos a Sérvia e o Kosovo nos Balcãs: Publico.es, Sur, Terra Actualidad, Yahoo.es.

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sexta-feira, fevereiro 15, 2008

A fanfarra e a batata frita

Regicídio: as vergonhosas cerimónicas da CM Lisboa em 2006 [comparar com as de 2008]

JMO parece ter ficado irritado pelo facto da Fanfarra do Exército e do Regimento de Lanceiros não ter ido tocar à cerimónia pública de evocação do Regicídio, organizada por associações monárquicas, vai daí escreveu ao Presidente da República a queixar-se. Também não deve ter ficado agradado pela rejeição do voto de pesar pela morte do então rei Carlos e príncipe Luís Filipe no Parlamento.

Agora, num post que dirige a mim, para além de abordar estes e outros acontecimentos, mostra o seu descontentamento pela posição do Bloco e as minhas críticas às comemorações do centenário do regicídio promovidas pela Câmara Municipal de Aveiro. De tal forma, que teoriza que isto também será obra do deputado Fernando Rosas.

Para JMO, é normal que o site da autarquia nos diga que o regicídio "[m]ais que um homicídio, tratou-se de um crime contra o Estado", mas não é. Esta é uma interpretação histórica que a CMA nos deu como História oficial. Não compete a órgãos públicos a escrita da História oficial, e muito menos reescreve-la aos olhos dos seus preceitos ideológicos. O relativismo desta questão é tal que, na mesma data, a CM de Castro Verde homenageou Alfredo Costa e Manuel Buíça (os regicídas). Há quem os considere vis assassínos, há quem os considere mártires da liberdade.

Para JMO, é normal a CMA - através do museu - apresentar às crianças das escolas primárias do concelho a apresentação de nome "Infames, Infames! Que Matam o Rei!", não é. O próprio título foca o momento histórico na morte e atribui um valor moral aos regicídas (aliás, o mesmo adjectivo usado pela então raínha).

De resto, JMO confunde interpretações históricas com artefactos históricos, mas o supra-sumo da sua argumentação é: «Já agora explica porque é que houve vândalos que tentaram estragar um Monumento Nacional - Igreja de São Vicente de Fora, com uma pichagem a dizer "Viva Buiça"... Seriam do BE?» O que me permite também dizer coisas idiotas e sem sentido como "vi um tipo a comer batata frita de pacote, seria monárquico?".

Adenda [16 Fev]: ao contrário do que JMO diz «não me lembraria de atacar os serviços como o BE o fez», nem o BE nem eu alguma vez atacamos serviços da CMA nem nunca o faremos. Como é óbvio o destinatário da crítica é o poder político e eleito da CMA.

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quarta-feira, fevereiro 13, 2008

Chegou a Brigada da Eugenia

Diz que é uma espécie de Junta


A Junta de Freguesia de Cacia faz inveja a qualquer Associação de Estudantes de uma secundária, senão veja-se as suas principais actividades para 2008.

Orgulhosamente promove os concursos «Miss e Mister Cacia» e «Mini Miss e Mister Cacia». Neste momento decorre o concurso para o cartaz da edição 2008. Como o tempo é de vacas magras nas juntas Aveirenses, para concorrer é perciso pagar € 5, e o vencedor leva € 25 e um brinde surpresa.

Mas a Junta não dorme e promove o « I.º Concurso CaciaÍdolos», a «II.ª Descida da Ponte em carros muito loucos e de rolamentos», o «Curso de Bowling», o «IV Concurso de Iluminação e presépios de Natal», o «Mega Sorteio de Natal», o «Dia dos Namorados» em roteiro comercial, ...

A vertente comercial não é descurada e o cartão de recenseamento dá desconto em certas lojas, para além do site institucional da autarquia estar pejado de publicidade. E, como é óbvio, a acção social não faz parte das tarefas de associações de estudantes.

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terça-feira, fevereiro 12, 2008

Credor VIP

Depois do falhanço do caso do terreno das piscinas subsiste o tratamento diferenciado. Diferença no tratamento da CMA com os restantes credores. Diferença no tratamento da CMA com as restantes empresas municipais (MoveAveiro).

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sábado, fevereiro 09, 2008

Alcochete foi uma excelente ideia da CIP

Travessia de Öresund, que combina ponte e túnel, e une a Dinamarca à Suécia

Parece que a nova travessia do Tejo será ainda mais cara que a ponte Vasco da Gama. Esta última custou 897 milhões, quanto à nova travessia sugerida pela CIP no âmbito do Aeroporto de Alcochete: [o]s custos totais "muito preliminares", seriam de 1,1 mil milhões, e será toda modernaça combinando ponte e túnel como a da imagem acima.

A Confederação da Indústria Portuguesa sabe o que faz, aguardemos pela decisão técnica do LNEC.

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sexta-feira, fevereiro 08, 2008

Era mesmo disto que eu estava a precisar

Maçãs e peras embaladas individualmente em plástico,
no hipermercado Jumbo em Aveiro

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Uma Avenida de Lixo

[publicado no Diário de Aveiro, 8 de Fevereiro de 2007]

Recentemente, fomos confrontados com a notícia de que o lixo indeferenciado, produzido num ano no concelho de Aveiro, encheria a Avenida Lourenço Peixinho até a uma altura de 9,4 metros. Quer isto dizer que em 2007 cada cidadão aveirense produziu 524 kg de lixo indeferenciado.

Nestas contas não está incluído o lixo para reciclagem. Mas nesse campo, temos que o consumo de água engarrafada tem aumentado apesar da melhoria da qualidade da água da torneira, e é já consumida por 75% dos portugueses. E, a título de exemplo, num único mês recebi 1,8 Kg de publicidade colorida em papel na minha caixa de correio.

Em Aveiro, o aterro sanitário de Taboeira será substituído por uma estação de tratamento mecânico e biológico em Eirol. E esta é a única discussão sobre a política de resíduos que temos por cá.

De facto, uma estação de tratamento biomecânico apresenta muitas vantagens comparativamente com um aterro sanitário, já que permite um maior aproveitamento dos resíduos para reciclagem e dos resíduos orgânicos, reduzindo assim a quantidade de resíduos a armazenar e reduzindo alguns problemas típicos como o mau cheiro da matéria orgânica. No entanto, como é óbvio, também tem os seus impactos, nomeadamente o acréscimo de trânsito de pesados já que a unidade servirá meia zona centro. Atendendo ao local onde será implantada esta estrutura de 35 hectares, o perigo de infiltrações para águas subterrâneas também será bastante preocupante.

Ora, na essência estas duas estruturas são iguais: processos gigantescos no fim de linha que tentam remediar o nosso modelo de consumo e produção insustentável. Quantas vezes voltamos do supermercado com o produto que precisavamos embrulhado numa miríade de papel e plástico? E quando algo minúsculo se avaria no nosso produto e, quer esteja na garantia ou não, a única solução é um produto inteiramente novo já que não se fazem peças ou estas são mais caras que o próprio produto?

Outro fenómeno interessante, é a necessidade do produto de uma determinada marca ter que ser mais vendável que o de outra marca. Aí surgem os apetrechos. Leite é leite, é difícil conferir-lhe uma mais valia diferente do de outra marca, então junta-se-lhe uma abertura fácil, uma pega ou algo que “acrescente” valor (e lixo) ao produto. O grau superior da eficiência económica é o descartável, compra gasta e compra novamente.

Estes três fenómenos tem origem no mesmo, a necessidade de aumentar o consumo para justificar a elevada produção. A verdadeira discussão sobre política de resíduos tem que residir na recusa deste consumo-produção excessivo: do descartável, da sobreembalagem, da substituição de uma peça por um produto inteiro. O primeiro ponto a discutir terá que ser a redução dos resíduos.

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Prioridades

quinta-feira, fevereiro 07, 2008

A guerra escondida

O filme Rambo III foi dedicado ao glorioso povo afegão
[isto é, aos Talibã na altura em guerra com a URSS]


No Afeganistão já estão 63 mil soldados que não controlam o território, aparte de Cabul. Os Estados Unidos envirão mais 3.200 soldados em breve e pretendem que os países europeus da NATO também reforcem o seu contingente.

Acontece que para este peditório a Europa parece não estar disposta a dar mais, perante o total fracasso da invasão. Mas veremos qual é a decisão no final da reunião e se Portugal também entra no jogo. Floresce o negócio do ópio, e Portugal lá está, "orgulhosamente" nesta guerra que não é sua.

Seis mil mortos em 2007. O país tem as mãos manchadas de sangue, mesmo sem que os portugueses tenham votado a invasão do Afeganistão ou a adesão de Portugal à NATO.

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quarta-feira, fevereiro 06, 2008

Voluntarismos


Ontem vi uma reportagem sobre os voluntários que asseguram a campanha não mediática de cada candidato nos states: distribuição de flyers, broches (como os da imagem) e outras tretas.

De acordo com a acrítica reportagem televisiva, a diferença entre o jovem voluntário de Obama e o de McCain era o fato e gravata do Republicano. Nessa análise simplista e apesar de nada mais nos dizer a tv acertou: ambos os voluntários são iguais na incapacidade decisória.

Os voluntários da campanha não tem qualquer voto na matéria. São meros políticos coladores de cartazes (por cá temos as jotas). A campanha eleitoral gira em torno da personalidade de cada concorrente, mas as ideias lá vão surgindo. Acontece que os voluntários não tem qualquer influência ou poder de decisão sobre essas ideias. Estão apenas limitados a aderir ou não ao candidato e a servir o seus caprichos.

Resumindo, as primárias ao parecer que alargam o leque de escolha, apenas encolhem o poder de decisão de cada elemento de base de cada partido, funcionando como um plebiscito.

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Por cá ninguém constrói empreendimentos imobiliários, apenas turísticos

A Reserva Agrícola Nacional (RAN), Reserva Ecológica Nacional (REN) e Rede Natura 2000 não passam de reservas de terrenos baratos.

Estes instrumentos e as suas limitações são feitos para um ordenamento e desenvolvimento sustentável do território. Por isso, o pequeno proprietário não pode aí sequer construir uma casa de uma assoalhada para o filho. Porém, quando o grande investidor precisa de construir empreendimentos imobiliários em terrenos baratos açambarcando as mais-valias urbanísticas, há que modificar o estatuto dos terrenos...

Mas posso estar só a delirar e não ser nada disto. Já agora, algumas notícias de hoje:
  • no litoral, o Governo retira da REN parte da Comporta (774 hectares junto à costa; totabiliza 10.911 camas e três campos de golfe, «o Grupo Espírito Santo pode, a partir de agora, construir o seu megaempreendimento turístico»).
  • no interior, Loulé: empreendimento turístico em Rede Natura 2000 (em cima do aquífero Querença-Silves, «um campo de golfe, dois hotéis, doze blocos de apartamentos, 35 moradias e respectivos acessos» totalizando 1700 camas, a UE considera que o direito europeu é violado por este empreendimento)

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terça-feira, fevereiro 05, 2008

O melhor Carnaval foi há cinco anos


Hoje, dia 5 de Fevereiro - dia de Carnaval -, completam-se cinco anos desde que Collin Powell foi às Nações Unidas exibir as "provas" da existência de armas de destruição massiva no Iraque.

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segunda-feira, fevereiro 04, 2008

As maminhas das hospedeiras vendem jornais

Hospedeiras a despirem-se em pleno voo na cabine dos pilotos, com estes a abandonarem os comandos é notícia.

A publicação dos dois vídeos [originalmente no The Sun] que denunciaram a situação, sem qualquer desfiguração é abusiva. Os intervenientes ainda não foram identificados, portanto não deram o seu consentimento e o vídeo não terá sido divulgado publicamente por todos os intervenientes. Porém, as suas faces e os seus corpos já correm o mundo em sites jornalísticos a adornar a notícia.

A exposição mamária não acrescenta nada à notícia. Não é jornalismo, é voyeurismo, é violação da privacidade é, na melhor das hipóteses, jornalismo cabaret.

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A CMA e o seu serviço de revisionismo

Cartaz no site da CMA

A Câmara Municipal de Aveiro decidiu (embora eu desconheça qualquer votação sobre esta decisão) evocar o regicídio de uma forma bastante peculiar.

Mas de todas as iniciativas a minha preferida é a apresentação “Infames! Infames! Que matam o Rei” dirigidas aos alunos do Primeiro Ciclo das escolas do Concelho.

Não compete à Câmara Municipal de Aveiro produzir uma versão oficial da História, não lhe compete rever a História de acordo com os preceitos ideológico dos seus Vereadores, nem fazer uso da sua posição para doutrinar os alunos do primeiro ciclo do concelho.

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domingo, fevereiro 03, 2008

Euro2004, esse desígnio imobiliário nacional


Hoje, quatro anos depois e porque o relvado do estádio novo não tem condições, o Beira-Mar vai jogar no estádio velho para contentamento de grande parte dos sócios.

Ora, ambos os estádios são propriedade municipal, e ainda hoje e sem manutenção o estádio velho tem condições para receber o Beira-Mar... então, porque raio é que a Câmara Municipal [PS] decidiu construir um estádio novo para o Euro2004? Para receber dois míseros jogos? A decisão é tanto mais incompreensível já que o estádio custou 64 milhões de euros, a CMA gasta 800 mil euros/anos na sua manutenção e este, com 30 mil lugares, está sempre às moscas.

Uma das razões apontadas é que permitiu criar uma nova centralidade na cidade. E o que quer isto dizer? Quer dizer que aquilo que era um pinhal à entrada da cidade será no futuro próximo um campo de golfe, hotéis e vivendas de luxo! Tudo isto em terrenos comprados pela autarquia por uma bagatela (média de € 7.00/m2) e que agora, quase por artes mágicas, pertencem a uma empresa de capital maioritariamente privado sem que a CMA [PSD-CDS] tenha recebido qualquer dinheiro pelos terrenos e no processo ainda perdeu a maioria de capital dessa empresa, sem concurso público e sem receber nada em troca. Os privados ficam com o lombo, o público com o osso: o Parque Desportivo de Aveiro (leia-se empreendimento imobiliário) já é maioritariamente privado, o estádio novo é todo ele público.

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Moço trabalhador

sábado, fevereiro 02, 2008

Vê-se logo no sitemeter

A Ilusão da Visão foi escolhido para blogue da semana do Arrastão de Daniel Oliveira. Uma excelente escolha portanto... ou, mais a sério, aqui fica o meu agradecimento.

Já agora, não deixem de participar no Prémio Nacional de Engenharia José Sócrates promovido pelo Arrastão.

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Parceria público-privada: investimento privado, risco público

Eu bem disse que era o Pai Natal quando o Vereador Carlos Santos afirmou que no parque de estacionamento do Mercado Manuel Firmino «[p]raticamente tem-se esgotado a sua capacidade». Mas a realidade é uma chatice e o Diário de Aveiro de hoje conta-nos que verificou nesse parque «ocupações reduzidas em vários períodos do dia».

Perante esta constatação o Vereador já nos diz que «há dias melhores que outros», que a quinta e sábado são os dias melhores em que «não está sempre cheio, mas no início era muito pior». Bem, o início e durante meses era vazio ou quase, pelo que de certo agora é melhor que isso.

Esta questão não é de menor importância já que a Câmara decidiu avançar com uma parceria público-privada para a construção de 2.200 lugares de estacionamento (4 parques subterrâneos) e para a renovação do parque escolar. Como nesta estranha parceria, a CMA pagará uma renda pela utilização das escolas - renda essa que será suavizada pelo lucro que os privados conseguirão obter dos parques de estacionamento - não é difícil imaginar o que acontece à renda, caso os parques de estacionamento tenham prejuízo. Para ler mais sobre este negócio e a questão das rendas, espreitar este texto.

É portanto essencial conhecer a taxa de ocupação dos parques de estacionamento já existentes no centro da cidade, tanto mais que é do conhecimento de todos que se encontram às moscas. Para conhecer esses números apresentei um requerimento na Assembleia Municipal de Aveiro em Novembro - na reunião em que foi aprovada a tal sociedade - e que ainda não obteve resposta.

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sexta-feira, fevereiro 01, 2008

Piada de ocasião

José Sócrates, um político com obra feita

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A democracia é uma chatice

Assinatura kitsch

No Público: (...) “Havia aí um grupo de técnicos da câmara que açambarcava uma boa parte dos projectos de casas dos emigrantes. Como não podiam assinar punham o Sócrates a fazê-lo, porque ele era da Covilhã e não tinha esse problema” de impedimento legal.(...)







Neste alegado caso de "assinatura de favor", a eventual gravidade do caso prende-se não tanto com as assinaturas mas com a questão do Testa de Ferro colocada no Blasfémias. Agora, alguns dos projectos são de facto mirabolantes: as fotos estão no Público.

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