Estacionamento escolar
O executivo de Élio Maia aprovou este estranho estacionamento escolar, conseguindo misturar água e azeite, é obra!
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1. Recentemente foram cortadas algumas árvores na Avenida dos Congressos da Oposição Democrática. Que crime cometeram estas árvores plantadas ao longo do passeio? Estavam no caminho do betão.
Junto ao passeio dessa avenida estão a ser construídas vários prédios de habitação, encostados ao passeio e em que o primeiro andar avança para cima do passeio. Toda esta proximidade ditou que não haveria espaço para árvores. Uma cidade sem espaço para o verde será sempre uma cidade cinzenta, por mais que se pinte o betão.
2. Se a construção dita o abate de árvores, a mobilidade para todos nunca é critério para tal. Nas nossas cidades há imensos passeios onde árvores, postes de iluminação ou paragens de autocarros os tornam inacessíveis para cadeiras de rodas e para pessoas com mobilidade reduzida. Os próprios passeios muitas vezes constituem um obstáculo intransponível, constituindo uma descontinuidade na paisagem urbana. Aveiro não é excepção. O obstáculo que espelha bem esta segregação cruel é a passadeira junto à entrada do hospital de Aveiro que, pela sua localização, deveria merecer atenção redobrada. Contudo, para atravessar a Avenida Dr. Artur Ravara nesta passadeira é necessário passar por quatro gigantescos degraus.
A cidade é de todos e deve poder ser utilizada por todos. A aplicação da legislação sobre barreiras arquitectónicas e a criação de uma equipa de estudo vocacionada para o desenho urbano são prioridade políticas incontornáveis.
3. São Paulo, a quarta maior metrópole mundial, baniu toda a publicidade. A medida abrangeu todos os painéis publicitários e electrónicos, outdoors, distribuição de panfletos, e as fachadas comerciais foram regulamentada. Anúncios de interesse histórico são analisados caso a caso. Numa fase posterior, será escolhido um bairro da cidade onde será permitida a publicidade exterior mediante regras bem explicitas. Esta polémica “lei cidade limpa” aplicada pelo Prefeito Gilberto Kassab, com o qual não tenho qualquer afinidade ideológica, agradou bastante à população.
A remoção da publicidade permitiu conhecer uma cidade até então desconhecida, permitindo iniciar a sua resolução. Bairros degradados no coração da cidade, irregularidades urbanísticas e danos estruturais em edifícios.
Esta realidade é bastante distante da Europa. Porém, durante o Euro 2004, prédios devolutos foram cobertos com publicidade para tornar a nossa cidade mais agradável ao turista. Nenhum problema foi resolvido, mas varremos o lixo para debaixo do tapete.
Na Europa, e em Aveiro, a questão de fundo é saber de quem é o espaço público. De uma forma crescente, sem apelo nem agravo, este espaço tem sido ocupado pela publicidade. No Porto, durante as obras, a emblemática Torre dos Clérigos não foi coberta por uma imitação da sua fachada, mas sim por um anúncio a uma marca de cervejas. Em Aveiro, entre o Canal Central e a Lua temos o anúncio de uma loja de electrodomésticos e electrónica.
Em várias cidades ocidentais grupos de activistas tem-se dedicado a reivindicar o espaço público enquanto espaço colectivo. Uma das suas iniciativas é cobrir painéis publicitários, acrescentam a mensagem “a cidade é tua, usa-a” e deixam um marcador para que cada cidadão que passe deixe a sua mensagem.
Nada tenho contra a publicidade. Aliás, pela sua história, alguns anúncios e a cidade são uma só uma entidade. O Ayuntamiento de Madrid decidiu reduzir a publicidade exterior e proibir os luminosos para melhorar a imagem da cidade. A excepção foram dois anúncios luminosos que, pela história e contributo para a cidade, Madrid decidiu manter.
Contudo, entendo que é necessário estabelecer um critério político e público sobre o que é permissível. Não é admissível que o espaço colectivo seja selvaticamente vendido à publicidade.
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As empresas municipais desempenham funções que as autarquias exerciam ou poderiam exercer, sendo a sua utilidade bastante questionável. Em Aveiro, Élio Maia nomeou os respectivos administradores e esperamos há dois anos que cumpra a promessa eleitoral de as reformular ou extinguir.
Quanto à definição das empresas e serviços que devem ser mantidas na esfera pública há que estabelecer um critério, que entendo ser o de cumprir um de dois requisitos: contribuir para a melhoria da qualidade de vida ou ser estruturante para o modelo de desenvolvimento escolhido pelos cidadãos e implementado pela autarquia.
Este executivo abriu a porta para a privatização de todas as empresas municipais. A consumar-se este cenário, a eleição e o programa eleitoral sufragado universalmente pouco serviriam no futuro já que as decisões estruturantes estariam na esfera privada e não no interesse colectivo.
A gestão pública e privada regem-se por parâmetros bastante diferentes. Enquanto é do interesse da autarquia que sejam oferecidos os melhores serviços à população, mantendo uma perspectiva de rentabilidade; a uma empresa privada interessará aumentar o lucro a todo o custo.
A empresa privada na busca de potenciar o lucro altera o serviço prestado, reduzindo a oferta ao estritamente rentável e aumentando os preços; em alternativa mantém o serviço mediante subsídios camarários.
Nesta perspectiva, a MoveAveiro, o Teatro Aveirense e já agora os serviços municipalizados (água, saneamento, resíduos urbanos) cumprem os dois requisitos enunciados.
O Parque Desportivo de Aveiro é fulcral no critério do modelo de desenvolvimento, contudo discordo da sua criação já que considero que a especulação imobiliária não é tarefa de uma autarquia. Porém, agora não é vantajoso transferir para o sector privado os lucros e as decisões sobre aquela área da cidade. A AveiroExpo também regista o segundo requisito.
Em relação à EMA e ao estádio, se aparecer alguma proposta vantajosa para o município, ofereço a cereja.
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As colectividades realizam trabalho meritório na cultura, acção social, educação, desporto e ambiente. Contribuem assim para aumentar a qualidade de vida e para a democratização do acesso da população a serviços e actividades pelo que devem ter apoio camarário. Este apoio não deve ser apenas monetários, mas também consubstanciar-se na prestação de apoio logístico e técnico, na cedência infra-estruturas e equipamento para actividades pontuais e no apoio a candidatura a fundos comunitários e nacionais.
A autarquia deve ter uma relação de proximidade e subsidiar mediante critérios políticos mas objectivos e públicos, respondendo às suas prioridades de governação. As colectividades desempenham a sua actividade mas esta não substitui a do município. A autarquia deve desenvolver o seu próprio trabalho de acordo com a sua estratégia política, já que faz parte das suas competências, para além de apoiar o trabalho complementar de colectividades.
Nesta mesma óptica, a autarquia deve respeitar a actividade desenvolvida pelas colectividades não devendo ela própria retira-lo ou atribui-lo a outrem, como aconteceu – a outro nível – com a aprovação do Projecto Petiz, que pese embora o tímido recuo, ainda não se conhecem as consequências para os utentes e para a capacidade das valências instaladas da IPSS.
As prioridades políticas não podem estar de tal forma desfasadas das necessidades da população como no Orçamento da autarquia para 2007, onde as verbas destinadas aos protocolos e subsídios a instituições desportivas igualavam toda a verba para a acção social, educação e saúde. Discordo desta excessiva primazia atribuída à vertente desportiva das colectividades em detrimento das outras. Da mesma forma não é admissível que seja atribuído uma infra-estrutura camarária, que apenas uma colectividade usufrui, e ainda subsidiar esse uso como parece ser o caso do protocolo de utilização do estádio que será estabelecido com o Beira-Mar.
Para além da implementação dos critérios objectivos e políticos na atribuição de subsídios, os protocolos devem contemplar a possibilidade de renegociação ou expiração da vigência a médio-prazo, de forma a proteger os interesses de ambas as instituições. Os protocolos devem considerar a eventual alteração do executivo camarário, que com um novo programa político deve poder aplica-lo sem estes constrangimentos rígidos. As colectividades também devem estar protegidas de uma repentina alteração de critérios políticos que ponha em risco a sua actividade.
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Só ontem o assunto foi resolvido com um acordo e com a revogação da escritura de 2002, quando o caso já estava em tribunal e a indemnização (entre compensação, juros e penalizações) ascendia a 929.600 euros.
A este propósito, o vogal socialista [Raúl Martins] defendeu que os presidentes de Câmara “deveriam ser responsabilizados por fazerem contratos altamente lesivos do património comum”. E disse ainda: «parece espelhar uma leviandade tão grosseira. Mesmo conhecendo as pessoas só com grande certeza se pode caminhar para um contrato com cláusulas tão gravosas».
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Há quase 20 anos, este homem que se apresenta agora como a renovação da classe política, já era deputado e foi um dos principais protagonistas das lamentáveis "viagens fantasma", tendo uma "conta conta-corrente numa agência de viagens, alimentada com as verbas que a Assembleia da República lhe pagava a título de despesas de deslocação. As viagens requisitadas não eram feitas e a conta-corrente serviu para pagar despesas particulares - entre as quais uma viagem da sua mulher a Paris, estadas em hotéis em Vilamoura e na Madeira e ainda entradas no Casino Estoril". (Expresso, 11 Setembro 1999)
Acusado de "burla" pelo Ministério Público, "forneceu às autoridades uma morada inexistente, comprometeu-se a comparecer no Ministério Público (MP) para prestar declarações, mas faltou, apresentou um atestado médico e, depois, ausentou-se para Paris", levando o MP a concluir que estava «objectivamente obstaculizando o célere andamento» da Justiça. A reacção de Menezes contra o Ministério Público foi contundente, envolvendo-se numa guerra de insultos e garantindo, taxativamente, que não seria julgado. Arrogante? Claro, mas sabia do que falava. O processo prescreveu. O Portugal que conhecemos tem décadas. E Menezes, que se apresenta como a renovação da classe política, tem andado sempre por aí.
As competências da gestão da Ria de Aveiro estão espalhadas por múltiplas entidades num festim burocrático que não permite a sua gestão integrada nem serve o interesse público.
Para os partidos do centrão, a criação do Gabinete de Gestão Integrada da Ria de Aveiro é, por si só, a solução milagrosa para todos os problemas da Ria, como se a definição da estrutura de gestão substituísse a própria política de gestão.
Se estes partidos defendem avidamente este Gabinete, noutros pontos apenas mostram interesse retórico. Por exemplo, o processo de candidatura Ria de Aveiro e do Moliceiro a Património da Humanidade (UNESCO) está agora a dar os primeiros passos num processo que garantem se arrastará por décadas. Porém, esta ideia havia sido já avançada pela candidatura autárquica da UDP à Câmara de Aveiro em 1993 e entretanto ignorado. A qualificação da Ria de Aveiro como Reserva Natural também não tem tido qualquer entusiasmo. Estes dois pontos são na minha óptica políticas essenciais na gestão da Ria.
A contrastar com esta lentidão e desinteresse, temos o empenhamento na Marina da Barra, projecto chumbado por duas vezes pelo Ministério do Ambiente e que tentam ressuscitar, tendo-a incluída no PIOR (Plano Intermunicipal de Ordenamento da Ria). Recordo que o Bloco de Esquerda apresentou um projecto-lei que contempla a construção da marina e das infra-estruturas de apoio, mas sem a forte componente imobiliária prevista.
Concluindo, uma gestão eficaz da Ria de Aveiro passa pela criação de um Gabinete de Gestão Integrada, mas que pela sua orgânica e ausência de políticas para a Ria não sirva apenas para agilizar a sua gestão e deixar a Ria à mercê do betão e da especulação imobiliária. O Gabinete deve ser criado na esfera das estruturas governativas de protecção do ambiente e não blindadas destas. O Gabinete deve ser implementado em paralelo com a discussão e definição da política para a Ria, que deve servir o interesse colectivo e a qualificação da Ria enquanto espaço de todos.
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